Caro Ruy,
Obrigado pelas tuas observações; entretanto não entendi a
discordância: a frase
"Se há uma corroboração de P, então qualquer extensão (finita) desta
corroboração permanece sendo uma corroboração de P"
pode ser iNTERPRETADA como um enfraquecimento do argumento; no
entanto é independente das noções de "fraco" e "forte". Porque
considerar extensões como mais fracas do que a original? Concedo
que este é a utilização comum e, na realidade, não vejo problemas
graves com nenhuma das propostas apresentadas. Meus argumentos vão
em outra direção (embora tenha, como todos, preferências).
Aproveito para corrigir algo no item 3 da mensagem anterior:
* Onde se le: ou seja, na presença de uma corroboração de P, toda Q é
"infinitesimal" em
relação a P; na realidade, toda corroboração de P seria "infitesimal" em
relação a P (algo como "way below" vem imediatamente a mente).
* Deveria ler-se: ou seja, na presença de uma corroboração de P,
toda Q é "infinitesimal" em relação a P (algo como "way below" vem
imediatamente a mente).
ou seja, estou retirando a idéia de que "toda corroboração de P seria
infinitesimal em relação a P".
Uma nota final: Provas (no sentido usual) são apenas UMA forma de
corroboração.
Um grande abraço,
Chico Miraglia
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
Quoting Ruy de Queiroz <r...@cin.ufpe.br>:
Caro Chico,
Tuas considerações são pertinentes, mas permita-me discordar das
conclusões: o sentido da regra em questão é o de enfraquecer um argumento,
como bem disse Valéria. Daí, é natural que a tradução em português utilize
a palavra "enfraquecimento". Aliás, tenho a impressão de que o termo já
está razoavelmente consolidado, tal qual a terminologia "teoria da prova"..
Não vejo nada de errado em qualquer das duas formas de expressão no
português.
Abraço,
Ruy
Em 31 de julho de 2012 03:27, Francisco Miraglia
<mirag...@ime.usp.br>escreveu:
Car@s Colegas,
A mensagem anterior (talvez) tenha sido um pouco críptica e adiciono mais
alguns comentários:
1. Traduções precisam levar em conta a sintaxe, denotação e conotação das
palavras e/ou expressões na língua original. "Weakening" é a substantivação
de um gerúndio, algo comum em ingles (mas não em portugues); a
substantivação
permanece carregando a conotação de ação, enquanto que "enfraquecimento",
como todo substantivo na língua portuguesa é passivo. Por outro lado,
parece-me
que "enfraquecendo" está longe de satisfatório...
2. O conteúdo do enunciado (utilizando o que aprendi em uma conferência e
conversa, ambas ótimas, com Dag Prawitz em Paris há algum tempo) seria (as
palavras foram escolhidas com o devido cuidado)
Se há uma corroboração de P, então qualquer extensão (finita) desta
corroboração permanece sendo uma corroboração de P.
3. Para um "working mathematician", dependendo de como isto é enunciado,
pode
parecer meio estranho: se C = P_1 + P_2 + .... + P_n é uma corroboração de
P,
i.e.
C = P_ 1 + P_2 + ... + P_n < P
então para todo Q
C + Q = P_1 + P_2 + .... + P_n + Q < P,
ou seja, na presença de uma corroboração de P, toda Q é "infinitesimal" em
relação a P; na realidade, toda corroboração de P seria "infitesimal" em
relação a P (algo como "way below" vem imediatamente a mente).
Será que há matemática e lógica interessantes em estudar estas "ordens"?
Desnecessário dizer que ordens não arquimedianas (as únicas com
infinitesimais) são crucais no estudo da teoria fina de corpos, anéis e em
Valuation Theory em geral.
Será que existem análogos de "valuations" e/ou "places" em lógica,
reticulados distributivos, álgebras de Heyting, Brouwer ou de Boole (estas,
como é sabido há tempos, com estrutura natural e interdefinível com uma
única de anel commutativo com unidade). Será que estas idéias poderiam
ajudar
a entender lógicas, suas propriedades, semânticas e sintaxe?
4. A pergunta original foi muito produtiva; haveria mais a comentar, mas
fico
por aqui, enviando a todos
Um grande abraço,
Chico Miraglia
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