Um termo "consolidado" nem sempre é um bom termo.  Discussões
interessantes como esta, com argumentos bem elaborados como os do
Chico, podem bem nos ajudar a corrigir terminologias mal escolhidas!

*Atenuação*, apontado pela Valéria como o "termo mais frequentemente
usado na área" (de Teoria das Demonstrações), pareceu-me até agora
superior às demais escolhas de tradução para "weakening" em todos os
sentidos.  Críticas?

De todo modo, vale insistir que a "regra" cujo nome ora é discutido
não parece facilmente identificável com o "axioma" que deu origem à
discussão.

Joao Marcos


2012/7/31 Ruy de Queiroz <r...@cin.ufpe.br>:
> Caro Chico,
>
> Tuas considerações são pertinentes, mas permita-me discordar das
> conclusões: o sentido da regra em questão é o de enfraquecer um argumento,
> como bem disse Valéria. Daí, é natural que a tradução em português utilize
> a palavra "enfraquecimento". Aliás, tenho a impressão de que o termo já
> está razoavelmente consolidado, tal qual a terminologia "teoria da prova".
> Não vejo nada de errado em qualquer das duas formas de expressão no
> português.
>
> Abraço,
> Ruy
>
> Em 31 de julho de 2012 03:27, Francisco Miraglia 
> <mirag...@ime.usp.br>escreveu:
>
>> Car@s Colegas,
>>
>> A mensagem anterior (talvez) tenha sido um pouco críptica e adiciono mais
>> alguns comentários:
>>
>> 1. Traduções precisam levar em conta a sintaxe, denotação e conotação das
>> palavras e/ou expressões na língua original. "Weakening" é a substantivação
>> de um gerúndio, algo comum em ingles (mas não em portugues); a
>> substantivação
>> permanece carregando a conotação de ação, enquanto que "enfraquecimento",
>> como todo substantivo na língua portuguesa é passivo. Por outro lado,
>> parece-me
>> que "enfraquecendo" está longe de satisfatório...
>>
>> 2. O conteúdo do enunciado (utilizando o que aprendi em uma conferência e
>> conversa, ambas ótimas,  com Dag Prawitz em Paris há algum tempo) seria (as
>> palavras foram escolhidas com o devido cuidado)
>>
>> Se há uma corroboração de P, então qualquer extensão (finita) desta
>> corroboração permanece sendo uma corroboração de P.
>>
>> 3. Para um "working mathematician", dependendo de como isto é enunciado,
>> pode
>> parecer meio estranho: se C = P_1 + P_2 + .... + P_n é uma corroboração de
>> P,
>> i.e.
>>
>>      C = P_ 1 + P_2 + ... + P_n < P
>>
>> então para todo Q
>>
>>    C + Q = P_1 + P_2 + .... + P_n + Q < P,
>>
>> ou seja, na presença de uma corroboração de P, toda Q é "infinitesimal" em
>> relação a P; na realidade, toda corroboração de P seria "infitesimal" em
>> relação a P (algo como "way below" vem imediatamente a mente).
>>
>> Será que há matemática e lógica interessantes em estudar estas "ordens"?
>>
>> Desnecessário dizer que ordens não arquimedianas (as únicas com
>> infinitesimais) são crucais no estudo da teoria fina de corpos, anéis e em
>> Valuation Theory em geral.
>>
>> Será que existem análogos de "valuations" e/ou "places" em lógica,
>> reticulados distributivos, álgebras de Heyting, Brouwer ou de Boole (estas,
>> como é sabido há tempos, com estrutura natural e interdefinível com uma
>> única de anel commutativo com unidade). Será que estas idéias poderiam
>> ajudar
>> a entender lógicas, suas propriedades, semânticas e sintaxe?
>>
>> 4. A pergunta original foi muito produtiva; haveria mais a comentar, mas
>> fico
>> por aqui, enviando a todos
>>
>>    Um grande abraço,
>>
>>       Chico Miraglia

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