Olá Carlos e colegas,

Também gosto dos cardinais inacessíveis, uma boa maneira de convencer  
alguém a gostar deles também é usar o argumento de "transcendência"...

Esse argumento é mais ou menos o seguinte: se tiramos o Axioma do  
Infinito de ZFC, podemos até mesmo incluir um Axioma do tipo "Todos os  
conjuntos sao finitos" e essa teoria fica consistente - basta cortar o  
universo no nível \omega da "Hierarquia Cumulativa" e temos lá um  
modelo disso.

O argumento de transcendência é, sendo absurdamente reducionista,  
dizer que "assumir a existencia de inacessíveis é um ato de  
transcendência análogo ao de assumir a existência de conjuntos  
infinitos". Tipo - se já fizemos uma vez, qual o problema em se fazer  
de novo ? Para alguns teoristas de conjuntos, é uma maneira de  
estender ZFC "mais natural" que o forcing...

Na verdade, o meu interesse maior é em trabalhar com fatos topológicos  
que nao podem ser discutidos sem incluir a presenca de inacessíveis na  
jogada, escrevi algo sobre isso nos Proceedings de Itatiaia 2006.

http://jigpal.oxfordjournals.org/cgi/content/short/15/5-6/433

No entanto, acho que mais relacionado ao que estamos discutindo sao  
alguns resultados de Harvey Friedman nos quais "assercoes sobre  
conjuntos finitos" acabam sendo associados a grandes cardinais. Nunca  
pesquisei isso, mas me parece bem interessante. Lembremos também que a  
própria nocao de finitude nao fica suficientemente clara se retirarmos  
o Axioma da Escolha ! Perde-se a equivalência com a nocao de  
infinitude de Dedekind.

Até mais,

[]s  Samuel






Quoting Carlos Gonzalez <gonza...@gmail.com>:

> Olá Samuel,
>
> Além de Con(PA) poder ser provada em ZF, podemos trabalhar com teorias
> mais fortes, como ZF + "existe um cardinal inacessível"=ZFI.
> Trivialmente, Con(ZFI) implica Con(ZF).
>
> Em ZFI pode ser demonstrada Con(ZF), que é um enunciado aritmético
> (com a numeração de Gödel) e que implica Con(PA).
>
> Se ZF é consistente, então Con(ZF) não implica Con(ZFI), de modo que a
> consistência de ZFI é mais duvidosa  que as outras mencionadas.
>
> Gödel tinha muitas esperanças nos grandes cardinais, mas depois de
> muita pesquisa não se chegou a nenhum resultado amplamente aceito.
> (Ver o trabalho de Gödel sobre a Hipótese do Contínuo.)
>
> Carlos
>
> Em 2 de agosto de 2010 20:58, Francisco Antonio Doria
> <famado...@gmail.com> escreveu:
>> Por exemplo: posso escrever explicitamente um conjunto de máquinas de Turing
>> P tal que:
>>
>> ``as máquinas P são polinomiais''
>> é indecidível em ZFC, e não equivale à sentença de Gödel.
>> 2010/8/2 Francisco Antonio Doria <famado...@gmail.com>
>>>
>>> Gentzen 36 equivale à sentença de Gödel, Samuel. Tem Kleene 36. Dá pra
>>> fazer infinidades.
>>>
>>> 2010/8/2 <sam...@ufba.br>
>>>>
>>>> Olá Dória,
>>>>
>>>> Grato pela respostas também !
>>>>
>>>> Eu já tinha percebido isso. Alguns autores chegam a chamar de "sentencas
>>>> nao-godelianas" as sentencas aritméticas verdadeiras (no modelo standard)
>>>> que nao podem ser demonstradas, indo pela ordem no tempo:
>>>>
>>>> - Gentzen 36 (Con(PA) por inducao sobre epsilon_zero)
>>>>
>>>> - Paris Harrington
>>>>
>>>> - Goodstein
>>>>
>>>> Tem um review do Smorynski sobre um livro de Smith (nao li o review
>>>> inteiro mas li uns comentários do próprio Smith) no qual o  
>>>> Smorynski critica
>>>> duramente o Smith por uma imprecisao histórica, pois o Smith no livro dele
>>>> (Introduction to Godel Theorems) teria dito que o primeiro exemplo de uma
>>>> "nao-Godeliana" seria Paris-Harrington, tendo se esquecido de   
>>>> Gentzen 36 (e
>>>> de mais algumas coisas dos anos 50, nao me recordo agora).
>>>>
>>>> Até,
>>>>
>>>> []s  Samuel
>>>>
>>>>
>>>>
>>>>
>>>> Quoting Francisco Antonio Doria <famado...@gmail.com>:
>>>>
>>>>> Cuidado que a sentença de Paris-Harrington ***não é*** equivalente a
>>>>> Consis
>>>>> PA.
>>>>>
>>>>> 2010/8/2 <sam...@ufba.br>
>>>>>
>>>>>> Olá a todos,
>>>>>>
>>>>>> Agradeco pelas respostas. A universidade aqui (estou no México) está
>>>>>> em seu (extenso) recesso de verao, nao tinha ninguém pra bater bola,
>>>>>> foi bom bater bola com voces.
>>>>>>
>>>>>> Walter: obrigado pelos comentários e pelo material. Seu aluno Anderson
>>>>>> também me mandou alguma coisa, já o agradeci também. Vou comentar algo
>>>>>> da sua resposta:
>>>>>>
>>>>>>
>>>>>> Quoting Walter Carnielli <walter.carnie...@gmail.com>:
>>>>>>
>>>>>> > Caro Samuel:
>>>>>> >
>>>>>> > o que você  levanta  são  questões  profundamente  interessantes.
>>>>>> >
>>>>>> > Envio  a voce em separado (parece que a  Lista não aceita o arquivo)
>>>>>> > um prefácio de  Robert Vaught sobre  o "review" que Gödel publicou
>>>>>> > sobre os trabalhos de  Skolem de 1933 e 1934 (dos quais
>>>>>> > Gödel  diz que "são  praticamente os mesmos"). Isso aparece nos
>>>>>> > "Collected Works" vol I, editado  S. Fefermann, pp. 376-379, que são
>>>>>> > as  páginas que envio.
>>>>>> >
>>>>>> > O texto contem a resenha que você   procura, e ainda a importante
>>>>>> > opinião  de  Vaught.
>>>>>> >
>>>>>> > Aparentemente Gödel  não viu que a existência dos modelos não
>>>>>> > standard
>>>>>> > segue do Teorema da Compacidade (que ele mesmo  demonstrou em 1930!).
>>>>>> > Como Vaught nota na  pag. 377, Gödel afirma que  tais modelos
>>>>>> > não-standard seguiriam do seu Teorema de Incompletude (o que não é
>>>>>> > incorreto da maneira que Gödel coloca, mas  não revela a  razão
>>>>>> > principal).
>>>>>> >
>>>>>> > Dou aí abaixo algumas   opiniões  sobre  o que você pergunta   (mas
>>>>>> > não são  mais que opiniões-  não me  considero nenhum "especialista"
>>>>>> > sobre o assunto--de resto, parece que nem Gödel, nem Skolem o
>>>>>> > eram...).
>>>>>> >  **************************************************************
>>>>>> >
>>>>>>
>>>>>> ----------> Pois é, é um assunto derrapante mesmo, como vc disse
>>>>>> depois.
>>>>>>
>>>>>> >> "Suponha PA consistente. Entao, pelo Primeiro Teorema de
>>>>>> >> Incompletude,
>>>>>> >> PA nao prova a sentenca de Godel G.
>>>>>> >>
>>>>>> >> Segue que PA + ~G é consistente, logo, pelo Teorema da Completude
>>>>>> >> para
>>>>>> >> teorias de primeira ordem, tem modelo.
>>>>>> >>
>>>>>> >> Nesse modelo vale ~G. Entao esse modelo difere do modelo standard,
>>>>>> >> no
>>>>>> >> qual a sentenca de Godel G é verdadeira".
>>>>>> >>
>>>>>> >
>>>>>> >
>>>>>> > Sim, os modelos não- standard suportam  essa situação perfeitamente
>>>>>> > bem.
>>>>>> >
>>>>>> > **************************************************************
>>>>>> >>
>>>>>> >> Apresento algumas questoes, nao sei se elas sao "bobagem" ou nao...
>>>>>> >>
>>>>>> >> 1) Alguém sabe se este é o argumento de Gödel na tal resenha, ou se
>>>>>> >> ele usou esse argumento depois ?
>>>>>> >
>>>>>> >
>>>>>> > Não usou, e  acho  (mas  não  tenho certeza) que   Gödel  nunca  usou
>>>>>> > este argumento. Mas  nos trabalhos contemporâneos  acredito  que isso
>>>>>> > já  seja "folclore".
>>>>>> >
>>>>>>
>>>>>> ------------> Estou sem o meu Kleene aqui, mas na página 377 do Review
>>>>>> que vc me mandou o Vaught diz que na página 430 do Kleene tem um
>>>>>> comentário sobre o argumento de Gödel, e penso que deve ser algo
>>>>>> parecido mesmo, pegar uma A nao provável, olhar para consistencia de
>>>>>> PA + ~A e aplicar completude.
>>>>>>
>>>>>> Mesmo pensando em termos do modelo standard, o Francicleber me mandou
>>>>>> uma mensagem (a qual também agradeco) lembrando que nao há porque se
>>>>>> preocupar só com a sentenca de Gödel, pois para qualquer A que nao
>>>>>> seja demonstrável, teremos uma entre A, ~A será válida no modelo
>>>>>> standard, e assim teremos uma fórmula válida no modelo standard que
>>>>>> nao será consequencia sintática de PA e que portanto nao vale em todos
>>>>>> os modelos, garantindo a existencia dos modelos nao-standard (mas
>>>>>> passando pelo Teorema da Completude...).
>>>>>>
>>>>>>
>>>>>>
>>>>>>
>>>>>> >>
>>>>>> >> 2) Usualmente se diz que "G é verdadeira e nao pode ser
>>>>>> >> demonstrada".
>>>>>> >> Bem, G é (facilmente) equivalente à consistência de PA (o que
>>>>>> >> inclusive já prova o Segundo Teorema de Incompletude).
>>>>>> >>
>>>>>> >> Muitas vezes se diz que "G é verdadeira no modelo standard" (isso
>>>>>> >> aparece inclusive no argumento que eu destaquei acima). Essa
>>>>>> >> afirmacao é
>>>>>> >> intuitiva ou pode ser mesmo formalizada ?
>>>>>> >
>>>>>> > Sim,  pode  ser verificada no modelo standard.
>>>>>>
>>>>>>
>>>>>>
>>>>>> --------> Nao achei nenhuma boa referencia sobre isso, mas deu pra
>>>>>> entender que a argumentacao usa a nocao de "truth-in-a-model"...
>>>>>> Essencialmente, a codificacao de Gödel é em cima dos naturais
>>>>>> standard, e depois de feita a prova, olhamos para as codificacoes e
>>>>>> checamos que uma certa fórmula com quantificador vale no modelo
>>>>>> standard (como é semântico, "basta olhar", se fosse sintático teria
>>>>>> que aparecer algo como \omega-consistência). Essa fórmula é G. OK.
>>>>>>
>>>>>>
>>>>>>
>>>>>> >
>>>>>> >> (sobre esse problema eu vi que se tem uma discussao filosófica
>>>>>> >> interessante, "saber" (ou "ser capaz de deduzir que") que a sentenca
>>>>>> >> G
>>>>>> >> é verdadeira seria uma prova de que a mente humana supera os
>>>>>> >> computadores, isso seria um tal argumento de Lucas/Penrose...)
>>>>>> >
>>>>>> >
>>>>>> > Mas essa  é outra questão-- a propósito, dê   uma  olhada em:
>>>>>> >
>>>>>> > "Why is the Lucas-Penrose Argument Invalid?"  Manfred Kerber,
>>>>>> > http://www.cs.bham.ac.uk/~mmk/papers/05-KI.html
>>>>>> >
>>>>>>
>>>>>>
>>>>>> --------> Essa questao do argumento de Lucas\Penrose, eu já tinha
>>>>>> visto que era bem polêmica... Vou ler esse artigo que vc me indicou.
>>>>>> Trombei na internet com um artigo do Shapiro de nome engracado,
>>>>>> tratando nao exatamente disso mas de algo relacionado: "A sentenca de
>>>>>> Godel é verdadeira - mas alguém mudou de assunto ?"
>>>>>>
>>>>>>
>>>>>>
>>>>>>
>>>>>> >> 3)(e aqui uma pergunta que se alguém me fizer hoje eu nao sei
>>>>>> >> responder)
>>>>>> >>
>>>>>> >> A sentenca de Godel G é equivalente a Con(PA). Assim, se eu assumo
>>>>>> >> Con(PA), estou assumindo que G é verdadeira. Ela nao deveria entao
>>>>>> >> ser
>>>>>> >> verdadeira em todos os modelos de PA ? Como fica o argumento acima
>>>>>> >> para modelos nao-standard ?
>>>>>> >
>>>>>> > Se eu entendi bem  questão  (essas  coisas são  derrapantes), tudo
>>>>>> > isso vale para o modelo standard de PA. Para  os não  -standard,
>>>>>> > seria
>>>>>> > outra coisa. Mas  não  há nada de chocante nisso (pelo menos  como eu
>>>>>> > vejo).
>>>>>> >
>>>>>>
>>>>>>
>>>>>> ------> É, aqui eu dei uma derrapda, por falta de experiencia de
>>>>>> trabalhar com PA (faco argumentos do tipo para ZFC e nunca tive
>>>>>> problema nenhum !). Como PA nao prova Con(PA), entao, como a
>>>>>> aritmética, apesar de ser sintaticamente incompleta, é semanticamente
>>>>>> completa, nao vai ter Con(PA) válida em todos os seus modelos.
>>>>>> Tranquilo. Devo estar entre os que pensam no Teorema da Completude
>>>>>> como sendo para LÓGICAS de primeira ordem, sendo que podemos enunciar
>>>>>> para TEORIAS de primeira ordem... Simplesmente, esqueci de aplicar
>>>>>> Completude quando fiz a pergunta (3) !!!
>>>>>>
>>>>>> "Assumir a consistencia de PA" nao é uma frase "cataclismica" que muda
>>>>>> a compreensao das coisas, só equivale a dizer que uma certa fórmula
>>>>>> (ou string de números...) está sendo suposta verdadeira. "Assumir a
>>>>>> consistencia de PA" é "Estamos trabalhando num modelo onde a sentenca
>>>>>> de Godel é satisfeita".
>>>>>>
>>>>>> Como disse, estou sempre fazendo isso em ZFC. Existem muitas assercoes
>>>>>> matemáticas equivalente a CH (Hipótese do Contínuo) - uma simples e
>>>>>> que estou fazendo propaganda é a seguinte: "Se do plano R^2 retiramos
>>>>>> um conjunto de tamanho aleph_1, o que resta é um conjunto simplesmente
>>>>>> conexo". "Assumir CH" nao faz com que essa frase sobre o R^2 seja
>>>>>> verdadeira, "Assumir CH" é trabalhar num modelo em que CH vale (e essa
>>>>>> frase sobre o plano também).
>>>>>>
>>>>>>
>>>>>> > Estou trabalhando na questão  da consistência, preparando um artigo
>>>>>> > para  os  "Proceedings" do  evento   "CLE/AIPS - Science, Truth and
>>>>>> > Consistency" (em homenagem
>>>>>> > aos 80 anos do Newton) . Minha proposta, mas  isso leva uma 25
>>>>>> > páginas, é  que há tantas noções de  "consistência" que  o conceito
>>>>>> > axiomatizado (como nas LFI's) deveria ser  levado  a sério, e  teria
>>>>>> > talvez  até modelos não standard!
>>>>>> >
>>>>>> >
>>>>>>
>>>>>> ------> Bom, depois gostaremos todos de ter acesso ao trabalho !
>>>>>> A nocao de "consistencia nao-standard" deve ser interessante... Grato,
>>>>>> Walter.
>>>>>>
>>>>>>
>>>>>> Décio: meio sem querer, durante a preparacao dessa minha palestra, eu
>>>>>> acabei me preocupando com essas questoes do tipo que vc levantou, "as
>>>>>> más interpretacoes" do Teorema da Incompletude. Fora as questoes mais
>>>>>> óbvias, aplicando incompletude para a Bíblia ou para a Constituicao,
>>>>>> existem outras mais sutis.
>>>>>>
>>>>>> Por exemplo, uma frase que eu já falei para os meus alunos e que nao
>>>>>> está errada, mas dá a entender algo que nao é lá muito correto:
>>>>>>
>>>>>> "O Teorema da Incompletude mostra que existem questoes matemática
>>>>>> indecidíveis, como por exemplo a Hipótese do Contínuo"
>>>>>>
>>>>>> Bem, tem que se tomar cuidado aí. O Teorema da Incompletude mostra que
>>>>>> existem questoes *aritméticas* indecidíveis. Claro que sao questoes
>>>>>> matemáticas, mas usar a Hipótese do Contínuo como exemplo pode dar a
>>>>>> entender que a indecidibilidade da Hipótese do Contínuo (CH) seria um
>>>>>> "corolário da demonstracao" dos teoremas de incompletude, o que nao é
>>>>>> o caso (a consistencia
>>>>>> de CH veio da construcao do modelo construtível, e a de ~CH veio da
>>>>>> invencao do método de forcing).
>>>>>>
>>>>>> Tem um livro recente do Torkel Franzen, "Incomplete guide for use and
>>>>>> abuse...etc.", acredito que o Walter conhece este livro, assim como
>>>>>> outros colegas também...  Nesse livro o autor (que aparentemente
>>>>>> morreu há pouco) faz comentários bastante interessantes sobre este
>>>>>> tipo de problemas. Os teoremas da incompletude nao impedem que alguém
>>>>>> faca uma teoria sobre números e fantasmas que seja sintaticamente
>>>>>> completa no que se refere a... fantasmas.
>>>>>>
>>>>>> Antes de me despedir, levanto uma outra questao, já que falei no
>>>>>> Torkel Franzen:
>>>>>>
>>>>>> Ele tem uma visao interessante sobre o que é dizer que uma assercao
>>>>>> (aritmética) A é verdadeira.
>>>>>>
>>>>>> Ele diz que "A é verdadeira" é equivalente ao... enunciado de A.
>>>>>>
>>>>>> Por exemplo, "A Conjectura de Goldbach é verdadeira" é equivalente a
>>>>>> "Todo par maior do que 2 é soma de dois primos". Pronto, acabou, é uma
>>>>>> afirmacao sobre números naturais.
>>>>>>
>>>>>> OK, legal, mas concordam que ele está se referindo ao modelo standard
>>>>>> ? Que na verdade ele está se referindo a naturais standard ?
>>>>>>
>>>>>> Pelo que percebi, isso acontece também quando se discutem teoremas
>>>>>> como o de Paris-Harrington e o de Goodstein: dizer que "uma afirmacao
>>>>>> é verdadeira e nao pode ser demonstrada" é dizer que "uma afirmacao é
>>>>>> verdadeira no modelo standard e nao pode ser demonstrada".
>>>>>>
>>>>>> Aí eu pergunto aos colegas: é consenso entre os filósofos da matemática
>>>>>> que
>>>>>>
>>>>>> fato aritmético verdadeiro = fato aritmético verdadeiro no modelo
>>>>>> standard
>>>>>>  ?
>>>>>>
>>>>>> Se sim, acho que é por aí a nocao do Torkel Franzen.
>>>>>>
>>>>>> Até mais,
>>>>>>
>>>>>> []s  Samuel
>>>>>>
>>>>>>
>>>>>>
>>>>>>
>>>>>>
>>>>>>
>>>>>>
>>>>>>
>>>>>>
>>>>>>
>>>>>>
>>>>>> ----------------------------------------------------------------
>>>>>> Universidade Federal da Bahia - http://www.portal.ufba.br
>>>>>>
>>>>>> _______________________________________________
>>>>>> Logica-l mailing list
>>>>>> Logica-l@dimap.ufrn.br
>>>>>> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
>>>>>>
>>>>>
>>>>>
>>>>>
>>>>> --
>>>>> fad
>>>>>
>>>>> ahhata alati, awienta Wilushati
>>>>>
>>>>
>>>>
>>>>
>>>> ----------------------------------------------------------------
>>>> Universidade Federal da Bahia - http://www.portal.ufba.br
>>>>
>>>
>>>
>>>
>>> --
>>> fad
>>>
>>> ahhata alati, awienta Wilushati
>>>
>>
>>
>>
>> --
>> fad
>>
>> ahhata alati, awienta Wilushati
>>
>>
>> _______________________________________________
>> Logica-l mailing list
>> Logica-l@dimap.ufrn.br
>> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
>>
>>
>



----------------------------------------------------------------
Universidade Federal da Bahia - http://www.portal.ufba.br

_______________________________________________
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l

Responder a