On Mon, 14 Apr 2003 07:54:41 -0300, Douglas A. Augusto wrote: > On Mon, 14 Apr 2003 11:27:16 +0200 > "Leandro Guimarães Faria Corsetti Dutra" <[EMAIL PROTECTED]> > comentou: > >> Esses semi-livres, na verdade apenas sistemas abertos, são uma pequena >> parte do todo, e à margem. A real comunidade inclusive trabalha para >> substituí-los por programas totalmente livres; no seu infeliz exemplo, >> o PGP nem está de acordo com a DFSG, nem é necessário ao Debian, que >> já inclui o GPG, uma alternativa totalmente livre e compatível. > > 'Real comunidade'? Já ouvi dizer que comunidade (seja ela real, virtual, > imaginária ou algo do gênero) não é uma entidade monolítica > facilmente definível. ;-)
Verdade, faltou definir. Quis dizer "a comunidade que conta", no caso desenvolvedores e mantenedores da Debian e seus componentes. > Afirmei que a PGP (ou outra licença semi-livre) está de acordo com > qualquer outra? Acho que não. Afirmou que PGP faz parte do conjunto de sistemas livres que são na prática semi-livres, seja lá o que isso significa. Não faz sentido, porque tais programas nem são incluídos na Debian, não são código aberto nem livres, mas aí vai a citacão de tua mensagem: > > de softwares livres que se comportam na prática como softwares > > semi-livres (cobrança proibida pela licença, como a PGP). >> Objective C, Ada, gcc, XEmacs, Apache, Gnome, OpenOffice.org, Qt, mono, >> Kaffe é pouco para você? Incrível... sem contar contribuicões >> indiretas, como tantos vendedores de equipamento que financiam >> acionadores de dispositivo para entregar com seus produtos, vendidos a >> bom preco... > > Para o atual propósito da discussão é necessário dados quantitativos, > não qualitativos ou semi-quantitativos (aproveitando a moda semi-free). Se você tem nocão da importância dos programas citados, vai saber que é significativo. Se não tem nocão, ou não quer se incomodar em formar essa nocão, não adianta eu discutir. Só vou falar que sem os programas citados não haveria GNU/Linux, muito menos Debian. Nem o BSD seria o mesmo. >> Você teria de dar exemplos. Que eu saiba, os semi-livres são poucos, >> irrelevantes, sendo substituídos por totalmente livres. > > Novamente, de nada valeria eu citar milhares de exemplos aqui. Serveria > apenas como impacto falso de argumentação. O fato é que você não tem um exemplo sequer, muito menos milhares. >> Eu dei os dados, nomes das empresas e dos pacotes. O resto é por tua >> conta pesquisar... > > Não conheço nenhuma fonte oficial (se é que existe) que disponha de > tais estatísticas. Portanto afirmar que o número de softwares livres > não gratuitos é maior que os gratuitos (ou vice-versa) não seria > sensato. Eu não disse que são maiores. Eu disse que existem, são programas cruciais, e têm uma longa história de aceitacão pelas comunidades Debian, livre e de código aberto. Agora se você quer números, é fácil. Só ver o tamanho dos pacotes citados. >> Essa comunidade não existe, ora vamos! As reais comunidades são as >> do >> código aberto, a dos sistemas abertos e a dos sistemas livres. Essa da >> gratuidade não tem cara, nem rosto nem tamanho. Deve incluir você e >> mais meia dúzia... > > Argumento ad hominem. Não, não argumentei nada. Só fiquei exasperado com a indefinicão disfarcada de argumento. > Tentarei uma definição mais formal da minha "comunidade". Em termos > gerais seria: > > "Comunidade = indivíduos em conformidade com Software Livre que não > cobram + indivíduos que seguem a política Semi-Livre". > > Muitos, mesmo trabalhando sob o Software-Livre tem o espírito mais > donativo e, seguem tal licença cedendo apenas à pressão do mercado. Um > programador Semi-Livre nunca poderia imaginar sua menina dos olhos > empacotada na maioria das distribuições linux, por exemplo. Você se deu conta que o que você escreveu não faz sentido algum? Se um programa é semi-livre, não faz parte da Debian, portanto é irrelevante para nós. Se é livre, então adota ou aceita os parâmetros de liberdade, que por definicão é ortogonal ao preco. > Que tal passarmos a cobrar nessa lista por respostas às perguntas? (acho > que eu já estaria endividado). Com certeza > muitas delas exigem mais sacrifício que a arte de selecionar uma > distribuição, juntamente com a tão difícil tarefa de escolher a > versão. Perdão, exagerei no senso de humor. ;) A favor da distração... Incorreto. Selecionar uma distribuicão e versão significa conhecer as circunstâncias e idéias do usuário, e cotejá-las com as distribuicões e versões com que se está disposto a trabalhar. Significa se responsabilizar pelo que fez, enquanto na lista muitas vezes é somente indicar onde encontrar informacões, uma linha de comando, sem nenhuma responsabilidade. > Existe uma licença para essa lista? (a idéia me veio agora). Se > existisse acho que estaria mais aos moldes de Semi-Livre. Ou será que > seria DFSG?? Implicitamente é uma doacão. Seria mais para domínio público, que seria livre, sem esquerdo de cópia. Mas não é seguro legalmente falando pressupor que algum tribunal reconheceria essa doacão implícita. Explicitamente cada escritor tem direito a suas palavras. Para reproduzir fora do contexto da lista mais que algumas linhas seria necessária autorizacão. >> > Você cobraia sem se sentir desconfortável? >> >> Sim. O usuário continua tendo todo o código fonte e a opcão de >> mudar de fornecedor a qualquer momento. > > É um direito seu. Obrigado por reconhecer... eu detestaria fazer algo que não fosse direito meu. -- _ Leandro Guimarães Faria Corsetti Dutra +41 (21) 648 11 34 / \ Lausanne, Vaud, Suisse +41 (78) 778 11 34 \ / Brasil +55 (11) 5686 2219 / \ http://geocities.yahoo.com.br/lgcdutra/