Caros colegas: As forças armadas no Brasil e em qualquer país do mundo foram criadas tendo como missão primária defender o seu país e seus habitantes contra qualquer força adversa, especialmente estrangeira, que venha a ameaçar a vida e a integridade dos seus cidadãos. Se tais forças armadas, ao invés disto, passam a envolver-se com perseguições de qualquer ordem a algum de seus cidadãos, com torturas, assassinatos, prisões arbitrárias, atentados terroristas, etc., com frequência em nome de alguma ideologia estrangeira importada alhures, então tal força está corrompida, perde a razão primária de sua existência. Tais forças armadas então estão traindo as premissas que motivaram a sua criação e deveriam ser profundamente reformuladas e saneadas ou até extintas, se a sua corrupção não tem mais conserto, como ocorreu por exemplo na Costa Rica, que hoje não tem mais forças armadas e os seus habitantes vivem bem melhor assim. Forças armadas corruptas assemelham-se a um sistema imunológico de um dado organismo que passa a atacar diversos de seus componentes; em vez de defender este organismo contra agentes invasores, este passa a atacar ele próprio. Ou parecem-se a um cão de guarda que ataca e até mata o seu dono. Isto é absurdo e inaceitável. É preciso lembrar que quaisquer forças armadas são mantidas à custa de impostos pagos pelos cidadãos de seu país, portanto é a estes que elas deveriam servir e estar subordinadas acima de tudo, e daí também ao governo de tal país, se este for legítimo e não usurpado. Tal custo é bem dispendioso, pois quaisquer forças armadas, por mais modestas que sejam, apresentam uma manutenção muito cara. O Brasil e alguns outros países deveriam repensar profundamente a conveniência da existência de suas forças armadas, na medida em que for constatado que estas não estão se subordinando na prática à vontade soberana de seus cidadãos. As mesmas deveriam ser extintas, pelo menos na forma em que se apresentam atualmente, ou, no mínimo, profundamente reformuladas, onde a cadeia de comando deve necessariamente se subordinar à vontade dos cidadãos, e se reportar ao governo legítimo de cada país, se este existir. Atenciosamente, Arthur Buchsbaum
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