De acordo com meu ponto de vista, mais que qualquer outra coisa, os
blogs podem ser ferramentas essenciais para o estreitamento e a
intensificação do processo de comunicação científica informal. Nesse
caso, a principal questão não estaria no fato do conhecimento ser ou
não validado, mas sim nas oportunidades e possibilidades de poder
compartilhar informações ou conhecimentos que de outra forma não
poderiam ser comunicados. Ou seja, há muita informação ou conhecimento
que é extremamente útil e importante para a construção científica que
não são comunicados formalmente em periódicos, por exemplo, seja pelo
formato e regras do veículo seja por normas socialmente compartilhadas
ou outras n razões. Um determinado autor, que não me recordo o nome
nesse momento (mas posso procurar se alguém interessar), resgata em seu
comentário que Platão percebeu que a tradição oral de aprendizagem
tinha suas bases no diálogo, enquanto que a tradição escrita quem
aprende tem pouca habilidade ou oportunidade para ter acesso a quem
criou o conhecimento. Esse mesmo autor acrescenta que a re-introdução
do diálogo em escalas globais, por meio do desenvolvimento de
tecnologias de comunicação e informação, potencializa o processo de
criação do conhecimento por permitir esse diálogo. Trata-se então de um
processo de comunicação informal, o qual, em qualquer contexto
(científico, organizacional, negócios ou outros) é extremamente
indispensável. Penso que os blogs no processo de comunicação científica
estariam nessa camada. O que os demais acham?    Fernando César Lima
Leite

Quoting Fernanda Moreno <[EMAIL PROTECTED]>:

Prezados Hélio e Tiago

 Concordo com Tiago sobre a utilidade dos Blogs. Entretando, se faz
parte da comunicação ou divulgação científica, não vejo necessidade
em me posicionar.
 Sobre a confiablidade, creio que a experiência dos jormalistas (que
inúmeras vezes levaram a diante boatos espalhados propositadamente),
talvez não se aplique à área científica.  Checar as informações, caso
haja dúvida, ou sugerir correções, postando um comentário, não custa
nada e pode ser útil para toda comunidade. Há blogs temáticos,
voltados à disseminar informações (corretas) sobre determinada área,
criando links externos com instituções de pesquisa, inclusive.
 Em artigo interessante sobre o tema, Vega e Rojo (2003) classificam
os blogs em relação ao conteúdo: temáticos (páginas dedicadas a uma
disciplina ou assunto), corporativos (funcionando como um “mural” de
recados, ou com propósito de discutir políticas internas) e pessoais
(muito abundantes, porém menos relevantes do ponto de vista
informativo). Listam e comentam diretórios de blogs especializados em
biblioteconomia, ferramentas e blogs de temática bibliotecária.

 Penso, porém, que, se a comunidade científica levou um certo tempo
para validar periódicos científicos eletrônicos, o que se dirá dos
blogs?


 Espero ter contribuído,
 Abs,
 Fernanda Moreno

 Referência:

 VEGA, J. A. M; ROJO, Á.S. Weblogs: un recurso para los profesionales
de la información. Revista Española de Documentación Cientifica,
abril-junio 2003, vol. 26, n. 2, p. 227-236.




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