Cabe a reflexão que, por essa lógica o sistema legislativo vigente e
atual é mais que falho.

Porque por que mobilizar recursos e tempos para se arrastar na
tramitação com leis que não servem? Mas por que não servem se serviram
um dia?

Sempre digo que o ideal é que as leis sejam o mais atemporais quanto
for possível. Ou que tenham prazo de validade. Porque senão vão seguir
o caminho da conveniência momentânea, depois arquivamento ou aprovação
e o posterior desuso. Leia-se mais uma lei que não vai pegar.

Aliás, vide o recente Decreto 8135/13.

[]s

PS: Ainda cabem emendas ao projeto, que sequer passou pela Câmara ainda.


Em 28 de outubro de 2014 20:08, Jean Rodrigo Ferri
<jeanfe...@gmail.com> escreveu:
> Em 28 de outubro de 2014 13:00, Omar Kaminski <internetle...@gmail.com>
> escreveu:
>>
>> Falando em lei, e a do software livre, aquela de 1999 que passou a
>> abranger também os formatos abertos na última versão?
>>
>> Já são QUINZE ANOS de tramitação.
>
>
>
> E talvez tramite mais quinze... :(
>
> Acho que não estamos na melhor direção com esta lei, é muito difícil ela
> pegar porque obrigar órgãos públicos e pessoas a usar coisas que elas não
> querem ou não estão acostumadas só atrai mais resistência. E na primeira
> oportunidade as coisas são logo revertidas, prova disso são os anos todos
> patinando nessas ações dentro do governo e relatos recentes de
> descontinuidades que a gente vê e várias delas são citadas aqui mesmo na
> lista.
>
> Temos discutido bastante ultimamente no Interlegis uma abordadem diferente
> para o software livre no governo que na nossa visão seria mais exequível,
> que é virar o foco para o lado do desenvolvimento e não (prioritariamente)
> do uso. Desenvolvimento de software livre está meio que negligenciado no
> governo e achamos que se a lei, em vez de regulamentar o uso, deveria exigir
> que todos os softwares desenvolvidos por órgãos públicos sejam
> obrigatoriamente disponibilizados como software público.
>
> Isso, somado a estrutura já existente em torno do portal do software público
> e de normativos como a IN04, faria com que todas as soluções desenvolvidas
> pelo governo fossem compartilhadas, em vez de serem redesenvolvidas e/ou
> recontratadas e, progressivamente, faria também com que o uso de sofware
> livre nos órgãos públicos se tornasse comum, quebrando as resistências aos
> poucos e abrindo espaço também para o uso de outras soluções livres em
> outros nichos.
>
> Nossa base de raciocínio vem da nossa prática de 14 anos desenvolvendo e
> destribuindo softwares livres para o legislativo brasileiro, e fazendo isso
> por meio de adesão, sem obrigar nada a ninguém. Hoje já temos mais de 1500
> instalações de nossos produtos em uso pelas Câmaras Municipais e Assembleias
> Legislativas hospedadas no Interlegis, sem contar as que o pessoal baixa e
> usa por conta própria, e por conta desse contato com esses softwares,
> filosofia e comunidade o uso de soluções livres nas casas legislativas está
> se tornando muito comum, bem como a participação e colaboração da comunidade
> no desenvolvimento deles[1], a ponto de já haverem casas que estão rodando
> 100% soluções livres/abertas.
>
> Como sempre fiz parte de times de desenvolvimento de software e participo de
> comunidades de software livre desde o começo do movimento, sempre senti uma
> maior valorização que a comunidade dá ao *uso* de software livre (entendo
> que isso atrai mais gente por ser mais abrangente/inclusor e é mais sedutor
> pelo retorno financeiro imediato), e isso também se reflete nas suas ações
> junto ao governo. Mas acontece que para o software livre poder ser usado,
> primeiro ele tem que ser *desenvolvido*, e por isso acho que o
> desenvolvimento deve ser valorizado na proporção merecida.
>
> Portanto, para encurtar a prosa, eu e meus colegas achamos que nosso foco
> deveria ser em impulsionar uma lei que obrigue os órgãos públicos a
> disponibilizarem todo o software desenvolvido/financiado/melhorado por eles,
> fazendo valer o preceito de que tudo o que é gerado por um órgão público é
> um bem público, e como tal deve ser tratado, sem história de sigilo ou
> segredo de Estado, pois, se fosse assim, o Linux, OpenSSL, OpenPGP, etc. não
> estariam sendo usados em missão crítica inclusive em coisas sigilosas, e
> eles são softwares livres e bem feitos.
>
> Abraço,
>
> [1] https://colab.interlegis.leg.br
>
> --
> Jean Ferri
> http://about.me/jeanferri
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