Camaradas, espero q tenham tido um bom domingo de dia das mães, a quem for
o caso.

A quem se interessou pelo caso da colega de São Caetano, segue o
abaixo-assinado em favor da mesma professora:

https://secure.avaaz.org/community_petitions/po/cala_a_boca_ja_morreu_abaixoassinado_em_defesa_da_livre_manifestacao_e_da_liberdade_de_expressao_em_sao_caetano/

Abraços.
Cass.

Il giorno ven 7 mag 2021 alle ore 23:39 Cassiano Terra Rodrigues <
cassiano.te...@gmail.com> ha scritto:

> Camaradas, fui avisado q o manifesto não chegou. Envio aqui novamente.
> Saudações,
> cass.
>
> Manifesto de apoio à professora Gisele Giampaoli
>
> Em solidariedade à professora Gisele Giampaoli, professora de Sociologia
> do colégio
>
> universitário da USCS, alvo de procedimento administrativo disciplinar e
> suspensão por 60
>
> dias, com indicativo de demissão por justa causa, por determinação do
> reitor Leandro
>
> Prearo, sob acusação de fazer campanha no colégio contra o retorno das
> aulas
>
> presenciais no contexto da Pandemia.
>
> As entidades abaixo relacionadas vêm à público manifestar repúdio à ação
> contra a professora
>
> Gisele, mais um grave exemplo da política de perseguição e punição típica
> da Lei da Mordaça
>
> e do movimento Escola sem Partido, que atacam em suas ações a liberdade de
> cátedra, o
>
> pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e que submete os
> professores à vigilância
>
> ideológica, perseguição, censura e punição constantes. O contexto da
> pandemia agravou ainda
>
> mais essas práticas abusivas e autoritárias contra as professoras e
> professores, na medida em
>
> que existe na sociedade uma polêmica sobre o retorno das aulas presenciais
> quando a
>
> situação da pandemia se agravou amplamente no país e a política de
> imunização enfrenta
>
> diversos obstáculos. Em todo o país, trabalhadoras e trabalhadores da
> educação lutam em
>
> defesa da vida, pela garantia das condições para que todos tenham acesso
> emergencial e
>
> temporariamente ao ensino remoto e pelo fechamento das escolas até que a
> pandemia esteja
>
> controlada e a população esteja devidamente vacinada. A imposição das
> aulas presenciais em
>
> diversos estados e municípios no pior momento da pandemia têm custado a
> vida de centenas
>
> de trabalhadores da educação, de estudantes e de suas famílias. Somente na
> rede estadual de
>
> SP mais de 2.412 pessoas foram contaminadas em 1100 escolas, acarretando
> em 83 óbitos até
>
> o dia 30 de Abril, segundo levantamento da Apeoesp.
>
> Apesar dessa triste realidade, a diretora do colégio, de quem partiu o
> relatório, afirma que a
>
> professora, ao se manifestar sobre o retorno das aulas presenciais, com
> início em 09/02/2021
>
> no colégio, teria supostamente usado as aulas de Sociologia para
> desestimular alunos e
>
> professores a comparecerem à escola. Para sustentar sua acusação, anexou
> ao relatório
>
> e-mails recolhidos com alguns pais que assistiram as aulas remotas de
> Sociologia e fizeram
>
> acusações levianas de que a professora estaria pressionando, e até
> responsabilizando, os
>
> alunos que frequentaram presencialmente as aulas pela eventual morte por
> Covid-19 de algum
>
> professor do colégio. Uma acusação falsa, sob pretexto de estar realizando
> “doutrinação
>
> ideológica”, que inverte a lógica da problematização feita pela professora
> durante as aulas e
>
> que desconsidera o debate posto na sociedade sobre a questão. Desconsidera
> mesmo o papel
>
> da escola nesse contexto, de levar informação aos alunos, contribuir para
> a formação deles
>
> através do combate à desinformação, apresentando à eles, inclusive, as
> diferentes opiniões a
>
> partir da complexidade e urgência do tema.
>
> Os e-mails selecionados pela diretora demonstram a articulação interna da
> gestão do colégio
>
> para perseguir, censurar e culpabilizar a professora por suposta campanha
> contra o retorno às
>
> aulas presenciais. Enquanto agia em conjunto com esses pais, claramente
> discordantes sobre
>
> os riscos de contaminação com o retorno presencial, a diretora e demais
> integrantes da equipe
>
> gestora, não notificaram a professora sobre a reclamação dos pais, nem
> garantiram a ela a
>
> defesa de seu ponto de vista, amparado no debate público e notório
> existente no período diante
>
> do agravamento da pandemia no Brasil e no estado de São Paulo. Questionam
> e querem sua
>
> demissão pelo uso das aulas de Sociologia para falar da pandemia. Ora,
> desde quando falar da
>
> pandemia nas aulas não é abordar os conteúdos da Sociologia? Outros
> elementos presentes
>
> no relatório, relacionados à atividade docente da professora, partem dessa
> acusação,
>
> compondo o quadro de perseguição política à professora.
>
> A luta contra as aulas presenciais na pandemia é uma luta nacional em
> defesa da vida,
>
> encampada por diversos sindicatos e entidades de classe, amparados em
> estudos e análises
>
> de associações científicas e especialistas de diversas áreas que partem da
> preocupação com o
>
> aumento expressivo de casos de contaminação e mortes no país. E é por isso
> inadmissível que
>
> qualquer professora ou professor seja punido individualmente por isso,
> muito menos
>
> perseguido e censurado por qualquer desacordo político com o conteúdo das
> aulas
>
> ministradas, num evidente desrespeito à liberdade de cátedra. Em São
> Caetano do Sul,
>
> também temos o caso grave e absurdo da professora da rede municipal
> Catarina Troiano,
>
> que também é alvo da política persecutória, intimidadora e de
> criminalização das professoras e
>
> professores da cidade. Ela é vítima de queixa criminal por parte do
> secretário da educação
>
> Fabrício Coutinho de Faria, que abriu inquérito por calúnia após a
> professora publicar em suas
>
> redes sociais conteúdos expressando sua opinião contrária ao retorno das
> aulas presenciais.
>
> Em sua escola, Catarina Troiano perdeu uma colega de trabalho vítima da
> Covid-19, uma
>
> professora de 62 anos, que trabalhou durante um mês após o retorno às
> aulas presenciais
>
> antes de ser entubada e vir a óbito. Na USCS, onde a professora Gisele é
> professora, um
>
> funcionário de 65 anos também faleceu vítima do Covid-19, ele trabalhou
> presencialmente no
>
> setor da manutenção na instituição até poucos dias antes de ser internado.
> Bem se vê que a
>
> dinâmica de desrespeito à vida e à saúde dos trabalhadores da educação na
> cidade não
>
> respeitou nem os servidores do grupo de risco à época.
>
> É importante considerar também que recentemente, estudo realizado pela
> REPU (Rede Escola
>
> Pública e Universidade) através de dados coletados na rede estadual de
> ensino, demonstrou
>
> que o índice de contaminação entre professores é até 3 vezes maior do que
> a população adulta
>
> em geral no estado. Também estudos publicados em revistas científicas como
> a Science e The
>
> Lancet trazem novas evidências sobre a transmissão pelo ar, pelas
> partículas aerossóis, onde
>
> o risco em ambientes fechados tem a capacidade de aumentar
> exponencialmente a
>
> contaminação. No retorno presencial às aulas em fevereiro, a Uscs tinha
> turmas com até 20
>
> alunos frequentando as aulas presenciais dentro da mesma sala de aula.
>
> Considerando o absurdo da violência persecutória e de punição, defendemos
> a retirada
>
> imediata do processo administrativo disciplinar contra a professora Gisele
> Giampaoli e o seu
>
> retorno ao trabalho para que ela possa voltar a ministrar as aulas de
> Sociologia no Colégio da
>
> Universidade Municipal de São Caetano do Sul e para que a interrupção de
> seu trabalho não
>
> venha a acarretar prejuízos aos estudantes! Basta de perseguição e punição
> aos professores!
>
> São Caetano do Sul, 05 de maio de 2021.
>
> On Friday, May 7, 2021 at 8:47:15 PM UTC-3 Cassiano Terra Rodrigues wrote:
>
>> Camaradas,
>> envio a esta lista um manifesto em apoio à professora de sociologia
>> Gisele Giampaoli, professora de sociologia em São Caetano do Sul. O
>> documento relata bem o caso. Acontece q em São Caetano os professores da
>> rede pública estão  enfrentando uma onda crescente e cada vez mais forte de
>> autoritarismo, dado o alinhamento do Escola Sem Partido com o poder
>> instituído local (ou poderes, talvez seja até mais exato dizer assim).
>> Recebi o Manifesto de uma amiga q é professora e colega da Gisele. O
>> pedido é para ampla divulgação e solicitação de assinaturas de
>> instituições, partidos, pessoas públicas, associações... É esse o pedido q
>> repasso a esta lista.
>> Àqueles q não se identificarem com o pedido, sugiro q ignorem e,
>> sinceramente, lamento.
>> Saudações a todos,
>> cass.
>>
>>
>> --
>> Cassiano Terra Rodrigues
>> Prof. Dr. de Filosofia - IEF-H-ITA
>>
>> Praça Marechal Eduardo Gomes, Nº 50
>> Vila das Acácias
>> São José dos Campos
>> São Paulo, Brasil
>> CEP: 12228-970
>> Tel. (+55)-12-3305-8438 <+55%2012%203305-8438>
>> - Sala F0-206 -
>>
>> --
>> lealdade, humildade, procedimento
>>
>

-- 
Cassiano Terra Rodrigues
Prof. Dr. de Filosofia - IEF-H-ITA

Praça Marechal Eduardo Gomes, Nº 50
Vila das Acácias
São José dos Campos
São Paulo, Brasil
CEP: 12228-970
Tel. (+55)-12-3305-8438
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lealdade, humildade, procedimento

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