On Sun, Apr 27, 2003 at 12:29:28AM +0200, Leandro Guimarães Faria Corsetti Dutra wrote: > Com GNU Emacs faz-se *qualquer* coisa, exceto multithreading. É > um ambiente Lisp completo. E a interface é muito mais mnemônica, muito > menos modal, cheia de maneiras de aprender, consultar documentacão, obter > ajuda de modo geral. O vim é modal (não tem jeito, é a idiossincrasia do vi), mas, ao contrário de outros clones do vi, também tem documentação online e um sistema de ajuda excelente. Na verdade, o EMACS é um interpretador LISP escrito em C, não é verdade? Tudo o mais são programas LISP, não é isso? É por isso que ele é tão absurdamente (no bom sentido) extensível.
> Isso vem dos tempos em que os computadores eram multiusuários e > tinham 1 MB... hoje, você roda GNU Emacs muito bem em qualquer computador > que roda GNU/Linux. > hehehehe... não no meu AMD-K6 233, que tenho em casa, e nos IBM-RS6000 + AIX lá no trabalho, ou em outro P166 + Slackware também sob minha responsabilidade... Comecei a usar o vim porque ele tinha todos os recursos de que eu precisava (quando comecei a usar GNU/Linux, em 1998, comecei a aprender o GNU EMACS, depois tentei o XEMACS), realce de sintaxe, auto-indentação, expressões regulares para busca e substituição e tudo o que esperamos de um bom editor de textos, sem contar a interface gráfica para converter mais um iniciante para as nossas hostes :) (guerra santa em sua quintessência!), tudo isso com um desempenho muito satisfatório. > > > acreditar que ele é um sistema operacional /per se/), até mesmo café > > Quase isso. Seria mais um ambiente operacional, visto não ter > acionadores de dispositivos e outras coisitas. > É, a idéia era essa. Me expressei mal. > Tempo de inicializacão é absolutamente irrelevante: o GNU Emacs > é para ficar sempre aberto, e ser chamado quando necessário com o comando > emacsclient ou automaticamente por outros programas. Mais ou menos como um OS - chamadas de sistema :) > Idem para GNU Emacs... a versão do vi que vem instalado por > padrão em alguns Unices é a antigona, pobre, mais difícil ainda de usar. > > Hoje em dia, não há Unix que não rode GNU Emacs. Para as > distribuicões GNU/Linux, não faz a mínima diferenca instalar um ou > outro. Concordo. Não há UNIX que não rode EMACS. Entretanto, muitos unices não têm o EMACS por padrão, e nem sempre é possível instalá-lo, ao passo que o vi, é batata: ele está lá. Ainda que seja antigona, pobre, difícil de usar, sempre é vi: modo de comando, de inserção, 'dois-pontos'. i para começar a inserir texto, :w para salvar, :q para sair... É a mesma coisa em TODOS os unices. > > > > Eu, pessoalmente, prefiro o vim. É muito rápido, fácil de usar e tem um > > conjunto completo de funcionalidades, que, a meu ver, não deve nada ao > > EMACS. Tente os dois, gaste um tempo aprendendo o básico de cada um > > Você fala isso porque nunca usou GNU Emacs para correio > eletrônico, notícias, navegacão na teia, consulta a dicionários... só para > dar água na boca. > Prefiro a visão minimalista das ferramentas individuais. Aquela velha história, cada ferramenta deve fazer apenas uma coisa, mas fazê-la bem. Se eu quero um editor de texto, tenho o vi (ou vim, ou vile, ou elvis, ou nvi... ou até EMACS...); se quero navegar na teia, tenho lynx ou links; se quero consultar dicionários, [a-i]spell; correio eletrônico, fetchmail+procmail+MTA+mutt; notícias, slrn ou trn... São várias ferramentas diferentes, cada uma com sua idiossincrasia, com seus comandos, mas cada uma excelente naquilo que faz. Com a vantagem do desempenho. Lembre-se, nem todo mundo pode rodar o GNU/Linux em um PowerMac de última geração. -- José de Paula Rodrigues Neto Assis Linux User #175920 Brasília - DF - Brasil Usuário Debian #574