Re: [Logica-l] Psicanálise, Psicologia e Psiquiatria

2011-09-18 Por tôpico FAD 2
Cuidado, ou vc joga fora p. e. as teorias recentes sobre inflação cósmica... 

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On 18/09/2011, at 00:06, Joao Marcos  wrote:

>> Quanto ao estatuto epistemológico da psicanálise acho que não há
>> qualquer dúvida de ela ser um caso típico de pseudociência.
>> Quando Popper afirmava que a teoria de Freud explica tudo, ou seja,
>> era a tal ponto flexível que não podia ser contraditada, ele
>> não estava errado. Quando apontaram os casos de "neurose de
>> guerra" como uma refutação do complexo de Édipo, Freud
>> explicou, por meio de emendas na sua teoria original, que os
>> soldados com neurose de guerra eram narcisistas. Concordando
>> com Popper, Horgan afirma: "Freud tinha uma habilidade assombrosa
>> para elaborar teorias que não podem ser confirmadas nem
>> refutadas decisivamente por meio empíricos."
> 
> É preciso claramente haver um limite para as emendas ad hoc que se
> propõe adicionar a uma teoria de modo a salvá-la do falseamento...
> 
> Por outro lado, não é mais científica uma teoria que é tão falseável
> que já foi de fato falseada, nem é menos científica uma teoria que
> funciona tão bem que ainda ninguém conseguiu falsear.  É preciso ter
> cuidado com a interpretação do critério popperiano, goste você dele ou
> não.
> 
>> Essa crítica é importante, porém, muitas outras foram propostas contra a 
>> psicanálise.
>> Vejam as críticas de Frederick Crews.
> 
> Aqui um parágrafo curioso de uma entrevista do Crews, apóstata da
> doutrina freudiana:
> 
> "The reason I went over not to being a Freud basher but to being a
> complete Freud skeptic is that I read critiques of the logic of
> psychoanalysis, both the logic of its discovery of concepts, and much
> more importantly, the logic by which the concepts are defended. And I
> found that I reluctantly had to agree with the critiques instead of
> with my own former views."
> 
> Divertida, aliás, a entrevista inteira:
> http://www.pbs.org/newshour/bb/health/jan-june99/freud_crews.html
> 
>> Olhem o que Francis Crick escreveu sobre Freud: "Pelos padrões modernos,
>> Freud não pode ser considerado um cientista, e sim um médico que teve muitas
>> ideias inusitadas e que escreveu com rara habilidade e poder de persuasão."
> 
> É quando muito uma questão de foro pessoal a decisão de aderir ao
> movimento psicanalítico, ou, digamos, à maçonaria.
> 
> E certamente qualquer pessoa tem o direito, a despeito de todas as
> evidências que apontam para o caráter pseudo-científico destas
> correntes de pensamento, de escolher ser freudiano, ou astrólogo.  O
> problema mesmo é se esta pessoa quiser pleitear financiamento
> científico público para a empreitada.
> 
> JM
> 
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Re: [Logica-l] Psicanálise, Psicologia e Psiquiatria

2011-09-18 Por tôpico FAD 2
Já disse, gosto de Jung. Pauli tb gostava. 

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On 18/09/2011, at 00:06, Joao Marcos  wrote:

>> Quanto ao estatuto epistemológico da psicanálise acho que não há
>> qualquer dúvida de ela ser um caso típico de pseudociência.
>> Quando Popper afirmava que a teoria de Freud explica tudo, ou seja,
>> era a tal ponto flexível que não podia ser contraditada, ele
>> não estava errado. Quando apontaram os casos de "neurose de
>> guerra" como uma refutação do complexo de Édipo, Freud
>> explicou, por meio de emendas na sua teoria original, que os
>> soldados com neurose de guerra eram narcisistas. Concordando
>> com Popper, Horgan afirma: "Freud tinha uma habilidade assombrosa
>> para elaborar teorias que não podem ser confirmadas nem
>> refutadas decisivamente por meio empíricos."
> 
> É preciso claramente haver um limite para as emendas ad hoc que se
> propõe adicionar a uma teoria de modo a salvá-la do falseamento...
> 
> Por outro lado, não é mais científica uma teoria que é tão falseável
> que já foi de fato falseada, nem é menos científica uma teoria que
> funciona tão bem que ainda ninguém conseguiu falsear.  É preciso ter
> cuidado com a interpretação do critério popperiano, goste você dele ou
> não.
> 
>> Essa crítica é importante, porém, muitas outras foram propostas contra a 
>> psicanálise.
>> Vejam as críticas de Frederick Crews.
> 
> Aqui um parágrafo curioso de uma entrevista do Crews, apóstata da
> doutrina freudiana:
> 
> "The reason I went over not to being a Freud basher but to being a
> complete Freud skeptic is that I read critiques of the logic of
> psychoanalysis, both the logic of its discovery of concepts, and much
> more importantly, the logic by which the concepts are defended. And I
> found that I reluctantly had to agree with the critiques instead of
> with my own former views."
> 
> Divertida, aliás, a entrevista inteira:
> http://www.pbs.org/newshour/bb/health/jan-june99/freud_crews.html
> 
>> Olhem o que Francis Crick escreveu sobre Freud: "Pelos padrões modernos,
>> Freud não pode ser considerado um cientista, e sim um médico que teve muitas
>> ideias inusitadas e que escreveu com rara habilidade e poder de persuasão."
> 
> É quando muito uma questão de foro pessoal a decisão de aderir ao
> movimento psicanalítico, ou, digamos, à maçonaria.
> 
> E certamente qualquer pessoa tem o direito, a despeito de todas as
> evidências que apontam para o caráter pseudo-científico destas
> correntes de pensamento, de escolher ser freudiano, ou astrólogo.  O
> problema mesmo é se esta pessoa quiser pleitear financiamento
> científico público para a empreitada.
> 
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Re: [Logica-l] Pseudoscience

2011-09-18 Por tôpico Carlos Santos Jr.
Se nao for, nao é ciência. Mas apesar disto, ainda pode ter utilidade. Tem (?)

Triangulos nao existem na natureza tambem.

Carlos.

2011/9/18 FAD 2 :
> A cosmologia é falseável? Não.
>
> Sent from my iPhone
>
> On 17/09/2011, at 22:15, Vitor Moura  wrote:
>
>> Caro Manuel,
>>
>> do que entendi, o "catastrofismo de Velikovsky" não é uma hipótese 
>> científica falseável simplesmente porque não será um teste que irá 
>> determinar sua sobrevida ou sua morte. Ela seria uma hipótese que já nasceu 
>> morta simplesmente por se basear em uma série de pressupostos equivocados do 
>> autor. Não seria necessário qualquer teste para determinar sua adequação à 
>> realidade. Falseabilidade, segundo entendo, pressupõe a necessidade de um 
>> teste.
>>
>> Não sei se sua teoria para explicar o que seria um vampiro seria falseável. 
>> Cadê o objeto de estudo - o vampiro - para realizarmos o teste de sua 
>> hipótese?
>>
>> Um abraço,
>> Vitor
>>
>>
>> 
>> De: Manuel Doria 
>> Para: Vitor Moura 
>> Cc: "logic-in-...@googlegroups.com" ; 
>> "logica-l@dimap.ufrn.br" 
>> Enviadas: Sexta-feira, 16 de Setembro de 2011 17:52
>> Assunto: Re: [Logica-l] Pseudoscience
>>
>>
>> Prezado Vitor,
>>
>> Falseabilidade é insuficiente para demarcação de ciência e pseudociência
>>
>> O catastrofismo de Velikovsky 
>> (http://en.wikipedia.org/wiki/Worlds_in_Collision) não só é plenamente 
>> falseável como foi falseado pela astrofísica, mecânica celeste e geologia.
>>
>> Isso não faz do catastrofismo de Velikovsky "ciência", sequer uma "ciência 
>> obsoleta"
>>
>> A marca distintiva da pseudociência, na minha opinião, é que seus 
>> proponentes julgam que seu campo de estudo possui pelo menos tanta 
>> legitimidade epistêmica quanto ciência bem consolidada.
>>
>> Por esse motivo, o perímetro entre pseudociência, proto-ciência, programa 
>> metafísico de pesquisa e ciência fronteiriça pode ser nebuloso. Por exemplo, 
>> onde se figuram a memética, futurologia, escola de economia austríaca e 
>> exobiologia? Muito difícil delimitar.
>>
>> Eu posso inventar agora uma teoria bem elaborada de vampiros como humanos 
>> contaminados por neuroparasitas transmissíveis por morcegos hematófagos que 
>> adquirem fotofobia e hábitos antropofágicos em decorrência da doença. Vai 
>> ser plenamente falseável, mas não será uma teoria científica senão iremos 
>> trivializar o que se compreende por ciência.
>>
>> Um forte abraço.
>>
>>
>> 2011/9/15 Vitor Moura 
>>
>> Manuel,
>>>
>>> "ovelha negra" ou não, ela atende o critério da falseabilidade, então 
>>> realmente não faz sentido o Shermer incluí-la na categoria de 
>>> pseudociência. .
>>>
>>> Um abraço,
>>> Vitor
>>>
>>>
>>> 
>>> De: Manuel Doria 
>>> Para: Vitor Moura 
>>> Cc: "logic-in-...@googlegroups.com" ; 
>>> "logica-l@dimap.ufrn.br" 
>>> Enviadas: Quinta-feira, 15 de Setembro de 2011 16:37
>>>
>>> Assunto: Re: [Logica-l] Pseudoscience
>>>
>>>
>>> Vitor, isso é um apelo à autoridade. Não é exatamente que a AAAS reconhece 
>>> parapsicologia/psicologia anomalítica como "ciência legítima", foi feita 
>>> uma votação em 1969 para saber se a Parapsychological Association poderia 
>>> ser integrada aos afiliados da AAAS:
>>>
>>> http://www.aaas.org/aboutaaas/affiliates/
>>>
>>> A votação não foi consensual e não se decide o que é ciência ou não por 
>>> meio de uma votação (esta foi proposta pela finada antropóloga Margaret 
>>> Mead). A Parapsychological Association é uma "ovelha negra" da AAAS e 
>>> muitos de seus membros criticam sua permanência na instituição.
>>>
>>> Um forte abraço.
>>>
>>>
>>> 2011/9/15 Vitor Moura 
>>>
>>> E o autor (Shermer) também errou em considerar a Parapsicologia como 
>>> pseudociência. A Parapsicologia é reconhecida como ciência legítima desde 
>>> 1969 pela AAAS, a maior associação científica do mundo.


 
 De: Marcelo Siqueira 
 Para: Francisco Antonio Doria 
 Cc: logic-in-...@googlegroups.com; logica-l@dimap.ufrn.br
 Enviadas: Quinta-feira, 15 de Setembro de 2011 14:10
 Assunto: Re: [Logica-l] Pseudoscience


 Também não concordo com o princípio da delimitação entre o que é
 pseudo-ciência e ciência: a primeira seria apenas aquilo que ameaça nossos
 interesses científicos, recursos para financiar pesquisas etc??? Segundo o
 autor, em outras palavras, "não se chuta cachorro morto" (aspas minhas) --
 pelo menos eu entendi assim. Na verdade, achei um absurdo. Pseudo-ciência é
 pseudo-ciência, independente se atinge ou não o bolso ou o prestígio de
 alguém.

 Outra coisa que não concordei foi com o argumento de que se alguma nova
 teoria tem apelo o suficiente para chamar a atenção da comunidade é porque 
 é
 ciência, senão é pseudo-ciência. Achei uma idéia muito perigosa, que abre
 brechas para a endogamia científica. Além do mais, promove a idéia da
 "soberania das maiorias", o 

Re: [Logica-l] Pseudoscience

2011-09-18 Por tôpico Carlos Santos Jr.
Além da falta de certeza sobre o sistema analisado ser fechado, o
motivo pode ser de perspectiva tambem. A Terra "era" quadrada, "virou"
esférica, e agora não "é" nem uma coisa nem outra. Ainda, o
relacionamento entre as variaveis conhecidas pode alterar tambem.

Carlos.

2011/9/18 Vitor Moura :
>  Oi, Carlos
> a diferença do mundo da Matemática e da Lógica para o mundo natural é que no
> último não podemos dizer que conhecemos todas as variáveis que intervêem em
> seus fenômenos. Por isso não podemos falar em "provas" quando nos referimos
> ao mundo natural. O máximo que podemos dizer é que se existem outras
> variáveis atuando, elas se comportam como se não existissem. Mas as ciências
> formais são convenções humanas, logo nós podemos dizer que conhecemos sim
> todas as suas variáveis, e por isso podemos falar em "provas". Se pudéssemos
> dizer que conhecemos  todas as variáveis que intervêem em determinado
> fenômeno do mundo natural, então também poderíamos falar em "provas". E
> seria Ciência.
> E sim, o "invariante" é passível de alteração. Por isso o critério é a busca
> por leis invariantes. No caso da matemática e da lógica podemos dizer que
> essa busca chegou ao fim, porque, mais uma vez, conhecemos todas as suas
> variáveis. No mundo natural, não. A busca será contínua apenas devido à
> nossa ignorância do número de variáveis que atuam no fenômeno.
> Um abraço,
> Vitor
> 
> De: Carlos Santos Jr. 
> Para: Vitor Moura 
> Cc: "logic-in-...@googlegroups.com" ;
> "logica-l@dimap.ufrn.br" 
> Enviadas: Sexta-feira, 16 de Setembro de 2011 13:36
> Assunto: Re: [Logica-l] Pseudoscience
>
> Oi Vitor,
>
> Como eu disse, aceitar o criterio do Popper é uma decisao pessoal. Eu
> penso que se há "prova", não é ciência. Entao, mesmo a comunidade
> "cientifica" e os orgaos de fomento incluindo a matematica e o
> desenvolvimento de software, isto nao faz deles ciencia caso o
> criterio seja o de falseabilidade. Claro, apesar deste status, estas
> atividades devem ser financiadas na minha opiniao.
>
> Qt ao problema dos universais (invariantes), eu vejo isto como os
> "paradigmas", que são passíveis de mudança caso novas observações ou
> conjecturas contradigam as expectativas. A busca por invariantes é
> comum em qualquer disciplina interessada em entender os mecanismos de
> causa e efeito. Mas, em ciencia, o "invariante" é passível de
> alteração. Pode-se "descobrir" uma coisa várias vezes (e.g., o formato
> da Terra).
>
> Olha como o Popper descreveu o processo científico: “The game of
> science is, in principle, without end. He who decides one day that
> scientific statements do not call for any further test, and that they
> can be regarded as finally verified, retires from the game.” (Popper,
> 1959, p.53)".
>
> Abraço,
> Carlos.
>
> 2011/9/16 Vitor Moura 
>>
>> Oi, Carlos
>> mas matemática é Ciência. Do ponto de vista social, a comunidade
>> científica inclui a Matemática entre seus temas científicos. As publicações
>> importantes da matemática encontram-se indexadas no Science Citation Index.
>> Os órgãos de fomento científico apóiam as pesquisas em Matemática.
>> É certo que as ciências formais - Lógica e Matemática - constituem
>> exemplos de sistemas não testáveis experimentalmente, mas suas teorias
>> podem, no entanto, ser criticadas, discutidas, e até mesmo refutadas através
>> de argumentos lógicos e provas matemáticas. Portanto, o método científico
>> pode ser visto como um caso especial de crítica.
>> Quanto a um critério melhor que o da falseabilidade de Popper, a questão
>> da invariância das leis é um. A própria Física não pode se pautar pela
>> falseabilidade (a Lei da Conservação de Energia não é falseável. Se, por
>> alguma razão, o balanço energético num sistema natural não for obedecido,
>> pode-se sempre aventar a existência de uma nova forma de energia, ainda não
>> conhecida, que se introduz no processo, e salvar a Lei da Conservação de
>> Energia da refutação. De fato, algumas partículas levaram 80 anos até serem
>> descobertas). A busca por leis invariantes é o âmago tanto da Física quanto
>> da Matemática.
>> Não entendi o que você quis dizer quanto a ausência de objeto de estudo.
>> Você se referia à Parapsicologia? O objeto de estudo da Parapsicologia são
>> alegações paranormais. Se alguém diz que é médium, capaz de se comunicar com
>> os mortos, ou que é a reencarnação de fulano, o cientista irá testar essas
>> alegações (em ambos os casos um dos testes possíveis seria o reconhecimento
>> de pessoas que o morto conheceu em vida).
>> Um abraço,
>> Vitor
>> 
>> De: Carlos Santos Jr. 
>> Para: Vitor Moura 
>> Cc: "logic-in-...@googlegroups.com" ;
>> "logica-l@dimap.ufrn.br" 
>> Enviadas: Sexta-feira, 16 de Setembro de 2011 8:14
>> Assunto: Re: [Logica-l] Pseudoscience
>>
>> Prezados,
>>
>> O criterio para definir ciencia nao deve ser o mesmo para decidir quais
>> coisas financiar. Mesmo a matematica e a filosofia nao sen

Re: [Logica-l] Psicanálise, Psicologia e Psiquiatria

2011-09-18 Por tôpico FAD 2
Pelo critério de Popper, a teoria ptolomaica dos epiciclos é científica, e a 
medida de 1919 teria falseado a relatividade geral. 

E o que dizer do acochambrento de Millikan?  

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On 18/09/2011, at 00:06, Joao Marcos  wrote:

>> Quanto ao estatuto epistemológico da psicanálise acho que não há
>> qualquer dúvida de ela ser um caso típico de pseudociência.
>> Quando Popper afirmava que a teoria de Freud explica tudo, ou seja,
>> era a tal ponto flexível que não podia ser contraditada, ele
>> não estava errado. Quando apontaram os casos de "neurose de
>> guerra" como uma refutação do complexo de Édipo, Freud
>> explicou, por meio de emendas na sua teoria original, que os
>> soldados com neurose de guerra eram narcisistas. Concordando
>> com Popper, Horgan afirma: "Freud tinha uma habilidade assombrosa
>> para elaborar teorias que não podem ser confirmadas nem
>> refutadas decisivamente por meio empíricos."
> 
> É preciso claramente haver um limite para as emendas ad hoc que se
> propõe adicionar a uma teoria de modo a salvá-la do falseamento...
> 
> Por outro lado, não é mais científica uma teoria que é tão falseável
> que já foi de fato falseada, nem é menos científica uma teoria que
> funciona tão bem que ainda ninguém conseguiu falsear.  É preciso ter
> cuidado com a interpretação do critério popperiano, goste você dele ou
> não.
> 
>> Essa crítica é importante, porém, muitas outras foram propostas contra a 
>> psicanálise.
>> Vejam as críticas de Frederick Crews.
> 
> Aqui um parágrafo curioso de uma entrevista do Crews, apóstata da
> doutrina freudiana:
> 
> "The reason I went over not to being a Freud basher but to being a
> complete Freud skeptic is that I read critiques of the logic of
> psychoanalysis, both the logic of its discovery of concepts, and much
> more importantly, the logic by which the concepts are defended. And I
> found that I reluctantly had to agree with the critiques instead of
> with my own former views."
> 
> Divertida, aliás, a entrevista inteira:
> http://www.pbs.org/newshour/bb/health/jan-june99/freud_crews.html
> 
>> Olhem o que Francis Crick escreveu sobre Freud: "Pelos padrões modernos,
>> Freud não pode ser considerado um cientista, e sim um médico que teve muitas
>> ideias inusitadas e que escreveu com rara habilidade e poder de persuasão."
> 
> É quando muito uma questão de foro pessoal a decisão de aderir ao
> movimento psicanalítico, ou, digamos, à maçonaria.
> 
> E certamente qualquer pessoa tem o direito, a despeito de todas as
> evidências que apontam para o caráter pseudo-científico destas
> correntes de pensamento, de escolher ser freudiano, ou astrólogo.  O
> problema mesmo é se esta pessoa quiser pleitear financiamento
> científico público para a empreitada.
> 
> JM
> 
> -- 
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Re: [Logica-l] Psicanálise, Psicologia e Psiquiatria

2011-09-18 Por tôpico FAD 2
Vc conhece o Horgan? Um jornalista. Não é um expert. 

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On 17/09/2011, at 23:07, Julio Fontana  wrote:

> É problema de interpretação ...
>  
> John Horgan examinou grande parte da literatura sobre Freud. Li somente duas 
> obras de Freud e parece que a crítica procede.
>  
> Julio Fontana
> De: FAD 2 
> Para: Julio Fontana 
> Cc: "logica-l@dimap.ufrn.br" 
> Enviadas: Sábado, 17 de Setembro de 2011 22:58
> Assunto: Re: [Logica-l] Psicanálise, Psicologia e Psiquiatria
> 
> Leiam Freud antes de criticá-lo, plise...
> 
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> 
> On 17/09/2011, at 20:50, Julio Fontana  wrote:
> 
> > Prezados colegas de lista,
> >  
> > Quanto ao estatuto epistemológico da psicanálise acho que não há qualquer 
> > dúvida de ela ser um caso típico de pseudociência. Quando Popper afirmava 
> > que a teoria de Freud explica tudo, ou seja, era a tal ponto flexível que 
> > não podia ser contraditada, ele não estava errado. Quando apontaram os 
> > casos de "neurose de guerra" como uma refutação do complexo de Édipo, Freud 
> > explicou, por meio de emendas na sua teoria original, que os soldados com 
> > neurose de guerra eram narcisistas. Concordando com Popper, Horgan afirma: 
> > "Freud tinha uma habilidade assombrosa para elaborar teorias que não podem 
> > ser confirmadas nem refutadas decisivamente por meio empíricos."
> > Essa crítica é importante, porém, muitas outras foram propostas contra a 
> > psicanálise. Vejam as críticas de Frederick Crews. Olhem o que Francis 
> > Crick escreveu sobre Freud: "Pelos padrões modernos, Freud não pode ser 
> > considerado um cientista, e sim um médico que teve muitas ideias inusitadas 
> > e que escreveu com rara habilidade e poder de persuasão."
> >  
> > Popper considerava a psicologia uma ciência. Eu discordo dele. Passei a ter 
> > essa visão lendo o livro de Leonard Mlodinow, agradeço a indicação do livro 
> > à Carnielli (Pensamento Crítico). Mlodinow relata o experimento proposto 
> > pelo psicólogo David L. Rosenhan. Nesse experimento, oito "pseudopacientes" 
> > marcaram consultas em diversos hospitais e então se apresentaram ao setor 
> > de internações, queixando-se de que ouviam vozes estranhas. Confiantes no 
> > funcionamento do sistema de saúde mental, alguns dos participantes temeram 
> > que sua evidente sanidade fosse imediatamente detectada, o que lhes 
> > causaria grande embaraço. Todos, exceto um, foram internados com 
> > diagnóstico de esquisofrenia. O outro foi internado com diagnóstico de 
> > psicose maníaco-depressiva. Não é só isso.
> > Depois de internados, todos pararam de simular os sintomas anormais e 
> > disseram que as vozes haviam desaparecido. Esperaram, seguindo instruções 
> > de Rosenhan, que descobrissem que não era loucos. A equipe hospitalar 
> > interpretou o comportamento dos pseudopacientes sob o prisma da insanidade. 
> > Todos os atos dos pseudopacientes, como escrever em diário, reclamar de 
> > maus tratos, etc, como sintomas da doença.
> >  
> > A teoria sempre se confirma, ou o diagnóstico será sempre confirmado. Por 
> > essa razão eu nem passo em frete ao pinéu. Eu não sou louco!
> >  
> > Howard Gardner corretamente apontou que a psicologia era outra área que 
> > carecia das virtudes epistêmicas próprias da ciência. John Searle observou 
> > que aqueles campos que fazem muita questão se proclamarem científicos, na 
> > verdade, são pseudociência.
> >  
> > 
> > Julio Fontana
> > ___
> > Logica-l mailing list
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> > http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
> 
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Re: [Logica-l] Pseudoscience

2011-09-18 Por tôpico FAD 2
Diz isso pra Mario Novello. Ou pro Eddington. Ou pra Einstein. 

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On 18/09/2011, at 06:53, "Carlos Santos Jr."  wrote:

> Se nao for, nao é ciência. Mas apesar disto, ainda pode ter utilidade. Tem (?)
> 
> Triangulos nao existem na natureza tambem.
> 
> Carlos.
> 
> 2011/9/18 FAD 2 :
>> A cosmologia é falseável? Não.
>> 
>> Sent from my iPhone
>> 
>> On 17/09/2011, at 22:15, Vitor Moura  wrote:
>> 
>>> Caro Manuel,
>>> 
>>> do que entendi, o "catastrofismo de Velikovsky" não é uma hipótese 
>>> científica falseável simplesmente porque não será um teste que irá 
>>> determinar sua sobrevida ou sua morte. Ela seria uma hipótese que já nasceu 
>>> morta simplesmente por se basear em uma série de pressupostos equivocados 
>>> do autor. Não seria necessário qualquer teste para determinar sua adequação 
>>> à realidade. Falseabilidade, segundo entendo, pressupõe a necessidade de um 
>>> teste.
>>> 
>>> Não sei se sua teoria para explicar o que seria um vampiro seria falseável. 
>>> Cadê o objeto de estudo - o vampiro - para realizarmos o teste de sua 
>>> hipótese?
>>> 
>>> Um abraço,
>>> Vitor
>>> 
>>> 
>>> 
>>> De: Manuel Doria 
>>> Para: Vitor Moura 
>>> Cc: "logic-in-...@googlegroups.com" ; 
>>> "logica-l@dimap.ufrn.br" 
>>> Enviadas: Sexta-feira, 16 de Setembro de 2011 17:52
>>> Assunto: Re: [Logica-l] Pseudoscience
>>> 
>>> 
>>> Prezado Vitor,
>>> 
>>> Falseabilidade é insuficiente para demarcação de ciência e pseudociência
>>> 
>>> O catastrofismo de Velikovsky 
>>> (http://en.wikipedia.org/wiki/Worlds_in_Collision) não só é plenamente 
>>> falseável como foi falseado pela astrofísica, mecânica celeste e geologia.
>>> 
>>> Isso não faz do catastrofismo de Velikovsky "ciência", sequer uma "ciência 
>>> obsoleta"
>>> 
>>> A marca distintiva da pseudociência, na minha opinião, é que seus 
>>> proponentes julgam que seu campo de estudo possui pelo menos tanta 
>>> legitimidade epistêmica quanto ciência bem consolidada.
>>> 
>>> Por esse motivo, o perímetro entre pseudociência, proto-ciência, programa 
>>> metafísico de pesquisa e ciência fronteiriça pode ser nebuloso. Por 
>>> exemplo, onde se figuram a memética, futurologia, escola de economia 
>>> austríaca e exobiologia? Muito difícil delimitar.
>>> 
>>> Eu posso inventar agora uma teoria bem elaborada de vampiros como humanos 
>>> contaminados por neuroparasitas transmissíveis por morcegos hematófagos que 
>>> adquirem fotofobia e hábitos antropofágicos em decorrência da doença. Vai 
>>> ser plenamente falseável, mas não será uma teoria científica senão iremos 
>>> trivializar o que se compreende por ciência.
>>> 
>>> Um forte abraço.
>>> 
>>> 
>>> 2011/9/15 Vitor Moura 
>>> 
>>> Manuel,
 
 "ovelha negra" ou não, ela atende o critério da falseabilidade, então 
 realmente não faz sentido o Shermer incluí-la na categoria de 
 pseudociência. .
 
 Um abraço,
 Vitor
 
 
 
 De: Manuel Doria 
 Para: Vitor Moura 
 Cc: "logic-in-...@googlegroups.com" ; 
 "logica-l@dimap.ufrn.br" 
 Enviadas: Quinta-feira, 15 de Setembro de 2011 16:37
 
 Assunto: Re: [Logica-l] Pseudoscience
 
 
 Vitor, isso é um apelo à autoridade. Não é exatamente que a AAAS reconhece 
 parapsicologia/psicologia anomalítica como "ciência legítima", foi feita 
 uma votação em 1969 para saber se a Parapsychological Association poderia 
 ser integrada aos afiliados da AAAS:
 
 http://www.aaas.org/aboutaaas/affiliates/
 
 A votação não foi consensual e não se decide o que é ciência ou não por 
 meio de uma votação (esta foi proposta pela finada antropóloga Margaret 
 Mead). A Parapsychological Association é uma "ovelha negra" da AAAS e 
 muitos de seus membros criticam sua permanência na instituição.
 
 Um forte abraço.
 
 
 2011/9/15 Vitor Moura 
 
 E o autor (Shermer) também errou em considerar a Parapsicologia como 
 pseudociência. A Parapsicologia é reconhecida como ciência legítima desde 
 1969 pela AAAS, a maior associação científica do mundo.
> 
> 
> 
> De: Marcelo Siqueira 
> Para: Francisco Antonio Doria 
> Cc: logic-in-...@googlegroups.com; logica-l@dimap.ufrn.br
> Enviadas: Quinta-feira, 15 de Setembro de 2011 14:10
> Assunto: Re: [Logica-l] Pseudoscience
> 
> 
> Também não concordo com o princípio da delimitação entre o que é
> pseudo-ciência e ciência: a primeira seria apenas aquilo que ameaça nossos
> interesses científicos, recursos para financiar pesquisas etc??? Segundo o
> autor, em outras palavras, "não se chuta cachorro morto" (aspas minhas) --
> pelo menos eu entendi assim. Na verdade, achei um absurdo. Pseudo-ciência 
> é
> pseudo-ciência, independente se atinge ou não o bolso ou o prestígio de
> alguém.
> 
> Outra coisa que não conco

Re: [Logica-l] Critério de demarcação

2011-09-18 Por tôpico FAD 2
Julio, reitero o que disse sobre Jung. Sua caracterização de Kepler é cheia de 
insights. Mas penso sobretudo em teorias recentes da física. Popper esteriliza 
a imaginação em física. 

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On 17/09/2011, at 13:57, Julio Fontana  wrote:

> Prezados colegas de lista,
>  
> O assunto é demasiado complexo e não posso examinar todos os pontos que foram 
> levantados aqui.
> Irei responder principalmente ao Francisco Doria.
> O senhor afirmou que Popper não o convence quanto a psicanálise se comportar 
> como uma pseudociência. Particularmente, acho que Popper está correto, porém 
> não foi o primeiro a direcionar ataques contra a cientificidade da 
> psicanálise e nem o crítico mais eficaz. John Horgan levantou em seu livro 
> "The undiscovery mind" diversas das críticas contra a psicanálise, algumas 
> melhores do que a de Popper. A crítica de Popper pode não ser a mais 
> apropriada, mas o objetivo dele não era convencer ninguém.
> Aceito que o senhor possua fé na psicanálise. Muitos compartilham da sua fé. 
> Da mesma forma sou compassivo com aqueles que mantém uma crença em um Deus, 
> deuses, ou nenhum deus. Não posso aceitar a sua afirmação de que a 
> psicanálise é ciência. Também achar que Jung estava correto por ser 
> colaborador de dois físicos importantes, é uma nova forma de falácia: 
> argumentum ad amicis.
>  
> Tento agora responder alguns pontos levantados por outros.
>  
> Falsificabilidade ou refutabilidade.
>  
> Popper não é um falsificacionista ingênuo. Não há confronto entre 1 teoria e 
> experiência. Há confronto de duas ou mais teorias rivais com a experiência. A 
> experiência pode decidir provisoriamente entre teorias rivais qual é a melhor.
>  
> Certamente, a ciência não é formada somente por teorias falsificáveis. 
> Existem programas de pesquisas metafísicos, concepções da natureza e outras 
> coisas. Popper explicou todos esses pontos.
>  
> Alguém afirmou que nenhum físico se comporta como Popper os descreve. 
> Acredito que a afirmação é ambiciosa demais. O físico de comporta conforme o 
> estudo que está fazendo. Depende da situação, do objeto e de diversas outras 
> coisas. O método que ele vai usar é bastante flexível. Algumas vezes na 
> história encontramos exemplos de refutação de teorias, outras de confirmação, 
> outras de adequação, outras de salvar os fenômenos, outras de intuição 
> somente.
>  
> Sou popperiano, mas não acho que Popper explica tudo. Caso fosse assim, eu me 
> dedicaria a outra área que não a filosofia da ciência. Mas não reconhecer 
> importantes insights trazidos por Popper é brincadeira. O Doria chega a dizer 
> que Jung explicou melhor a ciência do que Popper, Kuhn, Fraassen ou qualquer 
> outro filósofo da ciência.
>  
> O critério de demarcação é importante pragmaticamente. Diversos filósofos da 
> ciência, inclusive Lakatos, apontaram demasiadamente. Na filosofia é assim, 
> compo Popper a descreveu, estamos sempre revolvendo os entulhos.
>  
>  
>  
>  
>  
>  
> 
> Julio Fontana
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Re: [Logica-l] Critério de demarcação

2011-09-18 Por tôpico FAD 2
Mas me pergunto, por que Fierz e Pauli se interessariam por Jung? Eram tarados?

Aliás qual o papel do bom sexo com sua namorada, no surgimento da mecânica de 
Schrödinger? 

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On 17/09/2011, at 14:16, Joao Marcos  wrote:

>> Também achar que Jung estava correto por ser colaborador
>> de dois físicos importantes, é uma nova forma de falácia:
>> argumentum ad amicis.
> 
> Gostei do diagnóstico.  Infelizmente esta é uma falácia muito popular no 
> Brasil.
> 
> JM
> 
> -- 
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Re: [Logica-l] Critério de demarcação

2011-09-18 Por tôpico FAD 2
Boutade. Prefiro Proust, com o que ele diz sobre Charlus no jantar dos 
Verdurin. 

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On 17/09/2011, at 15:30, Decio Krause  wrote:

> Argumentum ad amicis?
> Legal!!
> 
> Decio Krause
> Departamento de Filosofia
> Universidade Federal de Santa Catarina
> 88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
> deciokrause[at]gmail.com
> www.cfh.ufsc.br/~dkrause
> 
> "He [God] will never choose among indiscernibles"
> (G.W.Leibniz)
> 
> 
> 
> 
> 
> 
> Em 17/09/2011, às 13:57, Julio Fontana escreveu:
> 
>> Prezados colegas de lista,
>> 
>> O assunto é demasiado complexo e não posso examinar todos os pontos que 
>> foram levantados aqui.
>> Irei responder principalmente ao Francisco Doria.
>> O senhor afirmou que Popper não o convence quanto a psicanálise se comportar 
>> como uma pseudociência. Particularmente, acho que Popper está correto, porém 
>> não foi o primeiro a direcionar ataques contra a cientificidade da 
>> psicanálise e nem o crítico mais eficaz. John Horgan levantou em seu livro 
>> "The undiscovery mind" diversas das críticas contra a psicanálise, algumas 
>> melhores do que a de Popper. A crítica de Popper pode não ser a mais 
>> apropriada, mas o objetivo dele não era convencer ninguém.
>> Aceito que o senhor possua fé na psicanálise. Muitos compartilham da sua fé. 
>> Da mesma forma sou compassivo com aqueles que mantém uma crença em um Deus, 
>> deuses, ou nenhum deus. Não posso aceitar a sua afirmação de que a 
>> psicanálise é ciência. Também achar que Jung estava correto por ser 
>> colaborador de dois físicos importantes, é uma nova forma de falácia: 
>> argumentum ad amicis.
>> 
>> Tento agora responder alguns pontos levantados por outros.
>> 
>> Falsificabilidade ou refutabilidade.
>> 
>> Popper não é um falsificacionista ingênuo. Não há confronto entre 1 teoria e 
>> experiência. Há confronto de duas ou mais teorias rivais com a experiência. 
>> A experiência pode decidir provisoriamente entre teorias rivais qual é a 
>> melhor.
>> 
>> Certamente, a ciência não é formada somente por teorias falsificáveis. 
>> Existem programas de pesquisas metafísicos, concepções da natureza e outras 
>> coisas. Popper explicou todos esses pontos.
>> 
>> Alguém afirmou que nenhum físico se comporta como Popper os descreve. 
>> Acredito que a afirmação é ambiciosa demais. O físico de comporta conforme o 
>> estudo que está fazendo. Depende da situação, do objeto e de diversas outras 
>> coisas. O método que ele vai usar é bastante flexível. Algumas vezes na 
>> história encontramos exemplos de refutação de teorias, outras de 
>> confirmação, outras de adequação, outras de salvar os fenômenos, outras de 
>> intuição somente.
>> 
>> Sou popperiano, mas não acho que Popper explica tudo. Caso fosse assim, eu 
>> me dedicaria a outra área que não a filosofia da ciência. Mas não reconhecer 
>> importantes insights trazidos por Popper é brincadeira. O Doria chega a 
>> dizer que Jung explicou melhor a ciência do que Popper, Kuhn, Fraassen ou 
>> qualquer outro filósofo da ciência.
>> 
>> O critério de demarcação é importante pragmaticamente. Diversos filósofos da 
>> ciência, inclusive Lakatos, apontaram demasiadamente. Na filosofia é assim, 
>> compo Popper a descreveu, estamos sempre revolvendo os entulhos.
>> 
>> 
>> 
>> 
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[Logica-l] Pergunta

2011-09-18 Por tôpico FAD 2
Quem sabe definir um estado quântico emaranhado?

Quem sabe a definição de partícula elementar de Bargnann-Wigner? 

São verificáveis? São falseáveis? 

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[Logica-l] Pura provocação

2011-09-18 Por tôpico Walter Carnielli
 Caros:

Os que  sabem o que é e o que  não é  ciência, os que  representam
"Sir" Karl, e  os que   pertencem à  outra  igreja,   não  vão nos
brindar  com sua  opinião sobre aqueles  fenômenos intrigantes que
apontei?

Walter

---
Prof. Dr. Walter Carnielli
Director
Centre for Logic, Epistemology and the History of Science – CLE
State University of Campinas –UNICAMP
13083-859 Campinas -SP, Brazil
Phone: (+55) (19) 3521-6517
Fax: (+55) (19) 3289-3269
Institutional e-mail: walter.carnie...@cle.unicamp.br
Website: http://www.cle.unicamp.br/prof/carnielli
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Re: [Logica-l] Pura provocação

2011-09-18 Por tôpico FAD 2
Tem mais: Tesla,  as galáxias anômalas de Arp (ferram com o redshift). Chaitin 
me havia falado dessa fusão a frio. 

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On 18/09/2011, at 08:27, Walter Carnielli  wrote:

> Caros:
> 
> Os que  sabem o que é e o que  não é  ciência, os que  representam
> "Sir" Karl, e  os que   pertencem à  outra  igreja,   não  vão nos
> brindar  com sua  opinião sobre aqueles  fenômenos intrigantes que
> apontei?
> 
> Walter
> 
> ---
> Prof. Dr. Walter Carnielli
> Director
> Centre for Logic, Epistemology and the History of Science – CLE
> State University of Campinas –UNICAMP
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Re: [Logica-l] Popper

2011-09-18 Por tôpico Julio Fontana
Vamos lá!
 
Marcelo Gleiser: "... estamos longe de saber se o conceito de multiverso faz 
sentido. Numa teoria onde praticamente tudo é possível, nada é compreendido; 
especialmente as hipóteses que competem entre si não podem ser testadas e 
eliminadas." (Criação Imperfeita, p. 299s.)

Stephen Hawking: "Qualquer teoria física é sempre provisória, no sentido de ser 
apenas uma hipótese: nunca é possível prová-la. Não importa quantas vezes os 
resultados dos experimentos estejam de acordo com alguma teoria, você nunca 
poderá ter certeza de que, na próxima vez, o resultado não a contraditará. Por 
outro lado, você pode desacreditar uma teoria encontrando uma única observação 
que seja discordante de suas previsões. Como enfatizou o filósofo da ciência 
Karl Popper ..." (Uma nova história do tempo, p. 23)

Tem ainda Feynman, Peter Woit ...

Quanto a psicanálise

Feynman: "... a psicanálise não é uma ciência; na melhor das hipóteses, é um 
processo médico, e talvez se aproxime do curandeirismo."

Deixo claro que, como Popper, o que não é ciência para mim, não deixa de ser um 
empreendimento racional. A filosofia é um empreendimeno racional, mas não é 
ciência. Não pode existir uma filosofia científica ... como queria Russell, 
Newton da Costa e outros. Não pode haver confrontamento com a experiência.

Como observou Feynman, seguindo Popper: "A matemática não é uma ciência de 
nosso ponto de vista, no sentido de que não é uma ciência natural. O teste de 
sua validade não é a experiência. [...] Se algo não for considerado uma 
ciência, isso não significa que tenha algo de errado; significa apenas que não 
é uma ciência."

Não citei nem aqueles cientistas que são reconhecidamente popperianos, como 
Medawar.

Quanto a crítica a David Miller, acredito não caber. Ele não se resume a 
repetir Popper. Desenvolveu diversos pontos, muitos é certamente, dentro do 
paradigma popperiano.


Julio Fontana

De: FAD 2 
Para: Julio Fontana 
Enviadas: Domingo, 18 de Setembro de 2011 8:56
Assunto: Re: Popper


Quem diz que o multiverso é irrefutável? Provei um teorema que diz o contrário. 

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On 18/09/2011, at 08:52, Julio Fontana  wrote:


Colegas da lista,
> 
>Nada melhor do que a discordância para avançar o conhecimento ...
> 
>Em primeiro lugar, não acho que o critério de demarcação de Popper seja claro 
>o bastante para apontarmos com certeza o que é ou o que não é ciência (ele 
>jamais insinuou ser assim). Em CR ele afirmou veementemente que a fronteira 
>era permeável. Carnieli (Pensamento Crítico) sustenta que o fato de não 
>podermos distinguir o claro da absoluta escuridão não implica que não haja 
>diferença entre esses dois estados. Agora está requesitando preto no branco. 
>Nada é preto no branco!
> 
>A refutabilidade é uma possibilidade, não precisa ser um acontecimento 
>concreto. A teoria pode ser refutada daqui a 1000 anos ou jamais vir a ser 
>refutada, mas deve permitir isso caso venha a se apresentar um fato que lhe 
>contradiz, e não contradiz uma teoria rival. Certamente os cientistas fazem 
>uso de estratagemas convencionalistas ou salvam suas teorias da refutação o 
>tempo todo, mas Popper recomenda que se o fizerem, as hipóteses ad hoc devem 
>acrescer conteúdo informativo. Caso leiam somente a Introdução da obra podem 
>perder o néctar da filosofia popperiana. Lembro inclusive que ele, 
>diferentemente de Kuhn não está descrevendo a ciência, mas está fazendo lógica 
>da ciência (normativo). Quase 100 anos se passaram desde a primeira obra de 
>Popper. Certamente muito se acrescentou ao nosso entendimento da ciência. 
>Agora dizer que Popper é somente história só pode ser brincadeira! Ainda há 
>muitos físicos que estão no paradigma
 metodológico do século XIX! Os mais avançados falam em refutação! Hawking 
chega a citar Popper como definição de ciência! Afirmar que Popper matou a 
critividade científica? Foi justamente ele que se revoltou com o paradigma do 
mecanismo do método indutivo tão em voga na ciência do século XIX e início do 
XX. Os cientistas podiam agir de diferente, mas eles acreditam no poder do 
método eles acreditavam.
> 
> 
>Fico espantado quando pesquisadores não aceitam a crítica de alguém afirmando 
>ser este um não-especialista. John Horgan é jornalista, mas e daí? Ínúmeros 
>psicólogos, psiquiatras e até psicanalistas criticam as teorias de Freud. 
>Muitas das teorias que surgem na fronteira da ciência não são refutáveis por 
>limitação tecnológica, outras são irrefutáveis, e portanto, pseudocientíficas. 
>A teoria do multiverso é uma delas. Gleiser afirma em seu ultimo livro Criação 
>Imperfeita não tratar-se de teoria científica. John Horgan pega o conceito de 
>Penrose  e as chama de ciência irônica ou pós-empírica. Acho que o 
>politicamente correto está influenciando na questão da demarcação. Vamos 
>incluir tudo! Não podemos deixar ninguém de fora!
>
>
>Julio Fontana
>
>De: FAD 2 
>Para: Decio Krause 
>Cc: Julio Fontana ; "logica-l@dimap.ufrn.br" 
>
>Enviad

[Logica-l] Popper

2011-09-18 Por tôpico Julio Fontana
Colegas da lista,
 
Nada melhor do que a discordância para avançar o conhecimento ...
 
Em primeiro lugar, não acho que o critério de demarcação de Popper seja claro o 
bastante para apontarmos com certeza o que é ou o que não é ciência (ele jamais 
insinuou ser assim). Em CR ele afirmou veementemente que a fronteira era 
permeável. Carnieli (Pensamento Crítico) sustenta que o fato de não 
podermos distinguir o claro da absoluta escuridão não implica que não haja 
diferença entre esses dois estados. Agora está requesitando preto no branco. 
Nada é preto no branco!
 
A refutabilidade é uma possibilidade, não precisa ser um acontecimento 
concreto. A teoria pode ser refutada daqui a 1000 anos ou jamais vir a ser 
refutada, mas deve permitir isso caso venha a se apresentar um fato que lhe 
contradiz, e não contradiz uma teoria rival. Certamente os cientistas fazem uso 
de estratagemas convencionalistas ou salvam suas teorias da refutação o tempo 
todo, mas Popper recomenda que se o fizerem, as hipóteses ad hoc devem acrescer 
conteúdo informativo. Caso leiam somente a Introdução da obra podem perder o 
néctar da filosofia popperiana. Lembro inclusive que ele, diferentemente de 
Kuhn não está descrevendo a ciência, mas está fazendo lógica da ciência 
(normativo). Quase 100 anos se passaram desde a primeira obra de Popper. 
Certamente muito se acrescentou ao nosso entendimento da ciência. Agora dizer 
que Popper é somente história só pode ser brincadeira! Ainda há muitos físicos 
que estão no paradigma
 metodológico do século XIX! Os mais avançados falam em refutação! Hawking 
chega a citar Popper como definição de ciência! Afirmar que Popper matou a 
critividade científica? Foi justamente ele que se revoltou com o paradigma do 
mecanismo do método indutivo tão em voga na ciência do século XIX e início do 
XX. Os cientistas podiam agir de diferente, mas eles acreditam no poder do 
método eles acreditavam.
 
 
Fico espantado quando pesquisadores não aceitam a crítica de alguém afirmando 
ser este um não-especialista. John Horgan é jornalista, mas e daí? Ínúmeros 
psicólogos, psiquiatras e até psicanalistas criticam as teorias de Freud. 
Muitas das teorias que surgem na fronteira da ciência não são refutáveis por 
limitação tecnológica, outras são irrefutáveis, e portanto, pseudocientíficas. 
A teoria do multiverso é uma delas. Gleiser afirma em seu ultimo livro Criação 
Imperfeita não tratar-se de teoria científica. John Horgan pega o conceito de 
Penrose  e as chama de ciência irônica ou pós-empírica. Acho que o 
politicamente correto está influenciando na questão da demarcação. Vamos 
incluir tudo! Não podemos deixar ninguém de fora!


Julio Fontana

De: FAD 2 
Para: Decio Krause 
Cc: Julio Fontana ; "logica-l@dimap.ufrn.br" 

Enviadas: Domingo, 18 de Setembro de 2011 7:33
Assunto: Re: [Logica-l] Critério de demarcação

Boutade. Prefiro Proust, com o que ele diz sobre Charlus no jantar dos 
Verdurin. 

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On 17/09/2011, at 15:30, Decio Krause  wrote:

> Argumentum ad amicis?
> Legal!!
> 
> Decio Krause
> Departamento de Filosofia
> Universidade Federal de Santa Catarina
> 88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
> deciokrause[at]gmail.com
> www.cfh.ufsc.br/~dkrause
> 
> "He [God] will never choose among indiscernibles"
> (G.W.Leibniz)
> 
> 
> 
> 
> 
> 
> Em 17/09/2011, às 13:57, Julio Fontana escreveu:
> 
>> Prezados colegas de lista,
>> 
>> O assunto é demasiado complexo e não posso examinar todos os pontos que 
>> foram levantados aqui.
>> Irei responder principalmente ao Francisco Doria.
>> O senhor afirmou que Popper não o convence quanto a psicanálise se comportar 
>> como uma pseudociência. Particularmente, acho que Popper está correto, porém 
>> não foi o primeiro a direcionar ataques contra a cientificidade da 
>> psicanálise e nem o crítico mais eficaz. John Horgan levantou em seu livro 
>> "The undiscovery mind" diversas das críticas contra a psicanálise, algumas 
>> melhores do que a de Popper. A crítica de Popper pode não ser a mais 
>> apropriada, mas o objetivo dele não era convencer ninguém.
>> Aceito que o senhor possua fé na psicanálise. Muitos compartilham da sua fé. 
>> Da mesma forma sou compassivo com aqueles que mantém uma crença em um Deus, 
>> deuses, ou nenhum deus. Não posso aceitar a sua afirmação de que a 
>> psicanálise é ciência. Também achar que Jung estava correto por ser 
>> colaborador de dois físicos importantes, é uma nova forma de falácia: 
>> argumentum ad amicis.
>> 
>> Tento agora responder alguns pontos levantados por outros.
>> 
>> Falsificabilidade ou refutabilidade.
>> 
>> Popper não é um falsificacionista ingênuo. Não há confronto entre 1 teoria e 
>> experiência. Há confronto de duas ou mais teorias rivais com a experiência. 
>> A experiência pode decidir provisoriamente entre teorias rivais qual é a 
>> melhor.
>> 
>> Certamente, a ciência não é formada somente por teorias falsificáveis

Re: [Logica-l] Popper

2011-09-18 Por tôpico Julio Fontana
Não sei como explicar isso: "especialmente as hipóteses que competem entre si 
não podem ser testadas e eliminadas". Parece-me evidente!


Julio Fontana

De: FAD 2 
Para: Julio Fontana 
Cc: "logica-l@dimap.ufrn.br" 
Enviadas: Domingo, 18 de Setembro de 2011 9:48
Assunto: Re: Popper


Argumentos de autoridade, Julio. Me explica o que o Marcelo disse. 

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On 18/09/2011, at 09:26, Julio Fontana  wrote:


Vamos lá!
> 
>Marcelo Gleiser: "... estamos longe de saber se o conceito de multiverso faz 
>sentido. Numa teoria onde praticamente tudo é possível, nada é compreendido; 
>especialmente as hipóteses que competem entre si não podem ser testadas e 
>eliminadas." (Criação Imperfeita, p. 299s.)
>
>Stephen Hawking: "Qualquer teoria física é sempre provisória, no sentido de 
>ser apenas uma hipótese: nunca é possível prová-la. Não importa quantas vezes 
>os resultados dos experimentos estejam de acordo com alguma teoria, você nunca 
>poderá ter certeza de que, na próxima vez, o resultado não a contraditará. Por 
>outro lado, você pode desacreditar uma teoria encontrando uma única observação 
>que seja discordante de suas previsões. Como enfatizou o filósofo da ciência 
>Karl Popper ..." (Uma nova história do tempo, p. 23)
>
>Tem ainda Feynman, Peter Woit ...
>
>Quanto a psicanálise
>
>Feynman: "... a psicanálise não é uma ciência; na melhor das hipóteses, é um 
>processo médico, e talvez se aproxime do curandeirismo."
>
>Deixo claro que, como Popper, o que não é ciência para mim, não deixa de ser 
>um empreendimento racional. A filosofia é um empreendimeno racional, mas não é 
>ciência. Não pode existir uma filosofia científica ... como queria Russell, 
>Newton da Costa e outros. Não pode haver confrontamento com a experiência.
>
>Como observou Feynman, seguindo Popper: "A matemática não é uma ciência de 
>nosso ponto de vista, no sentido de que não é uma ciência natural. O teste de 
>sua validade não é a experiência. [...] Se algo não for considerado uma 
>ciência, isso não significa que tenha algo de errado; significa apenas que não 
>é uma ciência."
>
>Não citei nem aqueles cientistas que são reconhecidamente popperianos, como 
>Medawar.
>
>Quanto a crítica a David Miller, acredito não caber. Ele não se resume a 
>repetir Popper. Desenvolveu diversos pontos, muitos é certamente, dentro do 
>paradigma popperiano.
>
>
>Julio Fontana
>
>De: FAD 2 
>Para: Julio Fontana 
>Enviadas: Domingo, 18 de Setembro de 2011 8:56
>Assunto: Re: Popper
>
>
>Quem diz que o multiverso é irrefutável? Provei um teorema que diz o 
>contrário. 
>
>Sent from my iPhone
>
>On 18/09/2011, at 08:52, Julio Fontana  wrote:
>
>
>Colegas da lista,
>> 
>>Nada melhor do que a discordância para avançar o conhecimento ...
>> 
>>Em primeiro lugar, não acho que o critério de demarcação de Popper seja claro 
>>o bastante para apontarmos com certeza o que é ou o que não é ciência (ele 
>>jamais insinuou ser assim). Em CR ele afirmou veementemente que a fronteira 
>>era permeável. Carnieli (Pensamento Crítico) sustenta que o fato de não 
>>podermos distinguir o claro da absoluta escuridão não implica que não haja 
>>diferença entre esses dois estados. Agora está requesitando preto no branco. 
>>Nada é preto no branco!
>> 
>>A refutabilidade é uma possibilidade, não precisa ser um acontecimento 
>>concreto. A teoria pode ser refutada daqui a 1000 anos ou jamais vir a ser 
>>refutada, mas deve permitir isso caso venha a se apresentar um fato que lhe 
>>contradiz, e não contradiz uma teoria rival. Certamente os cientistas fazem 
>>uso de estratagemas convencionalistas ou salvam suas teorias da refutação o 
>>tempo todo, mas Popper recomenda que se o fizerem, as hipóteses ad hoc devem 
>>acrescer conteúdo informativo. Caso leiam somente a Introdução da obra podem 
>>perder o néctar da filosofia popperiana. Lembro inclusive que ele, 
>>diferentemente de Kuhn não está descrevendo a ciência, mas está fazendo 
>>lógica da ciência (normativo). Quase 100 anos se passaram desde a primeira 
>>obra de Popper. Certamente muito se acrescentou ao nosso entendimento da 
>>ciência. Agora dizer que Popper é somente história só pode ser brincadeira! 
>>Ainda há muitos físicos que estão no paradigma
 metodológico do século XIX! Os mais avançados falam em refutação! Hawking 
chega a citar Popper como definição de ciência! Afirmar que Popper matou a 
critividade científica? Foi justamente ele que se revoltou com o paradigma do 
mecanismo do método indutivo tão em voga na ciência do século XIX e início do 
XX. Os cientistas podiam agir de diferente, mas eles acreditam no poder do 
método eles acreditavam.
>> 
>> 
>>Fico espantado quando pesquisadores não aceitam a crítica de alguém afirmando 
>>ser este um não-especialista. John Horgan é jornalista, mas e daí? Ínúmeros 
>>psicólogos, psiquiatras e até psicanalistas criticam as teorias de Freud. 
>>Muitas das teorias que surgem na fronteira da ciência não são refutáveis por 
>>limitação tecnológica, outras são

Re: [Logica-l] Popper

2011-09-18 Por tôpico Walter Carnielli
Olá Júlio,

obrigado pela referência, imagino  que  "Carnieli" deva
se referir a  mim.  :-)  Se for, não estou requesitanto (ou melhor,
requisitando) preto no branco: estou perguntando, àqueles que nos
explicam Popper, o que Sir Karl diria sobre aqueles fenômenos que
introduzi na conversa...
Abs,

Walter

Em 18 de setembro de 2011 09:27, Julio Fontana
 escreveu:
> Colegas da lista,
>
> Nada melhor do que a discordância para avançar o conhecimento ...
>
> Em primeiro lugar, não acho que o critério de demarcação de Popper seja claro 
> o bastante para apontarmos com certeza o que é ou o que não é ciência (ele 
> jamais insinuou ser assim). Em CR ele afirmou veementemente que a fronteira 
> era permeável. Carnieli (Pensamento Crítico) sustenta que o fato de não 
> podermos distinguir o claro da absoluta escuridão não implica que não haja 
> diferença entre esses dois estados. Agora está requesitando preto no branco. 
> Nada é preto no branco!
>
> A refutabilidade é uma possibilidade, não precisa ser um acontecimento 
> concreto. A teoria pode ser refutada daqui a 1000 anos ou jamais vir a ser 
> refutada, mas deve permitir isso caso venha a se apresentar um fato que lhe 
> contradiz, e não contradiz uma teoria rival. Certamente os cientistas fazem 
> uso de estratagemas convencionalistas ou salvam suas teorias da refutação o 
> tempo todo, mas Popper recomenda que se o fizerem, as hipóteses ad hoc devem 
> acrescer conteúdo informativo. Caso leiam somente a Introdução da obra podem 
> perder o néctar da filosofia popperiana. Lembro inclusive que ele, 
> diferentemente de Kuhn não está descrevendo a ciência, mas está fazendo 
> lógica da ciência (normativo). Quase 100 anos se passaram desde a primeira 
> obra de Popper. Certamente muito se acrescentou ao nosso entendimento da 
> ciência. Agora dizer que Popper é somente história só pode ser brincadeira! 
> Ainda há muitos físicos que estão no paradigma
>  metodológico do século XIX! Os mais avançados falam em refutação! Hawking 
> chega a citar Popper como definição de ciência! Afirmar que Popper matou a 
> critividade científica? Foi justamente ele que se revoltou com o paradigma do 
> mecanismo do método indutivo tão em voga na ciência do século XIX e início do 
> XX. Os cientistas podiam agir de diferente, mas eles acreditam no poder do 
> método eles acreditavam.
>
>
> Fico espantado quando pesquisadores não aceitam a crítica de alguém afirmando 
> ser este um não-especialista. John Horgan é jornalista, mas e daí? Ínúmeros 
> psicólogos, psiquiatras e até psicanalistas criticam as teorias de Freud. 
> Muitas das teorias que surgem na fronteira da ciência não são refutáveis por 
> limitação tecnológica, outras são irrefutáveis, e portanto, 
> pseudocientíficas. A teoria do multiverso é uma delas. Gleiser afirma em seu 
> ultimo livro Criação Imperfeita não tratar-se de teoria científica. John 
> Horgan pega o conceito de Penrose  e as chama de ciência irônica ou 
> pós-empírica. Acho que o politicamente correto está influenciando na questão 
> da demarcação. Vamos incluir tudo! Não podemos deixar ninguém de fora!
>
>
> Julio Fontana
>
> De: FAD 2 
> Para: Decio Krause 
> Cc: Julio Fontana ; "logica-l@dimap.ufrn.br" 
> 
> Enviadas: Domingo, 18 de Setembro de 2011 7:33
> Assunto: Re: [Logica-l] Critério de demarcação
>
> Boutade. Prefiro Proust, com o que ele diz sobre Charlus no jantar dos 
> Verdurin.
>
> Sent from my iPhone
>
> On 17/09/2011, at 15:30, Decio Krause  wrote:
>
>> Argumentum ad amicis?
>> Legal!!
>> 
>> Decio Krause
>> Departamento de Filosofia
>> Universidade Federal de Santa Catarina
>> 88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
>> deciokrause[at]gmail.com
>> www.cfh.ufsc.br/~dkrause
>> 
>> "He [God] will never choose among indiscernibles"
>> (G.W.Leibniz)
>>
>>
>>
>>
>>
>>
>> Em 17/09/2011, às 13:57, Julio Fontana escreveu:
>>
>>> Prezados colegas de lista,
>>>
>>> O assunto é demasiado complexo e não posso examinar todos os pontos que 
>>> foram levantados aqui.
>>> Irei responder principalmente ao Francisco Doria.
>>> O senhor afirmou que Popper não o convence quanto a psicanálise se 
>>> comportar como uma pseudociência. Particularmente, acho que Popper está 
>>> correto, porém não foi o primeiro a direcionar ataques contra a 
>>> cientificidade da psicanálise e nem o crítico mais eficaz. John Horgan 
>>> levantou em seu livro "The undiscovery mind" diversas das críticas contra a 
>>> psicanálise, algumas melhores do que a de Popper. A crítica de Popper pode 
>>> não ser a mais apropriada, mas o objetivo dele não era convencer ninguém.
>>> Aceito que o senhor possua fé na psicanálise. Muitos compartilham da sua 
>>> fé. Da mesma forma sou compassivo com aqueles que mantém uma crença em um 
>>> Deus, deuses, ou nenhum deus. Não posso aceitar a sua afirmação de que a 
>>> psicanálise é ciência. Também achar que Jung estava correto por ser 
>>> colaborador de dois físicos important

Re: [Logica-l] Popper

2011-09-18 Por tôpico Julio Fontana
Refiro-me ao senhor mesmo. Estou incorreto quanto à referência? Há até um 
quadrinho retratando isso! O senhor tem como me enviar a sua participação na 
discussão? Esse negócio de "um contra muitos" é complicado. Por isso, prefiro o 
Facebook. Há uma foto e posso visualizar a participação de cada um a todo 
momento.


Julio Fontana
Bacharel em Filosofia pela PUC-Rio
Especialização em cultura clássica greco-latina.

De: Walter Carnielli 
Para: Julio Fontana 
Cc: logica-l@dimap.ufrn.br
Enviadas: Domingo, 18 de Setembro de 2011 9:52
Assunto: Re: [Logica-l] Popper

Olá Júlio,

obrigado pela referência, imagino  que  "Carnieli" deva
se referir a  mim.  :-)  Se for, não estou requesitanto (ou melhor,
requisitando) preto no branco: estou perguntando, àqueles que nos
explicam Popper, o que Sir Karl diria sobre aqueles fenômenos que
introduzi na conversa...
Abs,

Walter

Em 18 de setembro de 2011 09:27, Julio Fontana
 escreveu:
> Colegas da lista,
>
> Nada melhor do que a discordância para avançar o conhecimento ...
>
> Em primeiro lugar, não acho que o critério de demarcação de Popper seja claro 
> o bastante para apontarmos com certeza o que é ou o que não é ciência (ele 
> jamais insinuou ser assim). Em CR ele afirmou veementemente que a fronteira 
> era permeável. Carnieli (Pensamento Crítico) sustenta que o fato de não 
> podermos distinguir o claro da absoluta escuridão não implica que não haja 
> diferença entre esses dois estados. Agora está requesitando preto no branco. 
> Nada é preto no branco!
>
> A refutabilidade é uma possibilidade, não precisa ser um acontecimento 
> concreto. A teoria pode ser refutada daqui a 1000 anos ou jamais vir a ser 
> refutada, mas deve permitir isso caso venha a se apresentar um fato que lhe 
> contradiz, e não contradiz uma teoria rival. Certamente os cientistas fazem 
> uso de estratagemas convencionalistas ou salvam suas teorias da refutação o 
> tempo todo, mas Popper recomenda que se o fizerem, as hipóteses ad hoc devem 
> acrescer conteúdo informativo. Caso leiam somente a Introdução da obra podem 
> perder o néctar da filosofia popperiana. Lembro inclusive que ele, 
> diferentemente de Kuhn não está descrevendo a ciência, mas está fazendo 
> lógica da ciência (normativo). Quase 100 anos se passaram desde a primeira 
> obra de Popper. Certamente muito se acrescentou ao nosso entendimento da 
> ciência. Agora dizer que Popper é somente história só pode ser brincadeira! 
> Ainda há muitos físicos que estão no paradigma
>  metodológico do século XIX! Os mais avançados falam em refutação! Hawking 
> chega a citar Popper como definição de ciência! Afirmar que Popper matou a 
> critividade científica? Foi justamente ele que se revoltou com o paradigma do 
> mecanismo do método indutivo tão em voga na ciência do século XIX e início do 
> XX. Os cientistas podiam agir de diferente, mas eles acreditam no poder do 
> método eles acreditavam.
>
>
> Fico espantado quando pesquisadores não aceitam a crítica de alguém afirmando 
> ser este um não-especialista. John Horgan é jornalista, mas e daí? Ínúmeros 
> psicólogos, psiquiatras e até psicanalistas criticam as teorias de Freud. 
> Muitas das teorias que surgem na fronteira da ciência não são refutáveis por 
> limitação tecnológica, outras são irrefutáveis, e portanto, 
> pseudocientíficas. A teoria do multiverso é uma delas. Gleiser afirma em seu 
> ultimo livro Criação Imperfeita não tratar-se de teoria científica. John 
> Horgan pega o conceito de Penrose  e as chama de ciência irônica ou 
> pós-empírica. Acho que o politicamente correto está influenciando na questão 
> da demarcação. Vamos incluir tudo! Não podemos deixar ninguém de fora!
>
>
> Julio Fontana
>
> De: FAD 2 
> Para: Decio Krause 
> Cc: Julio Fontana ; "logica-l@dimap.ufrn.br" 
> 
> Enviadas: Domingo, 18 de Setembro de 2011 7:33
> Assunto: Re: [Logica-l] Critério de demarcação
>
> Boutade. Prefiro Proust, com o que ele diz sobre Charlus no jantar dos 
> Verdurin.
>
> Sent from my iPhone
>
> On 17/09/2011, at 15:30, Decio Krause  wrote:
>
>> Argumentum ad amicis?
>> Legal!!
>> 
>> Decio Krause
>> Departamento de Filosofia
>> Universidade Federal de Santa Catarina
>> 88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
>> deciokrause[at]gmail.com
>> www.cfh.ufsc.br/~dkrause
>> 
>> "He [God] will never choose among indiscernibles"
>> (G.W.Leibniz)
>>
>>
>>
>>
>>
>>
>> Em 17/09/2011, às 13:57, Julio Fontana escreveu:
>>
>>> Prezados colegas de lista,
>>>
>>> O assunto é demasiado complexo e não posso examinar todos os pontos que 
>>> foram levantados aqui.
>>> Irei responder principalmente ao Francisco Doria.
>>> O senhor afirmou que Popper não o convence quanto a psicanálise se 
>>> comportar como uma pseudociência. Particularmente, acho que Popper está 
>>> correto, porém não foi o primeiro a direcionar ataques contra a 
>>> cientificidade da psicanálise e nem o crítico mais eficaz. John Horgan 
>>> levantou em seu 

Re: [Logica-l] Popper

2011-09-18 Por tôpico FAD 2
Quais as hipóteses?

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On 18/09/2011, at 09:50, Julio Fontana  wrote:

> Não sei como explicar isso: "especialmente as hipóteses que competem entre si 
> não podem ser testadas e eliminadas". Parece-me evidente!
>  
> Julio Fontana
> De: FAD 2 
> Para: Julio Fontana 
> Cc: "logica-l@dimap.ufrn.br" 
> Enviadas: Domingo, 18 de Setembro de 2011 9:48
> Assunto: Re: Popper
> 
> Argumentos de autoridade, Julio. Me explica o que o Marcelo disse. 
> 
> Sent from my iPhone
> 
> On 18/09/2011, at 09:26, Julio Fontana  wrote:
> 
>> Vamos lá!
>>  
>> Marcelo Gleiser: "... estamos longe de saber se o conceito de multiverso faz 
>> sentido. Numa teoria onde praticamente tudo é possível, nada é compreendido; 
>> especialmente as hipóteses que competem entre si não podem ser testadas e 
>> eliminadas." (Criação Imperfeita, p. 299s.)
>>  
>> Stephen Hawking: "Qualquer teoria física é sempre provisória, no sentido de 
>> ser apenas uma hipótese: nunca é possível prová-la. Não importa quantas 
>> vezes os resultados dos experimentos estejam de acordo com alguma teoria, 
>> você nunca poderá ter certeza de que, na próxima vez, o resultado não a 
>> contraditará. Por outro lado, você pode desacreditar uma teoria encontrando 
>> uma única observação que seja discordante de suas previsões. Como enfatizou 
>> o filósofo da ciência Karl Popper ..." (Uma nova história do tempo, p. 23)
>>  
>> Tem ainda Feynman, Peter Woit ...
>>  
>> Quanto a psicanálise
>>  
>> Feynman: "... a psicanálise não é uma ciência; na melhor das hipóteses, é um 
>> processo médico, e talvez se aproxime do curandeirismo."
>>  
>> Deixo claro que, como Popper, o que não é ciência para mim, não deixa de ser 
>> um empreendimento racional. A filosofia é um empreendimeno racional, mas não 
>> é ciência. Não pode existir uma filosofia científica ... como queria 
>> Russell, Newton da Costa e outros. Não pode haver confrontamento com a 
>> experiência.
>>  
>> Como observou Feynman, seguindo Popper: "A matemática não é uma ciência de 
>> nosso ponto de vista, no sentido de que não é uma ciência natural. O teste 
>> de sua validade não é a experiência. [...] Se algo não for considerado uma 
>> ciência, isso não significa que tenha algo de errado; significa apenas que 
>> não é uma ciência."
>>  
>> Não citei nem aqueles cientistas que são reconhecidamente popperianos, como 
>> Medawar.
>>  
>> Quanto a crítica a David Miller, acredito não caber. Ele não se resume a 
>> repetir Popper. Desenvolveu diversos pontos, muitos é certamente, dentro do 
>> paradigma popperiano.
>>  
>>  
>> Julio Fontana
>> De: FAD 2 
>> Para: Julio Fontana 
>> Enviadas: Domingo, 18 de Setembro de 2011 8:56
>> Assunto: Re: Popper
>> 
>> Quem diz que o multiverso é irrefutável? Provei um teorema que diz o 
>> contrário. 
>> 
>> Sent from my iPhone
>> 
>> On 18/09/2011, at 08:52, Julio Fontana  
>> wrote:
>> 
>>> Colegas da lista,
>>>  
>>> Nada melhor do que a discordância para avançar o conhecimento ...
>>>  
>>> Em primeiro lugar, não acho que o critério de demarcação de Popper seja 
>>> claro o bastante para apontarmos com certeza o que é ou o que não é ciência 
>>> (ele jamais insinuou ser assim). Em CR ele afirmou veementemente que a 
>>> fronteira era permeável. Carnieli (Pensamento Crítico) sustenta que o fato 
>>> de não podermos distinguir o claro da absoluta escuridão não implica que 
>>> não haja diferença entre esses dois estados. Agora está requesitando preto 
>>> no branco. Nada é preto no branco!
>>>  
>>> A refutabilidade é uma possibilidade, não precisa ser um acontecimento 
>>> concreto. A teoria pode ser refutada daqui a 1000 anos ou jamais vir a ser 
>>> refutada, mas deve permitir isso caso venha a se apresentar um fato que lhe 
>>> contradiz, e não contradiz uma teoria rival. Certamente os cientistas fazem 
>>> uso de estratagemas convencionalistas ou salvam suas teorias da refutação o 
>>> tempo todo, mas Popper recomenda que se o fizerem, as hipóteses ad hoc 
>>> devem acrescer conteúdo informativo. Caso leiam somente a Introdução da 
>>> obra podem perder o néctar da filosofia popperiana. Lembro inclusive que 
>>> ele, diferentemente de Kuhn não está descrevendo a ciência, mas está 
>>> fazendo lógica da ciência (normativo). Quase 100 anos se passaram desde a 
>>> primeira obra de Popper. Certamente muito se acrescentou ao nosso 
>>> entendimento da ciência. Agora dizer que Popper é somente história só pode 
>>> ser brincadeira! Ainda há muitos físicos que estão no paradigma 
>>> metodológico do século XIX! Os mais avançados falam em refutação! Hawking 
>>> chega a citar Popper como definição de ciência! Afirmar que Popper matou a 
>>> critividade científica? Foi justamente ele que se revoltou com o paradigma 
>>> do mecanismo do método indutivo tão em voga na ciência do século XIX e 
>>> início do XX. Os cientistas podiam agir de diferente, mas eles acreditam no 
>>> poder do método eles acreditavam.
>>>  
>>>  
>>> Fico espantado quando pesquis

Re: [Logica-l] Popper

2011-09-18 Por tôpico FAD 2
Mas nao eh guerra, Julio... 

Sent from my iPhone

On 18/09/2011, at 09:58, Julio Fontana  wrote:

> Refiro-me ao senhor mesmo. Estou incorreto quanto à referência? Há até um 
> quadrinho retratando isso! O senhor tem como me enviar a sua participação na 
> discussão? Esse negócio de "um contra muitos" é complicado. Por isso, prefiro 
> o Facebook. Há uma foto e posso visualizar a participação de cada um a todo 
> momento.
> 
> 
> Julio Fontana
> Bacharel em Filosofia pela PUC-Rio
> Especialização em cultura clássica greco-latina.
> 
> De: Walter Carnielli 
> Para: Julio Fontana 
> Cc: logica-l@dimap.ufrn.br
> Enviadas: Domingo, 18 de Setembro de 2011 9:52
> Assunto: Re: [Logica-l] Popper
> 
> Olá Júlio,
> 
> obrigado pela referência, imagino  que  "Carnieli" deva
> se referir a  mim.  :-)  Se for, não estou requesitanto (ou melhor,
> requisitando) preto no branco: estou perguntando, àqueles que nos
> explicam Popper, o que Sir Karl diria sobre aqueles fenômenos que
> introduzi na conversa...
> Abs,
> 
> Walter
> 
> Em 18 de setembro de 2011 09:27, Julio Fontana
>  escreveu:
>> Colegas da lista,
>> 
>> Nada melhor do que a discordância para avançar o conhecimento ...
>> 
>> Em primeiro lugar, não acho que o critério de demarcação de Popper seja 
>> claro o bastante para apontarmos com certeza o que é ou o que não é ciência 
>> (ele jamais insinuou ser assim). Em CR ele afirmou veementemente que a 
>> fronteira era permeável. Carnieli (Pensamento Crítico) sustenta que o fato 
>> de não podermos distinguir o claro da absoluta escuridão não implica que não 
>> haja diferença entre esses dois estados. Agora está requesitando preto no 
>> branco. Nada é preto no branco!
>> 
>> A refutabilidade é uma possibilidade, não precisa ser um acontecimento 
>> concreto. A teoria pode ser refutada daqui a 1000 anos ou jamais vir a ser 
>> refutada, mas deve permitir isso caso venha a se apresentar um fato que lhe 
>> contradiz, e não contradiz uma teoria rival. Certamente os cientistas fazem 
>> uso de estratagemas convencionalistas ou salvam suas teorias da refutação o 
>> tempo todo, mas Popper recomenda que se o fizerem, as hipóteses ad hoc devem 
>> acrescer conteúdo informativo. Caso leiam somente a Introdução da obra podem 
>> perder o néctar da filosofia popperiana. Lembro inclusive que ele, 
>> diferentemente de Kuhn não está descrevendo a ciência, mas está fazendo 
>> lógica da ciência (normativo). Quase 100 anos se passaram desde a primeira 
>> obra de Popper. Certamente muito se acrescentou ao nosso entendimento da 
>> ciência. Agora dizer que Popper é somente história só pode ser brincadeira! 
>> Ainda há muitos físicos que estão no paradigma
>>  metodológico do século XIX! Os mais avançados falam em refutação! Hawking 
>> chega a citar Popper como definição de ciência! Afirmar que Popper matou a 
>> critividade científica? Foi justamente ele que se revoltou com o paradigma 
>> do mecanismo do método indutivo tão em voga na ciência do século XIX e 
>> início do XX. Os cientistas podiam agir de diferente, mas eles acreditam no 
>> poder do método eles acreditavam.
>> 
>> 
>> Fico espantado quando pesquisadores não aceitam a crítica de alguém 
>> afirmando ser este um não-especialista. John Horgan é jornalista, mas e daí? 
>> Ínúmeros psicólogos, psiquiatras e até psicanalistas criticam as teorias de 
>> Freud. Muitas das teorias que surgem na fronteira da ciência não são 
>> refutáveis por limitação tecnológica, outras são irrefutáveis, e portanto, 
>> pseudocientíficas. A teoria do multiverso é uma delas. Gleiser afirma em seu 
>> ultimo livro Criação Imperfeita não tratar-se de teoria científica. John 
>> Horgan pega o conceito de Penrose  e as chama de ciência irônica ou 
>> pós-empírica. Acho que o politicamente correto está influenciando na questão 
>> da demarcação. Vamos incluir tudo! Não podemos deixar ninguém de fora!
>> 
>> 
>> Julio Fontana
>> 
>> De: FAD 2 
>> Para: Decio Krause 
>> Cc: Julio Fontana ; "logica-l@dimap.ufrn.br" 
>> 
>> Enviadas: Domingo, 18 de Setembro de 2011 7:33
>> Assunto: Re: [Logica-l] Critério de demarcação
>> 
>> Boutade. Prefiro Proust, com o que ele diz sobre Charlus no jantar dos 
>> Verdurin.
>> 
>> Sent from my iPhone
>> 
>> On 17/09/2011, at 15:30, Decio Krause  wrote:
>> 
>>> Argumentum ad amicis?
>>> Legal!!
>>> 
>>> Decio Krause
>>> Departamento de Filosofia
>>> Universidade Federal de Santa Catarina
>>> 88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
>>> deciokrause[at]gmail.com
>>> www.cfh.ufsc.br/~dkrause
>>> 
>>> "He [God] will never choose among indiscernibles"
>>> (G.W.Leibniz)
>>> 
>>> 
>>> 
>>> 
>>> 
>>> 
>>> Em 17/09/2011, às 13:57, Julio Fontana escreveu:
>>> 
 Prezados colegas de lista,
 
 O assunto é demasiado complexo e não posso examinar todos os pontos que 
 foram levantados aqui.
 Irei responder principalmente ao Francisco Doria.
 O senhor afirmou que Popper não o convence q

Re: [Logica-l] Popper

2011-09-18 Por tôpico FAD 2
Argumentos de autoridade, Julio. Me explica o que o Marcelo disse. 

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On 18/09/2011, at 09:26, Julio Fontana  wrote:

> Vamos lá!
>  
> Marcelo Gleiser: "... estamos longe de saber se o conceito de multiverso faz 
> sentido. Numa teoria onde praticamente tudo é possível, nada é compreendido; 
> especialmente as hipóteses que competem entre si não podem ser testadas e 
> eliminadas." (Criação Imperfeita, p. 299s.)
>  
> Stephen Hawking: "Qualquer teoria física é sempre provisória, no sentido de 
> ser apenas uma hipótese: nunca é possível prová-la. Não importa quantas vezes 
> os resultados dos experimentos estejam de acordo com alguma teoria, você 
> nunca poderá ter certeza de que, na próxima vez, o resultado não a 
> contraditará. Por outro lado, você pode desacreditar uma teoria encontrando 
> uma única observação que seja discordante de suas previsões. Como enfatizou o 
> filósofo da ciência Karl Popper ..." (Uma nova história do tempo, p. 23)
>  
> Tem ainda Feynman, Peter Woit ...
>  
> Quanto a psicanálise
>  
> Feynman: "... a psicanálise não é uma ciência; na melhor das hipóteses, é um 
> processo médico, e talvez se aproxime do curandeirismo."
>  
> Deixo claro que, como Popper, o que não é ciência para mim, não deixa de ser 
> um empreendimento racional. A filosofia é um empreendimeno racional, mas não 
> é ciência. Não pode existir uma filosofia científica ... como queria Russell, 
> Newton da Costa e outros. Não pode haver confrontamento com a experiência.
>  
> Como observou Feynman, seguindo Popper: "A matemática não é uma ciência de 
> nosso ponto de vista, no sentido de que não é uma ciência natural. O teste de 
> sua validade não é a experiência. [...] Se algo não for considerado uma 
> ciência, isso não significa que tenha algo de errado; significa apenas que 
> não é uma ciência."
>  
> Não citei nem aqueles cientistas que são reconhecidamente popperianos, como 
> Medawar.
>  
> Quanto a crítica a David Miller, acredito não caber. Ele não se resume a 
> repetir Popper. Desenvolveu diversos pontos, muitos é certamente, dentro do 
> paradigma popperiano.
>  
>  
> Julio Fontana
> De: FAD 2 
> Para: Julio Fontana 
> Enviadas: Domingo, 18 de Setembro de 2011 8:56
> Assunto: Re: Popper
> 
> Quem diz que o multiverso é irrefutável? Provei um teorema que diz o 
> contrário. 
> 
> Sent from my iPhone
> 
> On 18/09/2011, at 08:52, Julio Fontana  wrote:
> 
>> Colegas da lista,
>>  
>> Nada melhor do que a discordância para avançar o conhecimento ...
>>  
>> Em primeiro lugar, não acho que o critério de demarcação de Popper seja 
>> claro o bastante para apontarmos com certeza o que é ou o que não é ciência 
>> (ele jamais insinuou ser assim). Em CR ele afirmou veementemente que a 
>> fronteira era permeável. Carnieli (Pensamento Crítico) sustenta que o fato 
>> de não podermos distinguir o claro da absoluta escuridão não implica que não 
>> haja diferença entre esses dois estados. Agora está requesitando preto no 
>> branco. Nada é preto no branco!
>>  
>> A refutabilidade é uma possibilidade, não precisa ser um acontecimento 
>> concreto. A teoria pode ser refutada daqui a 1000 anos ou jamais vir a ser 
>> refutada, mas deve permitir isso caso venha a se apresentar um fato que lhe 
>> contradiz, e não contradiz uma teoria rival. Certamente os cientistas fazem 
>> uso de estratagemas convencionalistas ou salvam suas teorias da refutação o 
>> tempo todo, mas Popper recomenda que se o fizerem, as hipóteses ad hoc devem 
>> acrescer conteúdo informativo. Caso leiam somente a Introdução da obra podem 
>> perder o néctar da filosofia popperiana. Lembro inclusive que ele, 
>> diferentemente de Kuhn não está descrevendo a ciência, mas está fazendo 
>> lógica da ciência (normativo). Quase 100 anos se passaram desde a primeira 
>> obra de Popper. Certamente muito se acrescentou ao nosso entendimento da 
>> ciência. Agora dizer que Popper é somente história só pode ser brincadeira! 
>> Ainda há muitos físicos que estão no paradigma metodológico do século XIX! 
>> Os mais avançados falam em refutação! Hawking chega a citar Popper como 
>> definição de ciência! Afirmar que Popper matou a critividade científica? Foi 
>> justamente ele que se revoltou com o paradigma do mecanismo do método 
>> indutivo tão em voga na ciência do século XIX e início do XX. Os cientistas 
>> podiam agir de diferente, mas eles acreditam no poder do método eles 
>> acreditavam.
>>  
>>  
>> Fico espantado quando pesquisadores não aceitam a crítica de alguém 
>> afirmando ser este um não-especialista. John Horgan é jornalista, mas e daí? 
>> Ínúmeros psicólogos, psiquiatras e até psicanalistas criticam as teorias de 
>> Freud. Muitas das teorias que surgem na fronteira da ciência não são 
>> refutáveis por limitação tecnológica, outras são irrefutáveis, e portanto, 
>> pseudocientíficas. A teoria do multiverso é uma delas. Gleiser afirma em seu 
>> ultimo livro Criação Imperfeita não tratar-se de teoria científi

Re: [Logica-l] Pura provocação

2011-09-18 Por tôpico Julio Stern


Walter: Da sua lista de fenomenos intrigantes, a minha preferida eh 
Fusao-a-Frio. Eis minhas razoes: 
1) Eh democratica no experimento: Tudo que voce precisa para tentar repetir o 
experimento ja esta ai no seu laboratorio de fisica, so falta um pouco de 
Paladio. 
2) Eh democratica na teoria: Nada que envolva operadores de criacao-aniquilacao 
no vacuo quantico, ou outras complicacoes. Basta um curso de graduacao de 
fisica nuclear e um pouco de fisico-quimica para entender direitinho por que a 
coisa toda NAO deveria funcionar. 
3) O fator Phenix: Em 1920 F.Paneth a K.Peters contaram-o-conto da fusao a frio 
pela primeira vez. Desde entao (la se vai quase um seculo) este conto morre e 
renasce das proprias cinzas. 
4) O apelo economico: Se funcionasse, este mecanismo nao seria uma mera 
curiosidade, mas teria o potencial de resolver o problema de energia do nosso 
planetinha. 
5) O fator conspiracao: Muito mais emocionante do que entender a fisica de 
porque fusao a frio nao funciona, eh por o tico e o teco para conversar 
inventando teorias conspiratorias de como os agentes do mal estao sabotando 
esta e outras ideias salvadoras da humanidade. 
6) O fator financeiro: Quando eu estava fazendo meu Ph.D. em Cornell em 1989, 
M.Fleischmann e S.Pons recontaram  sua versao do conto da fusao a frio.  
Tinhamos um grupo no depto. de Pesquisa Operacional interessados em financas. 
Todos achavamos que estavamos diante de uma bolha de curta duracao no mercado 
de Platina e Paladio. A questao era: como perceber o fim da bolha, de modo a 
surfar o onda da bolha ate o (pen)ultimo minuto, sair, e deixar a bomba na mao 
do mercado... Foi muito divertido, com um monte de modelos de series temporais, 
comportamento caotico, etc. Infelizmente, eramos todos TAs duros, sem nada para 
investir, caso contrario eu estaria rico :-) 
---Julio (Stern)  
PS: Depois da edicao de 1989 da fusao a frio, varios orgaos reguladores dos 
mercados de commodities lancaram acoes fiscalizadoras para ver se a coisa toda 
nao tinha sido feita apenas para manipular o mercado. A conclusao: Nao - o 
buraco era mais embaixo. 


> Date: Sun, 18 Sep 2011 08:27:04 -0300
> From: walter.carnie...@gmail.com
> To: juliocesarfont...@yahoo.com.br
> CC: logica-l@dimap.ufrn.br
> Subject: [Logica-l] Pura provocação
> 
>  Caros:
> 
> Os que  sabem o que é e o que  não é  ciência, os que  representam
> "Sir" Karl, e  os que   pertencem à  outra  igreja,   não  vão nos
> brindar  com sua  opinião sobre aqueles  fenômenos intrigantes que
> apontei?
> 
> Walter
> 
> ---
> Prof. Dr. Walter Carnielli
> Director
> Centre for Logic, Epistemology and the History of Science – CLE
> State University of Campinas –UNICAMP
> 13083-859 Campinas -SP, Brazil
> Phone: (+55) (19) 3521-6517
> Fax: (+55) (19) 3289-3269
> Institutional e-mail: walter.carnie...@cle.unicamp.br
> Website: http://www.cle.unicamp.br/prof/carnielli
> ___
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> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
  
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Re: [Logica-l] Popper

2011-09-18 Por tôpico Julio Fontana
"Um contra muitos" no debate. Não faço guerra. Gosto dessas discussões. Caso 
contrário, não seria popperiano.
Conheço superficialmente a teoria proposta pelo físico Max Tegmark. Não 
posso conhecer tudo por mim mesmo. Devo me apoiar em outros o tempo todo. O 
mundo é muito complexo para ser compreendido por um só homem. Estou apoiado no 
Marcelo Gleiser. Não é argumento de autoridade. Não estou afirmando que ele 
está certo por ser o Marcelo Gleiser. Acredito que Gleiser possua boas razões 
para fazer tal afirmação. Estou esperando as suas. O ideal era colocar o 
Gleiser no debate. Eu não sou físico. Não posso discutir questões técnicas com 
os físicos. Posso discutir questões epistemológicas. O filósofo faz isso.
Constatada a diaphonia eu suspendo o juízo.
 
Julio Fontana

De: FAD 2 
Para: Julio Fontana 
Cc: Walter Carnielli ; "logica-l@dimap.ufrn.br" 

Enviadas: Domingo, 18 de Setembro de 2011 10:13
Assunto: Re: [Logica-l] Popper

Mas nao eh guerra, Julio... 

Sent from my iPhone

On 18/09/2011, at 09:58, Julio Fontana  wrote:

> Refiro-me ao senhor mesmo. Estou incorreto quanto à referência? Há até um 
> quadrinho retratando isso! O senhor tem como me enviar a sua participação na 
> discussão? Esse negócio de "um contra muitos" é complicado. Por isso, prefiro 
> o Facebook. Há uma foto e posso visualizar a participação de cada um a todo 
> momento.
> 
> 
> Julio Fontana
> Bacharel em Filosofia pela PUC-Rio
> Especialização em cultura clássica greco-latina.
> 
> De: Walter Carnielli 
> Para: Julio Fontana 
> Cc: logica-l@dimap.ufrn.br
> Enviadas: Domingo, 18 de Setembro de 2011 9:52
> Assunto: Re: [Logica-l] Popper
> 
> Olá Júlio,
> 
> obrigado pela referência, imagino  que  "Carnieli" deva
> se referir a  mim.  :-)  Se for, não estou requesitanto (ou melhor,
> requisitando) preto no branco: estou perguntando, àqueles que nos
> explicam Popper, o que Sir Karl diria sobre aqueles fenômenos que
> introduzi na conversa...
> Abs,
> 
> Walter
> 
> Em 18 de setembro de 2011 09:27, Julio Fontana
>  escreveu:
>> Colegas da lista,
>> 
>> Nada melhor do que a discordância para avançar o conhecimento ...
>> 
>> Em primeiro lugar, não acho que o critério de demarcação de Popper seja 
>> claro o bastante para apontarmos com certeza o que é ou o que não é ciência 
>> (ele jamais insinuou ser assim). Em CR ele afirmou veementemente que a 
>> fronteira era permeável. Carnieli (Pensamento Crítico) sustenta que o fato 
>> de não podermos distinguir o claro da absoluta escuridão não implica que não 
>> haja diferença entre esses dois estados. Agora está requesitando preto no 
>> branco. Nada é preto no branco!
>> 
>> A refutabilidade é uma possibilidade, não precisa ser um acontecimento 
>> concreto. A teoria pode ser refutada daqui a 1000 anos ou jamais vir a ser 
>> refutada, mas deve permitir isso caso venha a se apresentar um fato que lhe 
>> contradiz, e não contradiz uma teoria rival. Certamente os cientistas fazem 
>> uso de estratagemas convencionalistas ou salvam suas teorias da refutação o 
>> tempo todo, mas Popper recomenda que se o fizerem, as hipóteses ad hoc devem 
>> acrescer conteúdo informativo. Caso leiam somente a Introdução da obra podem 
>> perder o néctar da filosofia popperiana. Lembro inclusive que ele, 
>> diferentemente de Kuhn não está descrevendo a ciência, mas está fazendo 
>> lógica da ciência (normativo). Quase 100 anos se passaram desde a primeira 
>> obra de Popper. Certamente muito se acrescentou ao nosso entendimento da 
>> ciência. Agora dizer que Popper é somente história só pode ser brincadeira! 
>> Ainda há muitos físicos que estão no paradigma
>>  metodológico do século XIX! Os mais avançados falam em refutação! Hawking 
>>chega a citar Popper como definição de ciência! Afirmar que Popper matou a 
>>critividade científica? Foi justamente ele que se revoltou com o paradigma do 
>>mecanismo do método indutivo tão em voga na ciência do século XIX e início do 
>>XX. Os cientistas podiam agir de diferente, mas eles acreditam no poder do 
>>método eles acreditavam.
>> 
>> 
>> Fico espantado quando pesquisadores não aceitam a crítica de alguém 
>> afirmando ser este um não-especialista. John Horgan é jornalista, mas e daí? 
>> Ínúmeros psicólogos, psiquiatras e até psicanalistas criticam as teorias de 
>> Freud. Muitas das teorias que surgem na fronteira da ciência não são 
>> refutáveis por limitação tecnológica, outras são irrefutáveis, e portanto, 
>> pseudocientíficas. A teoria do multiverso é uma delas. Gleiser afirma em seu 
>> ultimo livro Criação Imperfeita não tratar-se de teoria científica. John 
>> Horgan pega o conceito de Penrose  e as chama de ciência irônica ou 
>> pós-empírica. Acho que o politicamente correto está influenciando na questão 
>> da demarcação. Vamos incluir tudo! Não podemos deixar ninguém de fora!
>> 
>> 
>> Julio Fontana
>> 
>> De: FAD 2 
>> Para: Decio Krause 
>> Cc: Julio Fontana ; "logica-l@dimap.ufrn.br" 
>> 
>> Enviadas: Domingo, 18 de Setembro de 201

Re: [Logica-l] pullum sobre chomsky

2011-09-18 Por tôpico Tony Marmo
Como o artigo não é aberto e só se lê o resumo, é de difícil comentário.
Todavia, eu conheço os escritos do prof. Pullum e os do prof. Chomsky.
Acontece que cada um tem sua teoria linguística e elas competem entre si no
"mercado" da linguística formal para ver quem tem mais adeptos. Os
chomskyanos são em maior número.
Geralmente, esses ataques recíprocos são sem fundamento, como me parece o
resumo do artigo.
Syntactic Structures foi um livro extraído da T.D. de Noam Chomsky "*The
Logical Structure of Linguistic Theory" *e só teve impacto para a
linguística nos anos 1950. No meio da década de 1960 o debate já tinha
outros focos, com "Aspects".
Não é verdade que Chomsky quisesse usar de argumentos matemáticos pesados
para demonstrar que uma gramática de uma língua como Inglês não é uma
máquina de estados finitos. É verdade sim que os argumentos formais que ele
usa são suficientemente fortes para mostrar isto dentro da linguística
estrutural do final dos anos 1950. Afinal de contas, o ônus da prova está
com quem quiser provar o contrário e dar sustentação a teses cognitivas
behaviouristas.

Em 17 de setembro de 2011 16:35, Joao Marcos  escreveu:

> A menção recente do Chomsky e seu "argumento hegeliano" lembrou-me
> mencionar aqui o recente artigo do linguista Geoffrey Pullum no JoLLI,
> que será do interesse de alguns membros desta lista.
>
> Mais uma prova da importância do trabalho do lógico Emil Post.
> JM
>
> * * *
>
> On the Mathematical Foundations of Syntactic Structures.
> Journal of Logic, Language and Information 20 (3):277-296, 2011.
> http://www.springerlink.com/content/p3n161t5257q1156/
>
> Chomsky’s highly influential Syntactic Structures (SS) has been much
> praised its originality, explicitness, and relevance for subsequent
> cognitive science. Such claims are greatly overstated. SS contains no
> proof that English is beyond the power of finite state description (it
> is not clear that Chomsky ever gave a sound mathematical argument for
> that claim). The approach advocated by SS springs directly out of the
> work of the mathematical logician Emil Post on formalizing proof, but
> few linguists are aware of this, because Post’s papers are not cited.
> Chomsky’s extensions to Post’s systems are not clearly defined, and
> the arguments for their necessity are weak. Linguists have also
> overlooked Post’s proofs of the first two theorems about effects of
> rule format restrictions on generative capacity, published more than
> ten years before SS was published.
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Re: [Logica-l] pullum sobre chomsky

2011-09-18 Por tôpico Tony Marmo
Dei uma vista de olhos e posso dizer o seguinte:

Não é novidade que as primeiras obras de Chomsky são consideradas muito
fraquinhas. Na década de 1970, por exemplo, os chomskyanos já diziam isto.

É mais fácil corrigir dados históricos de quem não conhece o que é realmente
consenso. Houve na década de 1950 uma reação favorável ao trabalho de
Chomsky. Mas, a chamada linguística chomskyana começa mesmo com “Aspects of
the Theory of Syntax”.

Como assim, você vai perguntar? É porque as primeiras obras de Chomsky eram
muito pouco originais e representavam uma revolução para os estruturalistas.
Mas, não diziam nada que algum grande linguista da época já não dissesse.
Isto era possível porque naquela altura, o termo “estruturalismo” já não
correspondia ao que tinha sido historicamente e abarcava uma multidão de
vertentes muito diferentes entre si.

A obra de 1965 é que traz mais inovações e rompe com o paradigma
estruturalista na sintaxe, assim como na fonologia “the Sound Pattern of
English”. As diferenças são muitas. Por exemplo, a fonologia de Chomsky não
tinha mais a noção de “fonema” e rejeitava acomodá-la. A sintaxe de Chomsky
admitia categorias não diretamente observáveis, algo que por influência de
Bloomfield se rejeitava. Chomsky mudou ainda as noções sociais de “langue” e
“parole” de Saussure, que eram coletivas, uniformes e supostamente não
idealizadas, para falar de “competência” e “desempenho” que eram individuais
mas altamente idealizadas.

O segundo momento crucial na linguística chomskyana veio décadas depois, com
sua teoria da regência e da ligação, depois chamada de Princípios e
Parâmetros em que as noções de gramática e regra gramatical perdem o status
científico de uma vez. Em “Knowledge of Language” fica ainda estabelecido
que o objeto de estudo da linguística não devem ser nem a noção de “langue”
de Saussure, ou outra equivalente, nem as línguas do mundo, como o Português
ou qualquer dos seus dialetos. Fica de uma vez consolidado que objeto da
linguística tem de ser a própria faculdade de linguagem.

O terceiro momento e que parece vai ser o último é o chamado programa
minimalista, que coloca o princípio da economia das derivações no centro das
preocupações e da orientação da pesquisa em linguística.

Mas, o mais importante nestes anos todos é que, ainda que Chomsky tenha
usado de certa matematização, coisa que herdou dos estruturalistas, sua
concepção de linguística não é nem de uma ciência humana nem exata: para ela
a linguística é uma das ciências biológicas. Na década de 1950 ele já
pensava assim, como se sabe por relatos dele próprio e de colegas, de forma
que ele propositadamente não usou de argumentos matemáticos mais pesados.

Nunca houve entre os linguistas essa crença de que Syntactic Structures é o
principal marco histórico da chamada revolução chomskyana. Pullum quer
dialogar com quem desconhece a história da ciência.

Eu li Syntactic Structures e posso dizer que a resenha de Pullum é parcial
demais. Seria o mesmo que alguém escrever um artigo atacando Gagarin para
dizer que ele não foi à Lua. Mas quem disse que foi? Se houve quem o disse,
é gente que não sabe da missa a metade!

Em 18 de setembro de 2011 02:10, Tony Marmo  escreveu:

> Verei o texto, mas, para ja, advirto que o Pullum obviamente eh muito
> informado. O que ele diz, todavia, nem sempre parece bem intencionado, se o
> alvo do que diz vem a ser Chomsky.
>
> Em 17 de setembro de 2011 22:52, Joao Marcos escreveu:
>
> Olá, Tony:
>>
>> Envio em anexo o artigo para que você possa avaliar por si próprio os
>> argumentos do Pullum, que parecem bem informados e chegam a conclusões
>> bem diferentes das suas.
>>
>> Abraços,
>> JM
>>
>> 2011/9/17 Tony Marmo :
>> > Como o artigo não é aberto e só se lê o resumo, é de difícil comentário.
>> > Todavia, eu conheço os escritos do prof. Pullum e os do prof. Chomsky.
>> > Acontece que cada um tem sua teoria linguística e elas competem entre si
>> no
>> > "mercado" da linguística formal para ver quem tem mais adeptos. Os
>> > chomskyanos são em maior número.
>> > Geralmente, esses ataques recíprocos são sem fundamento, como me parece
>> o
>> > resumo do artigo.
>> > Syntactic Structures foi um livro extraído da T.D. de Noam Chomsky "The
>> > Logical Structure of Linguistic Theory" e só teve impacto para a
>> linguística
>> > nos anos 1950. No meio da década de 1960 o debate já tinha outros focos,
>> com
>> > "Aspects".
>> > Não é verdade que Chomsky quisesse usar de argumentos matemáticos
>> pesados
>> > para demonstrar que uma gramática de uma língua como Inglês não é uma
>> > máquina de estados finitos. É verdade sim que os argumentos formais que
>> ele
>> > usa são suficientemente fortes para mostrar isto dentro da linguística
>> > estrutural do final dos anos 1950. Afinal de contas, o ônus da prova
>> está
>> > com quem quiser provar o contrário e dar sustentação a teses cognitivas
>> > behaviouristas.
>> >
>> > Em 17 de setembro de 2011 16:35, Joao Marcos 
>> escreveu:
>> >>

Re: [Logica-l] pullum sobre chomsky

2011-09-18 Por tôpico Tony Marmo
E só mais um detalhe: o professor Pullum não é simplesmente bem informado. É
um dos maiores linguístas de sua geração e tem sua própria teoria que
compete com a do professor Chomsy. Portanto, sempre cuidado com que um
escreve do outro, porque a rivalidade é grande entre eles.

Em 18 de setembro de 2011 02:45, Tony Marmo  escreveu:

> Dei uma vista de olhos e posso dizer o seguinte:
>
> Não é novidade que as primeiras obras de Chomsky são consideradas muito
> fraquinhas. Na década de 1970, por exemplo, os chomskyanos já diziam isto.
>
> É mais fácil corrigir dados históricos de quem não conhece o que é
> realmente consenso. Houve na década de 1950 uma reação favorável ao trabalho
> de Chomsky. Mas, a chamada linguística chomskyana começa mesmo com “Aspects
> of the Theory of Syntax”.
>
> Como assim, você vai perguntar? É porque as primeiras obras de Chomsky eram
> muito pouco originais e representavam uma revolução para os estruturalistas.
> Mas, não diziam nada que algum grande linguista da época já não dissesse.
> Isto era possível porque naquela altura, o termo “estruturalismo” já não
> correspondia ao que tinha sido historicamente e abarcava uma multidão de
> vertentes muito diferentes entre si.
>
> A obra de 1965 é que traz mais inovações e rompe com o paradigma
> estruturalista na sintaxe, assim como na fonologia “the Sound Pattern of
> English”. As diferenças são muitas. Por exemplo, a fonologia de Chomsky não
> tinha mais a noção de “fonema” e rejeitava acomodá-la. A sintaxe de Chomsky
> admitia categorias não diretamente observáveis, algo que por influência de
> Bloomfield se rejeitava. Chomsky mudou ainda as noções sociais de “langue” e
> “parole” de Saussure, que eram coletivas, uniformes e supostamente não
> idealizadas, para falar de “competência” e “desempenho” que eram individuais
> mas altamente idealizadas.
>
> O segundo momento crucial na linguística chomskyana veio décadas depois,
> com sua teoria da regência e da ligação, depois chamada de Princípios e
> Parâmetros em que as noções de gramática e regra gramatical perdem o status
> científico de uma vez. Em “Knowledge of Language” fica ainda estabelecido
> que o objeto de estudo da linguística não devem ser nem a noção de “langue”
> de Saussure, ou outra equivalente, nem as línguas do mundo, como o Português
> ou qualquer dos seus dialetos. Fica de uma vez consolidado que objeto da
> linguística tem de ser a própria faculdade de linguagem.
>
> O terceiro momento e que parece vai ser o último é o chamado programa
> minimalista, que coloca o princípio da economia das derivações no centro das
> preocupações e da orientação da pesquisa em linguística.
>
> Mas, o mais importante nestes anos todos é que, ainda que Chomsky tenha
> usado de certa matematização, coisa que herdou dos estruturalistas, sua
> concepção de linguística não é nem de uma ciência humana nem exata: para ela
> a linguística é uma das ciências biológicas. Na década de 1950 ele já
> pensava assim, como se sabe por relatos dele próprio e de colegas, de forma
> que ele propositadamente não usou de argumentos matemáticos mais pesados.
>
> Nunca houve entre os linguistas essa crença de que Syntactic Structures é o
> principal marco histórico da chamada revolução chomskyana. Pullum quer
> dialogar com quem desconhece a história da ciência.
>
> Eu li Syntactic Structures e posso dizer que a resenha de Pullum é parcial
> demais. Seria o mesmo que alguém escrever um artigo atacando Gagarin para
> dizer que ele não foi à Lua. Mas quem disse que foi? Se houve quem o disse,
> é gente que não sabe da missa a metade!
>
> Em 18 de setembro de 2011 02:10, Tony Marmo escreveu:
>
> Verei o texto, mas, para ja, advirto que o Pullum obviamente eh muito
>> informado. O que ele diz, todavia, nem sempre parece bem intencionado, se o
>> alvo do que diz vem a ser Chomsky.
>>
>> Em 17 de setembro de 2011 22:52, Joao Marcos escreveu:
>>
>> Olá, Tony:
>>>
>>> Envio em anexo o artigo para que você possa avaliar por si próprio os
>>> argumentos do Pullum, que parecem bem informados e chegam a conclusões
>>> bem diferentes das suas.
>>>
>>> Abraços,
>>> JM
>>>
>>> 2011/9/17 Tony Marmo :
>>> > Como o artigo não é aberto e só se lê o resumo, é de difícil
>>> comentário.
>>> > Todavia, eu conheço os escritos do prof. Pullum e os do prof. Chomsky.
>>> > Acontece que cada um tem sua teoria linguística e elas competem entre
>>> si no
>>> > "mercado" da linguística formal para ver quem tem mais adeptos. Os
>>> > chomskyanos são em maior número.
>>> > Geralmente, esses ataques recíprocos são sem fundamento, como me parece
>>> o
>>> > resumo do artigo.
>>> > Syntactic Structures foi um livro extraído da T.D. de Noam Chomsky "The
>>> > Logical Structure of Linguistic Theory" e só teve impacto para a
>>> linguística
>>> > nos anos 1950. No meio da década de 1960 o debate já tinha outros
>>> focos, com
>>> > "Aspects".
>>> > Não é verdade que Chomsky quisesse usar de argumentos matemáticos
>>> pesados
>>> > para demon

[Logica-l] iPhone

2011-09-18 Por tôpico Eduardo Ochs
Desculpem me meter com uma questão de netiqueta, mas lá vai. Não
consigo mais me controlar!!! 8-|

O Dória tem mandado essas mensagens de uma ou duas linhas na qual nada
fica explicado... e pelo menos uma vez ele já usou um argumento de
autoridade explícito - "Sou quimico, Walter":

  http://www.dimap.ufrn.br/pipermail/logica-l/2011-September/006043.html

No início eu achava que praticamente todo mundo ficava frustrado com
essas mensagens, mas ninguém se atrevia a falar nada... agora eu estou
vendo que apesar de que eu teria jurado de pés juntos que elas são
irrespondíveis - eu pensava: como é que a gente vai dialogar com
alguém que diz coisas como estas,

  http://www.dimap.ufrn.br/pipermail/logica-l/2011-September/005993.html
  http://www.dimap.ufrn.br/pipermail/logica-l/2011-September/005995.html

e que dificilmente vai responder mais que uma linha? Mas aí eu vi que
não só ninguém reclamou como algumas pessoas discutiam com o Dória com
a maior naturalidade... aí aqui o Dória diz que o _Júlio_ tá usando um
argumento de autoridade ao citar o Marcelo Gleiser,

  http://www.dimap.ufrn.br/pipermail/logica-l/2011-September/006081.html

e nas mensagens seguinte o Júlio fica tentando se defender... acho
isso uma sacanagem, e a minha sensação é de que a gente tá preso
dentro do "The Argument Sketch" do Monty Python...

Acho que esse tipo de coisa merece um nome - "argumentum doricum"?
"Argumentum ad iPhonum"?... Alguém mais tem alguma opinião a respeito
disso - e agora, depois do meu desbafo, ficaria à vontade de
compartilhar com os demais?...

  [[]]s,
Eduardo Ochs
eduardoo...@gmail.com
http://angg.twu.net/
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Re: [Logica-l] iPhone

2011-09-18 Por tôpico Claus Akira Horodynski Matsushigue
Olá a todos...

Eu concordo em gênero, número e grau com o Eduardo.
Lembro que argumentos de autoridades são bem autoritários,
ainda mais quando as "autoridades" citadas são os próprios
e/ou de uma vizinhança próxima.

Entretanto, com grande vigor, gostaria que relevássemos um
tanto acontecimentos indelicados deste tipo em nome de um
ótimo ambiente de harmonia e serenidade na nossa área, não
deixando ocorrer nela o que ocorre em outras áreas.

Assim, cada qual vai formando as suas próprias opiniões e
tomando os seus lados, mas mantendo a coesão interna da
área.  O importante é que não se tome erroneamente a idéia
que alguns "dominem"  a área por se posicionarem mais
efusivamente.

Comentário:

O tal de Popper, assim como outros como Kuhn e Piage, são
base de toda uma Teoria.  É completamente ridículo dizer-se que
concorda ou não com tais personalidades (acho que tomaria zero
em uma prova nas nossas Universidades), assim como seria
sem senso dizer que concorda ou não com Sócrates ou Aristóteles.

Depois do ponta-pé inicial destes camaradas, muito já foi discutido
e trabalhando nas áreas que eles são protagonistas.  Assiim
discussões mais sérias respeitaria tudo mais que já se falou sobre.

Em particular sobre Popper, trata prioritariamente das ditas Ciências
Naturais/Experimentais, des considerando, entre outras, as Ciências
Humanas, na linha positivista normal à época.

Abraços, Claus


2011/9/18 Eduardo Ochs 

> Desculpem me meter com uma questão de netiqueta, mas lá vai. Não
> consigo mais me controlar!!! 8-|
>
> O Dória tem mandado essas mensagens de uma ou duas linhas na qual nada
> fica explicado... e pelo menos uma vez ele já usou um argumento de
> autoridade explícito - "Sou quimico, Walter":
>
>  http://www.dimap.ufrn.br/pipermail/logica-l/2011-September/006043.html
>
> No início eu achava que praticamente todo mundo ficava frustrado com
> essas mensagens, mas ninguém se atrevia a falar nada... agora eu estou
> vendo que apesar de que eu teria jurado de pés juntos que elas são
> irrespondíveis - eu pensava: como é que a gente vai dialogar com
> alguém que diz coisas como estas,
>
>  http://www.dimap.ufrn.br/pipermail/logica-l/2011-September/005993.html
>  http://www.dimap.ufrn.br/pipermail/logica-l/2011-September/005995.html
>
> e que dificilmente vai responder mais que uma linha? Mas aí eu vi que
> não só ninguém reclamou como algumas pessoas discutiam com o Dória com
> a maior naturalidade... aí aqui o Dória diz que o _Júlio_ tá usando um
> argumento de autoridade ao citar o Marcelo Gleiser,
>
>  http://www.dimap.ufrn.br/pipermail/logica-l/2011-September/006081.html
>
> e nas mensagens seguinte o Júlio fica tentando se defender... acho
> isso uma sacanagem, e a minha sensação é de que a gente tá preso
> dentro do "The Argument Sketch" do Monty Python...
>
> Acho que esse tipo de coisa merece um nome - "argumentum doricum"?
> "Argumentum ad iPhonum"?... Alguém mais tem alguma opinião a respeito
> disso - e agora, depois do meu desbafo, ficaria à vontade de
> compartilhar com os demais?...
>
>  [[]]s,
> Eduardo Ochs
>eduardoo...@gmail.com
>http://angg.twu.net/
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
>
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Re: [Logica-l] iPhone

2011-09-18 Por tôpico Francisco Antonio Doria
Três coisas:

1) estava viajando, com o iPhone mas sem computador.

2) digito com dificuldade.

3) não vejo como fazer filosofia da física sem saber física - e matemática.

Já apareceu aqui o argumento que retorna volta e meia, sobre o não ser a
matemática uma ciência. Física é ciência, matemática, de modo algum. aí
pergunto: e a teoria de Seiberg-Witten, é matemática ou física? Complicado,
e arbitrário decidi-lo...

(Disse que sou químico porque o sou; tive muitas horas de laboratório, e,
sim, aprendi que, na prática, a teoria é outra...)

2011/9/18 Claus Akira Horodynski Matsushigue 

> Olá a todos...
>
> Eu concordo em gênero, número e grau com o Eduardo.
> Lembro que argumentos de autoridades são bem autoritários,
> ainda mais quando as "autoridades" citadas são os próprios
> e/ou de uma vizinhança próxima.
>
> Entretanto, com grande vigor, gostaria que relevássemos um
> tanto acontecimentos indelicados deste tipo em nome de um
> ótimo ambiente de harmonia e serenidade na nossa área, não
> deixando ocorrer nela o que ocorre em outras áreas.
>
> Assim, cada qual vai formando as suas próprias opiniões e
> tomando os seus lados, mas mantendo a coesão interna da
> área.  O importante é que não se tome erroneamente a idéia
> que alguns "dominem"  a área por se posicionarem mais
> efusivamente.
>
> Comentário:
>
> O tal de Popper, assim como outros como Kuhn e Piage, são
> base de toda uma Teoria.  É completamente ridículo dizer-se que
> concorda ou não com tais personalidades (acho que tomaria zero
> em uma prova nas nossas Universidades), assim como seria
> sem senso dizer que concorda ou não com Sócrates ou Aristóteles.
>
> Depois do ponta-pé inicial destes camaradas, muito já foi discutido
> e trabalhando nas áreas que eles são protagonistas.  Assiim
> discussões mais sérias respeitaria tudo mais que já se falou sobre.
>
> Em particular sobre Popper, trata prioritariamente das ditas Ciências
> Naturais/Experimentais, des considerando, entre outras, as Ciências
> Humanas, na linha positivista normal à época.
>
> Abraços, Claus
>
>
> 2011/9/18 Eduardo Ochs 
>
> > Desculpem me meter com uma questão de netiqueta, mas lá vai. Não
> > consigo mais me controlar!!! 8-|
> >
> > O Dória tem mandado essas mensagens de uma ou duas linhas na qual nada
> > fica explicado... e pelo menos uma vez ele já usou um argumento de
> > autoridade explícito - "Sou quimico, Walter":
> >
> >  http://www.dimap.ufrn.br/pipermail/logica-l/2011-September/006043.html
> >
> > No início eu achava que praticamente todo mundo ficava frustrado com
> > essas mensagens, mas ninguém se atrevia a falar nada... agora eu estou
> > vendo que apesar de que eu teria jurado de pés juntos que elas são
> > irrespondíveis - eu pensava: como é que a gente vai dialogar com
> > alguém que diz coisas como estas,
> >
> >  http://www.dimap.ufrn.br/pipermail/logica-l/2011-September/005993.html
> >  http://www.dimap.ufrn.br/pipermail/logica-l/2011-September/005995.html
> >
> > e que dificilmente vai responder mais que uma linha? Mas aí eu vi que
> > não só ninguém reclamou como algumas pessoas discutiam com o Dória com
> > a maior naturalidade... aí aqui o Dória diz que o _Júlio_ tá usando um
> > argumento de autoridade ao citar o Marcelo Gleiser,
> >
> >  http://www.dimap.ufrn.br/pipermail/logica-l/2011-September/006081.html
> >
> > e nas mensagens seguinte o Júlio fica tentando se defender... acho
> > isso uma sacanagem, e a minha sensação é de que a gente tá preso
> > dentro do "The Argument Sketch" do Monty Python...
> >
> > Acho que esse tipo de coisa merece um nome - "argumentum doricum"?
> > "Argumentum ad iPhonum"?... Alguém mais tem alguma opinião a respeito
> > disso - e agora, depois do meu desbafo, ficaria à vontade de
> > compartilhar com os demais?...
> >
> >  [[]]s,
> > Eduardo Ochs
> >eduardoo...@gmail.com
> >http://angg.twu.net/
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Re: [Logica-l] iPhone

2011-09-18 Por tôpico Francisco Antonio Doria
Eduardo,

você conhece o Sermão da Flor?

2011/9/18 Eduardo Ochs 

> Desculpem me meter com uma questão de netiqueta, mas lá vai. Não
> consigo mais me controlar!!! 8-|
>
> O Dória tem mandado essas mensagens de uma ou duas linhas na qual nada
> fica explicado... e pelo menos uma vez ele já usou um argumento de
> autoridade explícito - "Sou quimico, Walter":
>
>  http://www.dimap.ufrn.br/pipermail/logica-l/2011-September/006043.html
>
> No início eu achava que praticamente todo mundo ficava frustrado com
> essas mensagens, mas ninguém se atrevia a falar nada... agora eu estou
> vendo que apesar de que eu teria jurado de pés juntos que elas são
> irrespondíveis - eu pensava: como é que a gente vai dialogar com
> alguém que diz coisas como estas,
>
>  http://www.dimap.ufrn.br/pipermail/logica-l/2011-September/005993.html
>  http://www.dimap.ufrn.br/pipermail/logica-l/2011-September/005995.html
>
> e que dificilmente vai responder mais que uma linha? Mas aí eu vi que
> não só ninguém reclamou como algumas pessoas discutiam com o Dória com
> a maior naturalidade... aí aqui o Dória diz que o _Júlio_ tá usando um
> argumento de autoridade ao citar o Marcelo Gleiser,
>
>  http://www.dimap.ufrn.br/pipermail/logica-l/2011-September/006081.html
>
> e nas mensagens seguinte o Júlio fica tentando se defender... acho
> isso uma sacanagem, e a minha sensação é de que a gente tá preso
> dentro do "The Argument Sketch" do Monty Python...
>
> Acho que esse tipo de coisa merece um nome - "argumentum doricum"?
> "Argumentum ad iPhonum"?... Alguém mais tem alguma opinião a respeito
> disso - e agora, depois do meu desbafo, ficaria à vontade de
> compartilhar com os demais?...
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> Eduardo Ochs
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[Logica-l] Argumentum ad iPhonum

2011-09-18 Por tôpico Francisco Antonio Doria
O ponto principal de minhas intervenções é:

*Não se pode fazer filosofia da física sem conhecer física.*

Só isso. Tem muita coisa que se aprende num curso de física e que não
aparece nem nos textos de divulgação e nem nos de filosofia da ciência.

-- 
fad

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Re: [Logica-l] iPhone

2011-09-18 Por tôpico Eduardo Ochs
Onde fica a linha divisória entre quem "sabe Física e Matemática" e
quem não sabe? Me parece muito fácil dizer "se você não entende o que
eu digo, vai estudar"... Mas aí você acaba escrevendo mensagens de uma
linha que são úteis pra pouca gente e antipáticas pra muitos...
Enquanto algo um pouquinho mais bem explicado seria mais útil para
todos.

> 2) digito com dificuldade.

Como assim?? Você pode explicar melhor como você funciona? Quando
eu tenho dificuldade pra fazer alguma coisa eu penso bem mais antes de
fazê-la... Eu passei um tempão tentando descobrir porque é que você
tinha mandado essa mensagem daqui,

  http://www.dimap.ufrn.br/pipermail/logica-l/2011-September/006081.html

e não consegui fazer nenhuma hipótese razoável sobre qual era a sua
intenção com ela...

> (Disse que sou químico porque o sou; tive muitas horas de
> laboratório, e, sim, aprendi que, na prática, a teoria é outra...)

Não, você é alguém que sabe a senha do Dória e está se aproveitando de
que o Dória era químico pra dizer qualquer coisa. Se você fosse
químico você se comportaria como tal.

  [[]],
Eduardo Ochs
eduardoo...@gmail.com
http://angg.twu.net/


2011/9/18 Francisco Antonio Doria 

> Três coisas:
>
> 1) estava viajando, com o iPhone mas sem computador.
>
> 2) digito com dificuldade.
>
> 3) não vejo como fazer filosofia da física sem saber física - e matemática.
>
> Já apareceu aqui o argumento que retorna volta e meia, sobre o não ser a
> matemática uma ciência. Física é ciência, matemática, de modo algum. aí
> pergunto: e a teoria de Seiberg-Witten, é matemática ou física? Complicado,
> e arbitrário decidi-lo...
>
> (Disse que sou químico porque o sou; tive muitas horas de laboratório, e,
> sim, aprendi que, na prática, a teoria é outra...)
>
>
> 2011/9/18 Claus Akira Horodynski Matsushigue 
>
>> Olá a todos...
>>
>> Eu concordo em gênero, número e grau com o Eduardo.
>> Lembro que argumentos de autoridades são bem autoritários,
>> ainda mais quando as "autoridades" citadas são os próprios
>> e/ou de uma vizinhança próxima.
>>
>> Entretanto, com grande vigor, gostaria que relevássemos um
>> tanto acontecimentos indelicados deste tipo em nome de um
>> ótimo ambiente de harmonia e serenidade na nossa área, não
>> deixando ocorrer nela o que ocorre em outras áreas.
>>
>> Assim, cada qual vai formando as suas próprias opiniões e
>> tomando os seus lados, mas mantendo a coesão interna da
>> área.  O importante é que não se tome erroneamente a idéia
>> que alguns "dominem"  a área por se posicionarem mais
>> efusivamente.
>>
>> Comentário:
>>
>> O tal de Popper, assim como outros como Kuhn e Piage, são
>> base de toda uma Teoria.  É completamente ridículo dizer-se que
>> concorda ou não com tais personalidades (acho que tomaria zero
>> em uma prova nas nossas Universidades), assim como seria
>> sem senso dizer que concorda ou não com Sócrates ou Aristóteles.
>>
>> Depois do ponta-pé inicial destes camaradas, muito já foi discutido
>> e trabalhando nas áreas que eles são protagonistas.  Assiim
>> discussões mais sérias respeitaria tudo mais que já se falou sobre.
>>
>> Em particular sobre Popper, trata prioritariamente das ditas Ciências
>> Naturais/Experimentais, des considerando, entre outras, as Ciências
>> Humanas, na linha positivista normal à época.
>>
>> Abraços, Claus
>>
>>
>> 2011/9/18 Eduardo Ochs 
>>
>> > Desculpem me meter com uma questão de netiqueta, mas lá vai. Não
>> > consigo mais me controlar!!! 8-|
>> >
>> > O Dória tem mandado essas mensagens de uma ou duas linhas na qual nada
>> > fica explicado... e pelo menos uma vez ele já usou um argumento de
>> > autoridade explícito - "Sou quimico, Walter":
>> >
>> >  http://www.dimap.ufrn.br/pipermail/logica-l/2011-September/006043.html
>> >
>> > No início eu achava que praticamente todo mundo ficava frustrado com
>> > essas mensagens, mas ninguém se atrevia a falar nada... agora eu estou
>> > vendo que apesar de que eu teria jurado de pés juntos que elas são
>> > irrespondíveis - eu pensava: como é que a gente vai dialogar com
>> > alguém que diz coisas como estas,
>> >
>> >  http://www.dimap.ufrn.br/pipermail/logica-l/2011-September/005993.html
>> >  http://www.dimap.ufrn.br/pipermail/logica-l/2011-September/005995.html
>> >
>> > e que dificilmente vai responder mais que uma linha? Mas aí eu vi que
>> > não só ninguém reclamou como algumas pessoas discutiam com o Dória com
>> > a maior naturalidade... aí aqui o Dória diz que o _Júlio_ tá usando um
>> > argumento de autoridade ao citar o Marcelo Gleiser,
>> >
>> >  http://www.dimap.ufrn.br/pipermail/logica-l/2011-September/006081.html
>> >
>> > e nas mensagens seguinte o Júlio fica tentando se defender... acho
>> > isso uma sacanagem, e a minha sensação é de que a gente tá preso
>> > dentro do "The Argument Sketch" do Monty Python...
>> >
>> > Acho que esse tipo de coisa merece um nome - "argumentum doricum"?
>> > "Argumentum ad iPhonum"?... Alguém mais tem alguma opinião a respeito
>> > disso - e

Re: [Logica-l] iPhone

2011-09-18 Por tôpico Francisco Antonio Doria
Eduardo, tenho artrite na mão direita.

E, tudo bem, não sou químico; só recebi um grau em engenhariaquímica. Mas,
mesmo assim, tenho muitas horas rodadas em laboratório, onde aprendi que: na
prática a teoria é outra.

2011/9/18 Eduardo Ochs 

> Onde fica a linha divisória entre quem "sabe Física e Matemática" e
> quem não sabe? Me parece muito fácil dizer "se você não entende o que
> eu digo, vai estudar"... Mas aí você acaba escrevendo mensagens de uma
> linha que são úteis pra pouca gente e antipáticas pra muitos...
> Enquanto algo um pouquinho mais bem explicado seria mais útil para
> todos.
>
> > 2) digito com dificuldade.
>
> Como assim?? Você pode explicar melhor como você funciona? Quando
> eu tenho dificuldade pra fazer alguma coisa eu penso bem mais antes de
> fazê-la... Eu passei um tempão tentando descobrir porque é que você
> tinha mandado essa mensagem daqui,
>
>   http://www.dimap.ufrn.br/pipermail/logica-l/2011-September/006081.html
>
> e não consegui fazer nenhuma hipótese razoável sobre qual era a sua
> intenção com ela...
>
> > (Disse que sou químico porque o sou; tive muitas horas de
> > laboratório, e, sim, aprendi que, na prática, a teoria é outra...)
>
> Não, você é alguém que sabe a senha do Dória e está se aproveitando de
> que o Dória era químico pra dizer qualquer coisa. Se você fosse
> químico você se comportaria como tal.
>
>   [[]],
> Eduardo Ochs
> eduardoo...@gmail.com
> http://angg.twu.net/
>
>
> 2011/9/18 Francisco Antonio Doria 
>
>> Três coisas:
>>
>> 1) estava viajando, com o iPhone mas sem computador.
>>
>> 2) digito com dificuldade.
>>
>> 3) não vejo como fazer filosofia da física sem saber física - e
>> matemática.
>>
>> Já apareceu aqui o argumento que retorna volta e meia, sobre o não ser a
>> matemática uma ciência. Física é ciência, matemática, de modo algum. aí
>> pergunto: e a teoria de Seiberg-Witten, é matemática ou física? Complicado,
>> e arbitrário decidi-lo...
>>
>> (Disse que sou químico porque o sou; tive muitas horas de laboratório, e,
>> sim, aprendi que, na prática, a teoria é outra...)
>>
>>
>> 2011/9/18 Claus Akira Horodynski Matsushigue 
>>
>>> Olá a todos...
>>>
>>> Eu concordo em gênero, número e grau com o Eduardo.
>>> Lembro que argumentos de autoridades são bem autoritários,
>>> ainda mais quando as "autoridades" citadas são os próprios
>>> e/ou de uma vizinhança próxima.
>>>
>>> Entretanto, com grande vigor, gostaria que relevássemos um
>>> tanto acontecimentos indelicados deste tipo em nome de um
>>> ótimo ambiente de harmonia e serenidade na nossa área, não
>>> deixando ocorrer nela o que ocorre em outras áreas.
>>>
>>> Assim, cada qual vai formando as suas próprias opiniões e
>>> tomando os seus lados, mas mantendo a coesão interna da
>>> área.  O importante é que não se tome erroneamente a idéia
>>> que alguns "dominem"  a área por se posicionarem mais
>>> efusivamente.
>>>
>>> Comentário:
>>>
>>> O tal de Popper, assim como outros como Kuhn e Piage, são
>>> base de toda uma Teoria.  É completamente ridículo dizer-se que
>>> concorda ou não com tais personalidades (acho que tomaria zero
>>> em uma prova nas nossas Universidades), assim como seria
>>> sem senso dizer que concorda ou não com Sócrates ou Aristóteles.
>>>
>>> Depois do ponta-pé inicial destes camaradas, muito já foi discutido
>>> e trabalhando nas áreas que eles são protagonistas.  Assiim
>>> discussões mais sérias respeitaria tudo mais que já se falou sobre.
>>>
>>> Em particular sobre Popper, trata prioritariamente das ditas Ciências
>>> Naturais/Experimentais, des considerando, entre outras, as Ciências
>>> Humanas, na linha positivista normal à época.
>>>
>>> Abraços, Claus
>>>
>>>
>>> 2011/9/18 Eduardo Ochs 
>>>
>>> > Desculpem me meter com uma questão de netiqueta, mas lá vai. Não
>>> > consigo mais me controlar!!! 8-|
>>> >
>>> > O Dória tem mandado essas mensagens de uma ou duas linhas na qual nada
>>> > fica explicado... e pelo menos uma vez ele já usou um argumento de
>>> > autoridade explícito - "Sou quimico, Walter":
>>> >
>>> >
>>> http://www.dimap.ufrn.br/pipermail/logica-l/2011-September/006043.html
>>> >
>>> > No início eu achava que praticamente todo mundo ficava frustrado com
>>> > essas mensagens, mas ninguém se atrevia a falar nada... agora eu estou
>>> > vendo que apesar de que eu teria jurado de pés juntos que elas são
>>> > irrespondíveis - eu pensava: como é que a gente vai dialogar com
>>> > alguém que diz coisas como estas,
>>> >
>>> >
>>> http://www.dimap.ufrn.br/pipermail/logica-l/2011-September/005993.html
>>> >
>>> http://www.dimap.ufrn.br/pipermail/logica-l/2011-September/005995.html
>>> >
>>> > e que dificilmente vai responder mais que uma linha? Mas aí eu vi que
>>> > não só ninguém reclamou como algumas pessoas discutiam com o Dória com
>>> > a maior naturalidade... aí aqui o Dória diz que o _Júlio_ tá usando um
>>> > argumento de autoridade ao citar o Marcelo Gleiser,
>>> >
>>> >
>>> http://www.dimap.ufrn.br/pipermail/logica

Re: [Logica-l] iPhone

2011-09-18 Por tôpico Manuel Doria
Essa é uma questão do expertise do Dr Carnielli e outros membros da lista
que trabalham com lógica informal/argumentativa (área que julgo de
importância suprema)

Nem todo apelo a autoridades é uma instância da falácia *argumentum ad
verecundiam*. O problema são apelos a autoridades *inadequadas*. Apelos a
autoridade *legítimos* são legítimos quando servem como um *proxy* para a
justificação epistêmica.

Por exemplo, em uma discussão hipotética onde alguém está insistindo que um
prédio foi mal projetado e outro rebate "você está errado, meu tio é
engenheiro civil e disse o contrário", em minha interpretação isso não é
necessariamente um *ad verecundiam*. Se as razões da autoridade que entrou
de pára-quedas na discussão justificam a asserção, mesmo que a pessoa que a
citou não saiba quais são, então o apelo a autoridade não foi falacioso.

Quando um apelo a autoridade é falacioso? Muitas vezes é difícil de
determinar, mas em geral quando nos apoiamos:

1) em autoridades que possuem expertise em uma área para falar de outra que
não é de seu expertise (por exemplo, se apoiar em opiniões de Einstein em
nutrição ou política em virtude dele ser Albert Einstein)

2) autoridades legítimas em determinada área cujo posicionamento não seja
consensual dentre os experts (ex: em cosmologia não faltam autoridades do
mais alto calibre como Roger Penrose ou Alan Guth mas quase sempre se apoiar
exclusivamente na autoridade de cosmólogos para falar a respeito de
cosmologia seria *ad verecundiam* porque não há consenso em muitos âmbitos,
então meramente sua menção não serviria como *proxy* para justificar uma
asserção)

Um forte abraço.

2011/9/18 Eduardo Ochs 

> Onde fica a linha divisória entre quem "sabe Física e Matemática" e
> quem não sabe? Me parece muito fácil dizer "se você não entende o que
> eu digo, vai estudar"... Mas aí você acaba escrevendo mensagens de uma
> linha que são úteis pra pouca gente e antipáticas pra muitos...
> Enquanto algo um pouquinho mais bem explicado seria mais útil para
> todos.
>
> > 2) digito com dificuldade.
>
> Como assim?? Você pode explicar melhor como você funciona? Quando
> eu tenho dificuldade pra fazer alguma coisa eu penso bem mais antes de
> fazê-la... Eu passei um tempão tentando descobrir porque é que você
> tinha mandado essa mensagem daqui,
>
>  http://www.dimap.ufrn.br/pipermail/logica-l/2011-September/006081.html
>
> e não consegui fazer nenhuma hipótese razoável sobre qual era a sua
> intenção com ela...
>
> > (Disse que sou químico porque o sou; tive muitas horas de
> > laboratório, e, sim, aprendi que, na prática, a teoria é outra...)
>
> Não, você é alguém que sabe a senha do Dória e está se aproveitando de
> que o Dória era químico pra dizer qualquer coisa. Se você fosse
> químico você se comportaria como tal.
>
>  [[]],
> Eduardo Ochs
>eduardoo...@gmail.com
>http://angg.twu.net/
>
>
> 2011/9/18 Francisco Antonio Doria 
>
> > Três coisas:
> >
> > 1) estava viajando, com o iPhone mas sem computador.
> >
> > 2) digito com dificuldade.
> >
> > 3) não vejo como fazer filosofia da física sem saber física - e
> matemática.
> >
> > Já apareceu aqui o argumento que retorna volta e meia, sobre o não ser a
> > matemática uma ciência. Física é ciência, matemática, de modo algum. aí
> > pergunto: e a teoria de Seiberg-Witten, é matemática ou física?
> Complicado,
> > e arbitrário decidi-lo...
> >
> > (Disse que sou químico porque o sou; tive muitas horas de laboratório, e,
> > sim, aprendi que, na prática, a teoria é outra...)
> >
> >
> > 2011/9/18 Claus Akira Horodynski Matsushigue 
> >
> >> Olá a todos...
> >>
> >> Eu concordo em gênero, número e grau com o Eduardo.
> >> Lembro que argumentos de autoridades são bem autoritários,
> >> ainda mais quando as "autoridades" citadas são os próprios
> >> e/ou de uma vizinhança próxima.
> >>
> >> Entretanto, com grande vigor, gostaria que relevássemos um
> >> tanto acontecimentos indelicados deste tipo em nome de um
> >> ótimo ambiente de harmonia e serenidade na nossa área, não
> >> deixando ocorrer nela o que ocorre em outras áreas.
> >>
> >> Assim, cada qual vai formando as suas próprias opiniões e
> >> tomando os seus lados, mas mantendo a coesão interna da
> >> área.  O importante é que não se tome erroneamente a idéia
> >> que alguns "dominem"  a área por se posicionarem mais
> >> efusivamente.
> >>
> >> Comentário:
> >>
> >> O tal de Popper, assim como outros como Kuhn e Piage, são
> >> base de toda uma Teoria.  É completamente ridículo dizer-se que
> >> concorda ou não com tais personalidades (acho que tomaria zero
> >> em uma prova nas nossas Universidades), assim como seria
> >> sem senso dizer que concorda ou não com Sócrates ou Aristóteles.
> >>
> >> Depois do ponta-pé inicial destes camaradas, muito já foi discutido
> >> e trabalhando nas áreas que eles são protagonistas.  Assiim
> >> discussões mais sérias respeitaria tudo mais que já se falou sobre.
> >>
> >> Em particular sobre Popper, trata prioritariame

Re: [Logica-l] iPhone

2011-09-18 Por tôpico Francisco Antonio Doria
Sim, e me explica o que o Marcelo disse.

Não há uma teoria só de multiversos; há uma porção delas. Em 1936 Hassler
Whitney provou o seguinte teorema: uma variedade diferencial arbitrária,
real, de dimensão n, pode ser sempre mergulhada num espaço euclideano real
de dimensão 2n + 1. Pega então um espaçotempo e mergulha no R^9. Há outros
espacostempo flutuando dentro do R^9? Interagem com o nosso?

Podem existir; e podem interargir. Com a teoria dos muitos mundos de
Everett, de 1957, a questão se levantou de novo. Mas não dá para, com um
golpe de mão, afastar esses muitos mundos. Ficamos aqui em suspenso.

Bom, mas para compreender um pouquinho melhor esses exemplos, é necessário
conhecê-los.



2011/9/18 Eduardo Ochs 

> Onde fica a linha divisória entre quem "sabe Física e Matemática" e
> quem não sabe? Me parece muito fácil dizer "se você não entende o que
> eu digo, vai estudar"... Mas aí você acaba escrevendo mensagens de uma
> linha que são úteis pra pouca gente e antipáticas pra muitos...
> Enquanto algo um pouquinho mais bem explicado seria mais útil para
> todos.
>
> > 2) digito com dificuldade.
>
> Como assim?? Você pode explicar melhor como você funciona? Quando
> eu tenho dificuldade pra fazer alguma coisa eu penso bem mais antes de
> fazê-la... Eu passei um tempão tentando descobrir porque é que você
> tinha mandado essa mensagem daqui,
>
>   http://www.dimap.ufrn.br/pipermail/logica-l/2011-September/006081.html
>
> e não consegui fazer nenhuma hipótese razoável sobre qual era a sua
> intenção com ela...
>
> > (Disse que sou químico porque o sou; tive muitas horas de
> > laboratório, e, sim, aprendi que, na prática, a teoria é outra...)
>
> Não, você é alguém que sabe a senha do Dória e está se aproveitando de
> que o Dória era químico pra dizer qualquer coisa. Se você fosse
> químico você se comportaria como tal.
>
>   [[]],
> Eduardo Ochs
> eduardoo...@gmail.com
> http://angg.twu.net/
>
>
> 2011/9/18 Francisco Antonio Doria 
>
>> Três coisas:
>>
>> 1) estava viajando, com o iPhone mas sem computador.
>>
>> 2) digito com dificuldade.
>>
>> 3) não vejo como fazer filosofia da física sem saber física - e
>> matemática.
>>
>> Já apareceu aqui o argumento que retorna volta e meia, sobre o não ser a
>> matemática uma ciência. Física é ciência, matemática, de modo algum. aí
>> pergunto: e a teoria de Seiberg-Witten, é matemática ou física? Complicado,
>> e arbitrário decidi-lo...
>>
>> (Disse que sou químico porque o sou; tive muitas horas de laboratório, e,
>> sim, aprendi que, na prática, a teoria é outra...)
>>
>>
>> 2011/9/18 Claus Akira Horodynski Matsushigue 
>>
>>> Olá a todos...
>>>
>>> Eu concordo em gênero, número e grau com o Eduardo.
>>> Lembro que argumentos de autoridades são bem autoritários,
>>> ainda mais quando as "autoridades" citadas são os próprios
>>> e/ou de uma vizinhança próxima.
>>>
>>> Entretanto, com grande vigor, gostaria que relevássemos um
>>> tanto acontecimentos indelicados deste tipo em nome de um
>>> ótimo ambiente de harmonia e serenidade na nossa área, não
>>> deixando ocorrer nela o que ocorre em outras áreas.
>>>
>>> Assim, cada qual vai formando as suas próprias opiniões e
>>> tomando os seus lados, mas mantendo a coesão interna da
>>> área.  O importante é que não se tome erroneamente a idéia
>>> que alguns "dominem"  a área por se posicionarem mais
>>> efusivamente.
>>>
>>> Comentário:
>>>
>>> O tal de Popper, assim como outros como Kuhn e Piage, são
>>> base de toda uma Teoria.  É completamente ridículo dizer-se que
>>> concorda ou não com tais personalidades (acho que tomaria zero
>>> em uma prova nas nossas Universidades), assim como seria
>>> sem senso dizer que concorda ou não com Sócrates ou Aristóteles.
>>>
>>> Depois do ponta-pé inicial destes camaradas, muito já foi discutido
>>> e trabalhando nas áreas que eles são protagonistas.  Assiim
>>> discussões mais sérias respeitaria tudo mais que já se falou sobre.
>>>
>>> Em particular sobre Popper, trata prioritariamente das ditas Ciências
>>> Naturais/Experimentais, des considerando, entre outras, as Ciências
>>> Humanas, na linha positivista normal à época.
>>>
>>> Abraços, Claus
>>>
>>>
>>> 2011/9/18 Eduardo Ochs 
>>>
>>> > Desculpem me meter com uma questão de netiqueta, mas lá vai. Não
>>> > consigo mais me controlar!!! 8-|
>>> >
>>> > O Dória tem mandado essas mensagens de uma ou duas linhas na qual nada
>>> > fica explicado... e pelo menos uma vez ele já usou um argumento de
>>> > autoridade explícito - "Sou quimico, Walter":
>>> >
>>> >
>>> http://www.dimap.ufrn.br/pipermail/logica-l/2011-September/006043.html
>>> >
>>> > No início eu achava que praticamente todo mundo ficava frustrado com
>>> > essas mensagens, mas ninguém se atrevia a falar nada... agora eu estou
>>> > vendo que apesar de que eu teria jurado de pés juntos que elas são
>>> > irrespondíveis - eu pensava: como é que a gente vai dialogar com
>>> > alguém que diz coisas como estas,
>>> >
>>> >
>>> http://www.dimap.u

Re: [Logica-l] iPhone

2011-09-18 Por tôpico Francisco Antonio Doria
kaì sú, téknon;

2011/9/18 Manuel Doria 

> Essa é uma questão do expertise do Dr Carnielli e outros membros da lista
> que trabalham com lógica informal/argumentativa (área que julgo de
> importância suprema)
>
> Nem todo apelo a autoridades é uma instância da falácia *argumentum ad
> verecundiam*. O problema são apelos a autoridades *inadequadas*. Apelos a
> autoridade *legítimos* são legítimos quando servem como um *proxy* para a
> justificação epistêmica.
>
> Por exemplo, em uma discussão hipotética onde alguém está insistindo que um
> prédio foi mal projetado e outro rebate "você está errado, meu tio é
> engenheiro civil e disse o contrário", em minha interpretação isso não é
> necessariamente um *ad verecundiam*. Se as razões da autoridade que entrou
> de pára-quedas na discussão justificam a asserção, mesmo que a pessoa que a
> citou não saiba quais são, então o apelo a autoridade não foi falacioso.
>
> Quando um apelo a autoridade é falacioso? Muitas vezes é difícil de
> determinar, mas em geral quando nos apoiamos:
>
> 1) em autoridades que possuem expertise em uma área para falar de outra que
> não é de seu expertise (por exemplo, se apoiar em opiniões de Einstein em
> nutrição ou política em virtude dele ser Albert Einstein)
>
> 2) autoridades legítimas em determinada área cujo posicionamento não seja
> consensual dentre os experts (ex: em cosmologia não faltam autoridades do
> mais alto calibre como Roger Penrose ou Alan Guth mas quase sempre se apoiar
> exclusivamente na autoridade de cosmólogos para falar a respeito de
> cosmologia seria *ad verecundiam* porque não há consenso em muitos
> âmbitos, então meramente sua menção não serviria como *proxy* para
> justificar uma asserção)
>
> Um forte abraço.
>
> 2011/9/18 Eduardo Ochs 
>
>> Onde fica a linha divisória entre quem "sabe Física e Matemática" e
>> quem não sabe? Me parece muito fácil dizer "se você não entende o que
>> eu digo, vai estudar"... Mas aí você acaba escrevendo mensagens de uma
>> linha que são úteis pra pouca gente e antipáticas pra muitos...
>> Enquanto algo um pouquinho mais bem explicado seria mais útil para
>> todos.
>>
>> > 2) digito com dificuldade.
>>
>> Como assim?? Você pode explicar melhor como você funciona? Quando
>> eu tenho dificuldade pra fazer alguma coisa eu penso bem mais antes de
>> fazê-la... Eu passei um tempão tentando descobrir porque é que você
>> tinha mandado essa mensagem daqui,
>>
>>  http://www.dimap.ufrn.br/pipermail/logica-l/2011-September/006081.html
>>
>> e não consegui fazer nenhuma hipótese razoável sobre qual era a sua
>> intenção com ela...
>>
>> > (Disse que sou químico porque o sou; tive muitas horas de
>> > laboratório, e, sim, aprendi que, na prática, a teoria é outra...)
>>
>> Não, você é alguém que sabe a senha do Dória e está se aproveitando de
>> que o Dória era químico pra dizer qualquer coisa. Se você fosse
>> químico você se comportaria como tal.
>>
>>  [[]],
>> Eduardo Ochs
>>eduardoo...@gmail.com
>>http://angg.twu.net/
>>
>>
>> 2011/9/18 Francisco Antonio Doria 
>>
>> > Três coisas:
>> >
>> > 1) estava viajando, com o iPhone mas sem computador.
>> >
>> > 2) digito com dificuldade.
>> >
>> > 3) não vejo como fazer filosofia da física sem saber física - e
>> matemática.
>> >
>> > Já apareceu aqui o argumento que retorna volta e meia, sobre o não ser a
>> > matemática uma ciência. Física é ciência, matemática, de modo algum. aí
>> > pergunto: e a teoria de Seiberg-Witten, é matemática ou física?
>> Complicado,
>> > e arbitrário decidi-lo...
>> >
>> > (Disse que sou químico porque o sou; tive muitas horas de laboratório,
>> e,
>> > sim, aprendi que, na prática, a teoria é outra...)
>> >
>> >
>> > 2011/9/18 Claus Akira Horodynski Matsushigue 
>> >
>> >> Olá a todos...
>> >>
>> >> Eu concordo em gênero, número e grau com o Eduardo.
>> >> Lembro que argumentos de autoridades são bem autoritários,
>> >> ainda mais quando as "autoridades" citadas são os próprios
>> >> e/ou de uma vizinhança próxima.
>> >>
>> >> Entretanto, com grande vigor, gostaria que relevássemos um
>> >> tanto acontecimentos indelicados deste tipo em nome de um
>> >> ótimo ambiente de harmonia e serenidade na nossa área, não
>> >> deixando ocorrer nela o que ocorre em outras áreas.
>> >>
>> >> Assim, cada qual vai formando as suas próprias opiniões e
>> >> tomando os seus lados, mas mantendo a coesão interna da
>> >> área.  O importante é que não se tome erroneamente a idéia
>> >> que alguns "dominem"  a área por se posicionarem mais
>> >> efusivamente.
>> >>
>> >> Comentário:
>> >>
>> >> O tal de Popper, assim como outros como Kuhn e Piage, são
>> >> base de toda uma Teoria.  É completamente ridículo dizer-se que
>> >> concorda ou não com tais personalidades (acho que tomaria zero
>> >> em uma prova nas nossas Universidades), assim como seria
>> >> sem senso dizer que concorda ou não com Sócrates ou Aristóteles.
>> >>
>> >> Depois do ponta-pé inicial destes camaradas, muito já foi discutido
>> >> 

Re: [Logica-l] Critério de demarcação

2011-09-18 Por tôpico Manuel Doria
Para um popperiano, a origem da inspiração seria irrelevante para a
validação epistêmica da mecânica quântica por conta da separação lógica
entre o contexto de descoberta e contexto de justificação. Se for companhia
feminina, sonho visionário, alucinação ou um banho de mar, irrelevante.

Eu pessoalmente julgo que há argumentos fortes (alguns de índole quineana do
prospecto da naturalização da epistemologia) contra a existência de uma
separação lógica entre o contexto de descoberta e justificação, embora
possamos preservar a *distinção*.

Abraços.

2011/9/18 FAD 2 

> Mas me pergunto, por que Fierz e Pauli se interessariam por Jung? Eram
> tarados?
>
> Aliás qual o papel do bom sexo com sua namorada, no surgimento da mecânica
> de Schrödinger?
>
> Sent from my iPhone
>
> On 17/09/2011, at 14:16, Joao Marcos  wrote:
>
> >> Também achar que Jung estava correto por ser colaborador
> >> de dois físicos importantes, é uma nova forma de falácia:
> >> argumentum ad amicis.
> >
> > Gostei do diagnóstico.  Infelizmente esta é uma falácia muito popular no
> Brasil.
> >
> > JM
> >
> > --
> > http://sequiturquodlibet.googlepages.com/
> > ___
> > Logica-l mailing list
> > Logica-l@dimap.ufrn.br
> > http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
> ___
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> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
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Re: [Logica-l] Critério de demarcação

2011-09-18 Por tôpico Francisco Antonio Doria
Pois é, mas me pergunto até que ponto a presença da amante foi essencial a
Schrödinger...

2011/9/18 Manuel Doria 

> Para um popperiano, a origem da inspiração seria irrelevante para a
> validação epistêmica da mecânica quântica por conta da separação lógica
> entre o contexto de descoberta e contexto de justificação. Se for companhia
> feminina, sonho visionário, alucinação ou um banho de mar, irrelevante.
>
> Eu pessoalmente julgo que há argumentos fortes (alguns de índole quineana
> do prospecto da naturalização da epistemologia) contra a existência de uma
> separação lógica entre o contexto de descoberta e justificação, embora
> possamos preservar a *distinção*.
>
> Abraços.
>
>
> 2011/9/18 FAD 2 
>
>> Mas me pergunto, por que Fierz e Pauli se interessariam por Jung? Eram
>> tarados?
>>
>> Aliás qual o papel do bom sexo com sua namorada, no surgimento da mecânica
>> de Schrödinger?
>>
>> Sent from my iPhone
>>
>> On 17/09/2011, at 14:16, Joao Marcos  wrote:
>>
>> >> Também achar que Jung estava correto por ser colaborador
>> >> de dois físicos importantes, é uma nova forma de falácia:
>> >> argumentum ad amicis.
>> >
>> > Gostei do diagnóstico.  Infelizmente esta é uma falácia muito popular no
>> Brasil.
>> >
>> > JM
>> >
>> > --
>> > http://sequiturquodlibet.googlepages.com/
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>
>


-- 
fad

ahhata alati, awienta Wilushati
___
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Re: [Logica-l] Popper

2011-09-18 Por tôpico Manuel Doria
Multiverso, M-theory e outros desenvolvimentos cutting edge da Física eu
classificaria tipicamente como "ciência fronteiriça", certamente não como
não-ciência ou pseudociência.

Nem toda conjectura de teorias de multiverso (há um variedade enorme delas,
Max Tegmark tem uma taxonomia) é inverificável.

Dou um exemplo que irá servir para teorias de universos paralelos
originárias da interpretação de Everett na Mecânica Quântica (contrariamente
ao reconhecimento popular da tese, o trabalho original de Everett *não
endossava* de um realismo modal onde as configurações fisicamente possíveis
descritas pela função de onda universal existem na forma de universos
paralelos, embora este seja um desenvolvimento natural do trabalho).

Frank Tipler propôs um experimento crucial para confirmar a existência de
universos paralelos para o qual ainda não chegamos ao threshold tecnológico
para realizar:

http://arxiv.org/abs/0809.4422

Um forte abraço.

2011/9/18 Julio Fontana 

> "Um contra muitos" no debate. Não faço guerra. Gosto dessas discussões.
> Caso contrário, não seria popperiano.
> Conheço superficialmente a teoria proposta pelo físico Max Tegmark. Não
> posso conhecer tudo por mim mesmo. Devo me apoiar em outros o tempo todo. O
> mundo é muito complexo para ser compreendido por um só homem. Estou apoiado
> no Marcelo Gleiser. Não é argumento de autoridade. Não estou afirmando que
> ele está certo por ser o Marcelo Gleiser. Acredito que Gleiser possua boas
> razões para fazer tal afirmação. Estou esperando as suas. O ideal era
> colocar o Gleiser no debate. Eu não sou físico. Não posso discutir questões
> técnicas com os físicos. Posso discutir questões epistemológicas. O filósofo
> faz isso.
> Constatada a diaphonia eu suspendo o juízo.
>
> Julio Fontana
>
> De: FAD 2 
> Para: Julio Fontana 
> Cc: Walter Carnielli ; "logica-l@dimap.ufrn.br"
> 
> Enviadas: Domingo, 18 de Setembro de 2011 10:13
> Assunto: Re: [Logica-l] Popper
>
> Mas nao eh guerra, Julio...
>
> Sent from my iPhone
>
> On 18/09/2011, at 09:58, Julio Fontana 
> wrote:
>
> > Refiro-me ao senhor mesmo. Estou incorreto quanto à referência? Há até um
> quadrinho retratando isso! O senhor tem como me enviar a sua participação na
> discussão? Esse negócio de "um contra muitos" é complicado. Por isso,
> prefiro o Facebook. Há uma foto e posso visualizar a participação de cada um
> a todo momento.
> >
> >
> > Julio Fontana
> > Bacharel em Filosofia pela PUC-Rio
> > Especialização em cultura clássica greco-latina.
> >
> > De: Walter Carnielli 
> > Para: Julio Fontana 
> > Cc: logica-l@dimap.ufrn.br
> > Enviadas: Domingo, 18 de Setembro de 2011 9:52
> > Assunto: Re: [Logica-l] Popper
> >
> > Olá Júlio,
> >
> > obrigado pela referência, imagino  que  "Carnieli" deva
> > se referir a  mim.  :-)  Se for, não estou requesitanto (ou melhor,
> > requisitando) preto no branco: estou perguntando, àqueles que nos
> > explicam Popper, o que Sir Karl diria sobre aqueles fenômenos que
> > introduzi na conversa...
> > Abs,
> >
> > Walter
> >
> > Em 18 de setembro de 2011 09:27, Julio Fontana
> >  escreveu:
> >> Colegas da lista,
> >>
> >> Nada melhor do que a discordância para avançar o conhecimento ...
> >>
> >> Em primeiro lugar, não acho que o critério de demarcação de Popper seja
> claro o bastante para apontarmos com certeza o que é ou o que não é ciência
> (ele jamais insinuou ser assim). Em CR ele afirmou veementemente que a
> fronteira era permeável. Carnieli (Pensamento Crítico) sustenta que o fato
> de não podermos distinguir o claro da absoluta escuridão não implica que não
> haja diferença entre esses dois estados. Agora está requesitando preto no
> branco. Nada é preto no branco!
> >>
> >> A refutabilidade é uma possibilidade, não precisa ser um acontecimento
> concreto. A teoria pode ser refutada daqui a 1000 anos ou jamais vir a ser
> refutada, mas deve permitir isso caso venha a se apresentar um fato que lhe
> contradiz, e não contradiz uma teoria rival. Certamente os cientistas fazem
> uso de estratagemas convencionalistas ou salvam suas teorias da refutação o
> tempo todo, mas Popper recomenda que se o fizerem, as hipóteses ad hoc devem
> acrescer conteúdo informativo. Caso leiam somente a Introdução da obra podem
> perder o néctar da filosofia popperiana. Lembro inclusive que ele,
> diferentemente de Kuhn não está descrevendo a ciência, mas está fazendo
> lógica da ciência (normativo). Quase 100 anos se passaram desde a primeira
> obra de Popper. Certamente muito se acrescentou ao nosso entendimento da
> ciência. Agora dizer que Popper é somente história só pode ser brincadeira!
> Ainda há muitos físicos que estão no paradigma
> >>  metodológico do século XIX! Os mais avançados falam em refutação!
> Hawking chega a citar Popper como definição de ciência! Afirmar que Popper
> matou a critividade científica? Foi justamente ele que se revoltou com o
> paradigma do mecanismo do método indutivo tão em voga na ciência do século
> XIX e início do XX. Os cienti

Re: [Logica-l] Popper

2011-09-18 Por tôpico Francisco Antonio Doria
Fronteiriço, Manuel, palavra bem escolhida...

2011/9/18 Manuel Doria 

> Multiverso, M-theory e outros desenvolvimentos cutting edge da Física eu
> classificaria tipicamente como "ciência fronteiriça", certamente não como
> não-ciência ou pseudociência.
>
> Nem toda conjectura de teorias de multiverso (há um variedade enorme delas,
> Max Tegmark tem uma taxonomia) é inverificável.
>
> Dou um exemplo que irá servir para teorias de universos paralelos
> originárias da interpretação de Everett na Mecânica Quântica (contrariamente
> ao reconhecimento popular da tese, o trabalho original de Everett *não
> endossava* de um realismo modal onde as configurações fisicamente
> possíveis descritas pela função de onda universal existem na forma de
> universos paralelos, embora este seja um desenvolvimento natural do
> trabalho).
>
> Frank Tipler propôs um experimento crucial para confirmar a existência de
> universos paralelos para o qual ainda não chegamos ao threshold tecnológico
> para realizar:
>
> http://arxiv.org/abs/0809.4422
>
> Um forte abraço.
>
> 2011/9/18 Julio Fontana 
>
>> "Um contra muitos" no debate. Não faço guerra. Gosto dessas discussões.
>> Caso contrário, não seria popperiano.
>> Conheço superficialmente a teoria proposta pelo físico Max Tegmark. Não
>> posso conhecer tudo por mim mesmo. Devo me apoiar em outros o tempo todo. O
>> mundo é muito complexo para ser compreendido por um só homem. Estou apoiado
>> no Marcelo Gleiser. Não é argumento de autoridade. Não estou afirmando que
>> ele está certo por ser o Marcelo Gleiser. Acredito que Gleiser possua boas
>> razões para fazer tal afirmação. Estou esperando as suas. O ideal era
>> colocar o Gleiser no debate. Eu não sou físico. Não posso discutir questões
>> técnicas com os físicos. Posso discutir questões epistemológicas. O filósofo
>> faz isso.
>> Constatada a diaphonia eu suspendo o juízo.
>>
>> Julio Fontana
>>
>> De: FAD 2 
>> Para: Julio Fontana 
>> Cc: Walter Carnielli ; "
>> logica-l@dimap.ufrn.br" 
>> Enviadas: Domingo, 18 de Setembro de 2011 10:13
>> Assunto: Re: [Logica-l] Popper
>>
>> Mas nao eh guerra, Julio...
>>
>> Sent from my iPhone
>>
>> On 18/09/2011, at 09:58, Julio Fontana 
>> wrote:
>>
>> > Refiro-me ao senhor mesmo. Estou incorreto quanto à referência? Há até
>> um quadrinho retratando isso! O senhor tem como me enviar a sua participação
>> na discussão? Esse negócio de "um contra muitos" é complicado. Por isso,
>> prefiro o Facebook. Há uma foto e posso visualizar a participação de cada um
>> a todo momento.
>> >
>> >
>> > Julio Fontana
>> > Bacharel em Filosofia pela PUC-Rio
>> > Especialização em cultura clássica greco-latina.
>> >
>> > De: Walter Carnielli 
>> > Para: Julio Fontana 
>> > Cc: logica-l@dimap.ufrn.br
>> > Enviadas: Domingo, 18 de Setembro de 2011 9:52
>> > Assunto: Re: [Logica-l] Popper
>> >
>> > Olá Júlio,
>> >
>> > obrigado pela referência, imagino  que  "Carnieli" deva
>> > se referir a  mim.  :-)  Se for, não estou requesitanto (ou melhor,
>> > requisitando) preto no branco: estou perguntando, àqueles que nos
>> > explicam Popper, o que Sir Karl diria sobre aqueles fenômenos que
>> > introduzi na conversa...
>> > Abs,
>> >
>> > Walter
>> >
>> > Em 18 de setembro de 2011 09:27, Julio Fontana
>> >  escreveu:
>> >> Colegas da lista,
>> >>
>> >> Nada melhor do que a discordância para avançar o conhecimento ...
>> >>
>> >> Em primeiro lugar, não acho que o critério de demarcação de Popper seja
>> claro o bastante para apontarmos com certeza o que é ou o que não é ciência
>> (ele jamais insinuou ser assim). Em CR ele afirmou veementemente que a
>> fronteira era permeável. Carnieli (Pensamento Crítico) sustenta que o fato
>> de não podermos distinguir o claro da absoluta escuridão não implica que não
>> haja diferença entre esses dois estados. Agora está requesitando preto no
>> branco. Nada é preto no branco!
>> >>
>> >> A refutabilidade é uma possibilidade, não precisa ser um acontecimento
>> concreto. A teoria pode ser refutada daqui a 1000 anos ou jamais vir a ser
>> refutada, mas deve permitir isso caso venha a se apresentar um fato que lhe
>> contradiz, e não contradiz uma teoria rival. Certamente os cientistas fazem
>> uso de estratagemas convencionalistas ou salvam suas teorias da refutação o
>> tempo todo, mas Popper recomenda que se o fizerem, as hipóteses ad hoc devem
>> acrescer conteúdo informativo. Caso leiam somente a Introdução da obra podem
>> perder o néctar da filosofia popperiana. Lembro inclusive que ele,
>> diferentemente de Kuhn não está descrevendo a ciência, mas está fazendo
>> lógica da ciência (normativo). Quase 100 anos se passaram desde a primeira
>> obra de Popper. Certamente muito se acrescentou ao nosso entendimento da
>> ciência. Agora dizer que Popper é somente história só pode ser brincadeira!
>> Ainda há muitos físicos que estão no paradigma
>> >>  metodológico do século XIX! Os mais avançados falam em refutação!
>> Hawking chega a citar Popper como definição de ciência! 

Re: [Logica-l] Popper

2011-09-18 Por tôpico Manuel Doria
Uso fronteiriço/borderlands/fringe no sentido não-pejorativo do termo, como
uma área nebulosa no contínuo de ciência ou não-ciência

2011/9/18 Francisco Antonio Doria 

> Fronteiriço, Manuel, palavra bem escolhida...
>
>
> 2011/9/18 Manuel Doria 
>
>> Multiverso, M-theory e outros desenvolvimentos cutting edge da Física eu
>> classificaria tipicamente como "ciência fronteiriça", certamente não como
>> não-ciência ou pseudociência.
>>
>> Nem toda conjectura de teorias de multiverso (há um variedade enorme
>> delas, Max Tegmark tem uma taxonomia) é inverificável.
>>
>> Dou um exemplo que irá servir para teorias de universos paralelos
>> originárias da interpretação de Everett na Mecânica Quântica (contrariamente
>> ao reconhecimento popular da tese, o trabalho original de Everett *não
>> endossava* de um realismo modal onde as configurações fisicamente
>> possíveis descritas pela função de onda universal existem na forma de
>> universos paralelos, embora este seja um desenvolvimento natural do
>> trabalho).
>>
>> Frank Tipler propôs um experimento crucial para confirmar a existência de
>> universos paralelos para o qual ainda não chegamos ao threshold tecnológico
>> para realizar:
>>
>> http://arxiv.org/abs/0809.4422
>>
>> Um forte abraço.
>>
>> 2011/9/18 Julio Fontana 
>>
>>> "Um contra muitos" no debate. Não faço guerra. Gosto dessas discussões.
>>> Caso contrário, não seria popperiano.
>>> Conheço superficialmente a teoria proposta pelo físico Max Tegmark. Não
>>> posso conhecer tudo por mim mesmo. Devo me apoiar em outros o tempo todo. O
>>> mundo é muito complexo para ser compreendido por um só homem. Estou apoiado
>>> no Marcelo Gleiser. Não é argumento de autoridade. Não estou afirmando que
>>> ele está certo por ser o Marcelo Gleiser. Acredito que Gleiser possua boas
>>> razões para fazer tal afirmação. Estou esperando as suas. O ideal era
>>> colocar o Gleiser no debate. Eu não sou físico. Não posso discutir questões
>>> técnicas com os físicos. Posso discutir questões epistemológicas. O filósofo
>>> faz isso.
>>> Constatada a diaphonia eu suspendo o juízo.
>>>
>>> Julio Fontana
>>>
>>> De: FAD 2 
>>> Para: Julio Fontana 
>>> Cc: Walter Carnielli ; "
>>> logica-l@dimap.ufrn.br" 
>>> Enviadas: Domingo, 18 de Setembro de 2011 10:13
>>> Assunto: Re: [Logica-l] Popper
>>>
>>> Mas nao eh guerra, Julio...
>>>
>>> Sent from my iPhone
>>>
>>> On 18/09/2011, at 09:58, Julio Fontana 
>>> wrote:
>>>
>>> > Refiro-me ao senhor mesmo. Estou incorreto quanto à referência? Há até
>>> um quadrinho retratando isso! O senhor tem como me enviar a sua participação
>>> na discussão? Esse negócio de "um contra muitos" é complicado. Por isso,
>>> prefiro o Facebook. Há uma foto e posso visualizar a participação de cada um
>>> a todo momento.
>>> >
>>> >
>>> > Julio Fontana
>>> > Bacharel em Filosofia pela PUC-Rio
>>> > Especialização em cultura clássica greco-latina.
>>> >
>>> > De: Walter Carnielli 
>>> > Para: Julio Fontana 
>>> > Cc: logica-l@dimap.ufrn.br
>>> > Enviadas: Domingo, 18 de Setembro de 2011 9:52
>>> > Assunto: Re: [Logica-l] Popper
>>> >
>>> > Olá Júlio,
>>> >
>>> > obrigado pela referência, imagino  que  "Carnieli" deva
>>> > se referir a  mim.  :-)  Se for, não estou requesitanto (ou melhor,
>>> > requisitando) preto no branco: estou perguntando, àqueles que nos
>>> > explicam Popper, o que Sir Karl diria sobre aqueles fenômenos que
>>> > introduzi na conversa...
>>> > Abs,
>>> >
>>> > Walter
>>> >
>>> > Em 18 de setembro de 2011 09:27, Julio Fontana
>>> >  escreveu:
>>> >> Colegas da lista,
>>> >>
>>> >> Nada melhor do que a discordância para avançar o conhecimento ...
>>> >>
>>> >> Em primeiro lugar, não acho que o critério de demarcação de Popper
>>> seja claro o bastante para apontarmos com certeza o que é ou o que não é
>>> ciência (ele jamais insinuou ser assim). Em CR ele afirmou veementemente que
>>> a fronteira era permeável. Carnieli (Pensamento Crítico) sustenta que o fato
>>> de não podermos distinguir o claro da absoluta escuridão não implica que não
>>> haja diferença entre esses dois estados. Agora está requesitando preto no
>>> branco. Nada é preto no branco!
>>> >>
>>> >> A refutabilidade é uma possibilidade, não precisa ser um acontecimento
>>> concreto. A teoria pode ser refutada daqui a 1000 anos ou jamais vir a ser
>>> refutada, mas deve permitir isso caso venha a se apresentar um fato que lhe
>>> contradiz, e não contradiz uma teoria rival. Certamente os cientistas fazem
>>> uso de estratagemas convencionalistas ou salvam suas teorias da refutação o
>>> tempo todo, mas Popper recomenda que se o fizerem, as hipóteses ad hoc devem
>>> acrescer conteúdo informativo. Caso leiam somente a Introdução da obra podem
>>> perder o néctar da filosofia popperiana. Lembro inclusive que ele,
>>> diferentemente de Kuhn não está descrevendo a ciência, mas está fazendo
>>> lógica da ciência (normativo). Quase 100 anos se passaram desde a primeira
>>> obra de Popper. Certamente muito se acrescentou ao

Re: [Logica-l] Popper

2011-09-18 Por tôpico Francisco Antonio Doria
sei, mas - é sugestivo.

2011/9/18 Manuel Doria 

> Uso fronteiriço/borderlands/fringe no sentido não-pejorativo do termo, como
> uma área nebulosa no contínuo de ciência ou não-ciência
>
> 2011/9/18 Francisco Antonio Doria 
>
>> Fronteiriço, Manuel, palavra bem escolhida...
>>
>>
>> 2011/9/18 Manuel Doria 
>>
>>> Multiverso, M-theory e outros desenvolvimentos cutting edge da Física eu
>>> classificaria tipicamente como "ciência fronteiriça", certamente não como
>>> não-ciência ou pseudociência.
>>>
>>> Nem toda conjectura de teorias de multiverso (há um variedade enorme
>>> delas, Max Tegmark tem uma taxonomia) é inverificável.
>>>
>>> Dou um exemplo que irá servir para teorias de universos paralelos
>>> originárias da interpretação de Everett na Mecânica Quântica (contrariamente
>>> ao reconhecimento popular da tese, o trabalho original de Everett *não
>>> endossava* de um realismo modal onde as configurações fisicamente
>>> possíveis descritas pela função de onda universal existem na forma de
>>> universos paralelos, embora este seja um desenvolvimento natural do
>>> trabalho).
>>>
>>> Frank Tipler propôs um experimento crucial para confirmar a existência de
>>> universos paralelos para o qual ainda não chegamos ao threshold tecnológico
>>> para realizar:
>>>
>>> http://arxiv.org/abs/0809.4422
>>>
>>> Um forte abraço.
>>>
>>> 2011/9/18 Julio Fontana 
>>>
 "Um contra muitos" no debate. Não faço guerra. Gosto dessas discussões.
 Caso contrário, não seria popperiano.
 Conheço superficialmente a teoria proposta pelo físico Max Tegmark. Não
 posso conhecer tudo por mim mesmo. Devo me apoiar em outros o tempo todo. O
 mundo é muito complexo para ser compreendido por um só homem. Estou apoiado
 no Marcelo Gleiser. Não é argumento de autoridade. Não estou afirmando que
 ele está certo por ser o Marcelo Gleiser. Acredito que Gleiser possua boas
 razões para fazer tal afirmação. Estou esperando as suas. O ideal era
 colocar o Gleiser no debate. Eu não sou físico. Não posso discutir questões
 técnicas com os físicos. Posso discutir questões epistemológicas. O 
 filósofo
 faz isso.
 Constatada a diaphonia eu suspendo o juízo.

 Julio Fontana

 De: FAD 2 
 Para: Julio Fontana 
 Cc: Walter Carnielli ; "
 logica-l@dimap.ufrn.br" 
 Enviadas: Domingo, 18 de Setembro de 2011 10:13
 Assunto: Re: [Logica-l] Popper

 Mas nao eh guerra, Julio...

 Sent from my iPhone

 On 18/09/2011, at 09:58, Julio Fontana 
 wrote:

 > Refiro-me ao senhor mesmo. Estou incorreto quanto à referência? Há até
 um quadrinho retratando isso! O senhor tem como me enviar a sua 
 participação
 na discussão? Esse negócio de "um contra muitos" é complicado. Por isso,
 prefiro o Facebook. Há uma foto e posso visualizar a participação de cada 
 um
 a todo momento.
 >
 >
 > Julio Fontana
 > Bacharel em Filosofia pela PUC-Rio
 > Especialização em cultura clássica greco-latina.
 >
 > De: Walter Carnielli 
 > Para: Julio Fontana 
 > Cc: logica-l@dimap.ufrn.br
 > Enviadas: Domingo, 18 de Setembro de 2011 9:52
 > Assunto: Re: [Logica-l] Popper
 >
 > Olá Júlio,
 >
 > obrigado pela referência, imagino  que  "Carnieli" deva
 > se referir a  mim.  :-)  Se for, não estou requesitanto (ou melhor,
 > requisitando) preto no branco: estou perguntando, àqueles que nos
 > explicam Popper, o que Sir Karl diria sobre aqueles fenômenos que
 > introduzi na conversa...
 > Abs,
 >
 > Walter
 >
 > Em 18 de setembro de 2011 09:27, Julio Fontana
 >  escreveu:
 >> Colegas da lista,
 >>
 >> Nada melhor do que a discordância para avançar o conhecimento ...
 >>
 >> Em primeiro lugar, não acho que o critério de demarcação de Popper
 seja claro o bastante para apontarmos com certeza o que é ou o que não é
 ciência (ele jamais insinuou ser assim). Em CR ele afirmou veementemente 
 que
 a fronteira era permeável. Carnieli (Pensamento Crítico) sustenta que o 
 fato
 de não podermos distinguir o claro da absoluta escuridão não implica que 
 não
 haja diferença entre esses dois estados. Agora está requesitando preto no
 branco. Nada é preto no branco!
 >>
 >> A refutabilidade é uma possibilidade, não precisa ser um
 acontecimento concreto. A teoria pode ser refutada daqui a 1000 anos ou
 jamais vir a ser refutada, mas deve permitir isso caso venha a se 
 apresentar
 um fato que lhe contradiz, e não contradiz uma teoria rival. Certamente os
 cientistas fazem uso de estratagemas convencionalistas ou salvam suas
 teorias da refutação o tempo todo, mas Popper recomenda que se o fizerem, 
 as
 hipóteses ad hoc devem acrescer conteúdo informativo. Caso leiam somente a
 Introdução da obra podem perder o néctar da filosofia popperiana. Lembro
 inclusiv

Re: [Logica-l] iPhone

2011-09-18 Por tôpico Rodrigo Freire
Acredito que seria mais adequado concentrar as discussões da lista na área
de lógica, traria mais benefícios para todos.

Por exemplo, tenho visto pouca discussão sobre o anuncio de um russo chamado
Kiselev que ZF prova que não existem cardinais inacessíveis.

Não conhecia esse russo, procurei no mathscinet e parece que ele tem alguns
trabalhos em teoria de conjuntos, desde a decada de 1970.

Alguém na lista tem mais informações sobre o Kiselev? Alguém sabe se algum
grupo está se dedicando a estudar os manuscritos do Kiselev?

Caso Kiselev esteja correto, muitos artigos no Annals tornam-se nulos: por
exemplo o famoso artigo do Solovay provando a consistencia de "Lebesgue
mensuráveis = Baire mensuráveis = partes de R" com ZF + DC.

Muitas carreiras de pesquisadores de alta reputação passam a ser nulas.

Outras questões surgem: caso Kiselev esteja correto, quais seriam os
impactos para lógica e fundamentos da matemática?

ZF seria um sistema aceitável caso prove a inexistência de cardinais
inacessíveis?

Pessoas costumam dizer que caso ZF seja inconsistente, algum recorte seria
feito que ainda resultaria em um sistema suficiente para
expressar/formalizar/organizar a maior parte da matemática clássica. Acho
essa resposta insatisfatória: um sistema que almeja ser (parte de )uma
fundamentação da matemática não pode ser um frankenstein qualquer. Acho que
nesse caso, essa atividade perderia o sentido: se o objetivo é simplesmente
achar um sistema capaz de organizar a matemática sem qualquer preocupação
conceitual, então a atividade de fundamentos se torna um jogo de gato e
rato. Ficamos correndo atrás de formalizar a matemática, e remendando nossas
tentativas frustradas. ZF já poderia ser considerado uma espécie de remendo.
Caso esse sistema se torne inaceitável, acho que não se trata de remendar
mais ainda. É preciso repensar a fundamentação.

Mesmo que Kiselev não esteja correto ele levanta um ponto importante: será
que alguns teóricos de conjuntos estão apostando muito alto ao concentrar
suas carreiras no estudo de cardinais muito grandes?


Enfim, acho que essas são algumas questões que podem ser debatidas com
proveito aqui na lista.


Abraço
Rodrigo
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[Logica-l] Kiselev

2011-09-18 Por tôpico Joao Marcos
Olá, Rodrigo:

> Por exemplo, tenho visto pouca discussão sobre o anuncio de um russo chamado
> Kiselev que ZF prova que não existem cardinais inacessíveis.

Bom, parece que ninguém entendeu ainda as demonstrações do Kiselev o
suficiente para saber se elas estão corretas...

Aproveito para acrescentar as referências correspondentes:
  
http://lanl.arxiv.org/find/all/1/ti:+AND+Inaccessibility+Subinaccessibility/0/1/0/all/0/1

Tudo que vi a respeito, infelizmente, foram algumas poucas mensagens
na f.o.m. mês passado.  Nada conclusivo.

> Outras questões surgem: caso Kiselev esteja correto, quais seriam os
> impactos para lógica e fundamentos da matemática?
>
> ZF seria um sistema aceitável caso prove a inexistência de cardinais
> inacessíveis?

E por que não seria? :-)

> Pessoas costumam dizer que caso ZF seja inconsistente, algum recorte seria
> feito que ainda resultaria em um sistema suficiente para
> expressar/formalizar/organizar a maior parte da matemática clássica. Acho
> essa resposta insatisfatória: um sistema que almeja ser (parte de )uma
> fundamentação da matemática não pode ser um frankenstein qualquer.

Bom, muita gente ainda acha que ZF já é um Frankenstein, e que bom
mesmo era se Frege tivesse estado correto nos seus Grundgesetze...

Mas parece que Frege superou o paradoxo e salvou sua carreira de modo
a ainda ser considerado hoje em dia um dos fundadores da Lógica
contemporânea, mesmo após seu fragoroso fracasso no tratamento da
aritmética.  Daí em diante, como sabemos, ele se dedicou à Filosofia,
com bastante sucesso (póstumo?).

Joao Marcos

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Re: [Logica-l] Kiselev

2011-09-18 Por tôpico Rodrigo Freire
Olá João



> ZF seria um sistema aceitável caso prove a inexistência de cardinais
> > inacessíveis?
>
> E por que não seria? :-)
>


Se Kiselev está certo, então eu já começo a desconfiar da consistencia de
ZF. É estranho que ZF prove que não há cardinais sequer fracamente
inacessíveis. Seria análogo a teoria de conjuntos sem o axioma do infinito
provar que não há conjuntos infinitos (e isso é equivalente a ZF é
inconsistente).

O cardinais inacessíveis não são definidos a partir de uma propriedade
combinatória estranha que, caso satisfeita, implica que o cardinal é grande.
São definidos como cardinais que não são alcançáveis pelas operações de
união e sucessor realizadas em ordinais abaixo dele. Como omega para os
ordinais finitos.




> Bom, muita gente ainda acha que ZF já é um Frankenstein, e que bom
> mesmo era se Frege tivesse estado correto nos seus Grundgesetze...
>

É, por isso eu disse que ZF já poderia ser considerado um remendo e que não
seria o caso de fazer outro remendo caso algum problema seja detectado.


Sobre o Kiselev, acho que ele deveria dar alguns seminários em algum grande
centro explicando a estratégia da prova para que alguns pesquisadores se
envolvam com o problema. Colocado assim no arxiv é mais difícil que as
pessoas se esforcem para entender tudo do zero, sem ter uma visão geral da
estratégia.

Abraço
Rodrigo
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Re: [Logica-l] iPhone

2011-09-18 Por tôpico Renato Siqueira
Eu tenho algo a dizer?"a palavra eh prata, o silencio, ouro"

On 9/18/11, Eduardo Ochs  wrote:
> Desculpem me meter com uma questão de netiqueta, mas lá vai. Não
> consigo mais me controlar!!! 8-|
>
> O Dória tem mandado essas mensagens de uma ou duas linhas na qual nada
> fica explicado... e pelo menos uma vez ele já usou um argumento de
> autoridade explícito - "Sou quimico, Walter":
>
>   http://www.dimap.ufrn.br/pipermail/logica-l/2011-September/006043.html
>
> No início eu achava que praticamente todo mundo ficava frustrado com
> essas mensagens, mas ninguém se atrevia a falar nada... agora eu estou
> vendo que apesar de que eu teria jurado de pés juntos que elas são
> irrespondíveis - eu pensava: como é que a gente vai dialogar com
> alguém que diz coisas como estas,
>
>   http://www.dimap.ufrn.br/pipermail/logica-l/2011-September/005993.html
>   http://www.dimap.ufrn.br/pipermail/logica-l/2011-September/005995.html
>
> e que dificilmente vai responder mais que uma linha? Mas aí eu vi que
> não só ninguém reclamou como algumas pessoas discutiam com o Dória com
> a maior naturalidade... aí aqui o Dória diz que o _Júlio_ tá usando um
> argumento de autoridade ao citar o Marcelo Gleiser,
>
>   http://www.dimap.ufrn.br/pipermail/logica-l/2011-September/006081.html
>
> e nas mensagens seguinte o Júlio fica tentando se defender... acho
> isso uma sacanagem, e a minha sensação é de que a gente tá preso
> dentro do "The Argument Sketch" do Monty Python...
>
> Acho que esse tipo de coisa merece um nome - "argumentum doricum"?
> "Argumentum ad iPhonum"?... Alguém mais tem alguma opinião a respeito
> disso - e agora, depois do meu desbafo, ficaria à vontade de
> compartilhar com os demais?...
>
>   [[]]s,
> Eduardo Ochs
> eduardoo...@gmail.com
> http://angg.twu.net/
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
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Re: [Logica-l] iPhone

2011-09-18 Por tôpico Renato Siqueira
Eu tenho algo a dizer: "a palavra eh prata, o silencio, ouro"

On 9/18/11, Eduardo Ochs  wrote:
> Desculpem me meter com uma questão de netiqueta, mas lá vai. Não
> consigo mais me controlar!!! 8-|
>
> O Dória tem mandado essas mensagens de uma ou duas linhas na qual nada
> fica explicado... e pelo menos uma vez ele já usou um argumento de
> autoridade explícito - "Sou quimico, Walter":
>
>   http://www.dimap.ufrn.br/pipermail/logica-l/2011-September/006043.html
>
> No início eu achava que praticamente todo mundo ficava frustrado com
> essas mensagens, mas ninguém se atrevia a falar nada... agora eu estou
> vendo que apesar de que eu teria jurado de pés juntos que elas são
> irrespondíveis - eu pensava: como é que a gente vai dialogar com
> alguém que diz coisas como estas,
>
>   http://www.dimap.ufrn.br/pipermail/logica-l/2011-September/005993.html
>   http://www.dimap.ufrn.br/pipermail/logica-l/2011-September/005995.html
>
> e que dificilmente vai responder mais que uma linha? Mas aí eu vi que
> não só ninguém reclamou como algumas pessoas discutiam com o Dória com
> a maior naturalidade... aí aqui o Dória diz que o _Júlio_ tá usando um
> argumento de autoridade ao citar o Marcelo Gleiser,
>
>   http://www.dimap.ufrn.br/pipermail/logica-l/2011-September/006081.html
>
> e nas mensagens seguinte o Júlio fica tentando se defender... acho
> isso uma sacanagem, e a minha sensação é de que a gente tá preso
> dentro do "The Argument Sketch" do Monty Python...
>
> Acho que esse tipo de coisa merece um nome - "argumentum doricum"?
> "Argumentum ad iPhonum"?... Alguém mais tem alguma opinião a respeito
> disso - e agora, depois do meu desbafo, ficaria à vontade de
> compartilhar com os demais?...
>
>   [[]]s,
> Eduardo Ochs
> eduardoo...@gmail.com
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