Re: [Logica-l] [OFF] Fwd: [Sbc-l] Nicolelis e a comissão

2011-03-05 Por tôpico Francisco Antonio Doria
Esse movimento continua pedindo bolsa pra quem não produz?

2011/3/4 Adolfo Neto 

> -- Forwarded message --
> From: Otavio Carpinteiro 
> Date: 2011/3/4
> Subject: [Sbc-l] Nicolelis e a comissão
> To: sb...@sbc.org.br
>
>
>
>
> http://www.viomundo.com.br/entrevistas/nicolelis-e-a-comissao-da-ciencia-brasileira-estrategias-para-o-futuro.html
>
>
> este e' o o "link" com a entrevista do
> neurocientista Miguel Nicolelis e com os
> nomes da comissao do futuro da Ciencia
> Brasileira, a ser presidida por ele .
>
> A entrevista e' muito interessante e com
> muitos pontos em comum com o Manifesto
> Nacional aos Orgaos de C&T, disponivel em:
> http://democracia-e-transparencia-em-ct.blogspot.com/
>
> a proposito, o Nicolelis recebeu copia do
> Manifesto ha' uns bons tempos atras ...
>
> Otavio
>
> Otavio Augusto S. Carpinteiro, D.Phil.
>
> Research Group on Systems and Computer Engineering
>
> Federal University of Itajuba
>
> Av. BPS, 1303, Itajuba, MG, 37500-903, Brazil
>
> Phone: +55 (35) 3629-1325
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> E-mails: otavio.carpinteiro 'em' gmail.com;
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> otavio 'em' unifei.edu.br
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> H-Page:  http://www.gpesc.unifei.edu.br/membros/otavio.html
>
>
>
>
>
>  Mensagem original   Assunto: Nicolelis e a comissão
> Data: Fri,
> 4 Mar 2011 11:30:07 -0300 (BRT)  De: leper...@fcfar.unesp.br  Responder a:
> bolsa_produtivid...@googlegroups.com  Para:
> bolsa_produtivid...@googlegroups.com
>
> Saiu a comissão a ser presidida pelo Prof Miguel Nicolelis. E mais um
> pouquinho
> do que ele pensa
> Está no VIOMUNDO e repercutido no Blog do Nassif,
> hoje.
> http://www.viomundo.com.br/entrevistas/nicolelis-e-a-comissao-da-ciencia-brasileira-estrategias-para-o-futuro.html
> Abraço do
> Salvador
>
> Prof Dr José Salvador Lepera
> Toxicologia - FCFAr-UNESP
> Rodovia Araraquara - Jaú, Km 01
> 14 801 - 902 - Ararquara - SP.
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Re: [Logica-l] Como a linguagem (idioma) influencia no processo cognitivo

2011-03-05 Por tôpico Jaison Schinaider
Lembrou-me (com certo limite) Wittgenstein, e a sua filosofia da linguagem,
principalmente na frase: "Assim, pode não existir grande quantidade de
pensamento humano adulto quando a linguagem não desempenha um papel
significativo."

Abraços,

Jaison Schinaider

Em 4 de março de 2011 07:42, psdias2  escreveu:

> Abaixo, transcrevo um artigo da Scientific American Brasil, deste mês, que
> trata de como a linguagem
> (idioma) influencia o processo cognitivo (e vice-versa). É bastante
> interessante e, em muitos trechos,
> bastante engraçado.
>
> Obs.: O artigo está disponível diretamente no site da Scientific American
> Brasil:
>
>
> http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/como_a_linguagem_modela_o_pensamento.html
>
> Paulo
>
> *Como a Linguagem Modela o Pensamento*
>
> *Diferentes idiomas afetam de maneiras distintas a percepção do mundo*
>
> /por Lera Boroditsky/
>
> Estou diante de uma menina de 5 anos em pormpuraaw, uma pequena comunidade
> aborígene na borda oeste do Cabo York, no norte da Austrália Quando peço
> para ela me mostrar o norte, ela aponta com precisão e sem hesitação. A
> bússola confirma que ela está certa. Mais tarde, de volta a uma sala de
> conferências na Stanford University, faço o mesmo pedido a um público de
> ilustres acadêmicos, ganhadores de medalhas de ciência e prêmios de gênios.
> Peço-lhes para fechar os olhos (para que não nos enganem) e apontem o norte.
> Muitos se recusam por não saberem a resposta. Aqueles que fazem questão de
> se demorar um pouco para refletir sobre o assunto, em seguida apontam em
> todas as direções possíveis. Venho repetindo esse exercício em Harvard e
> Princeton e em Moscou, Londres e Pequim, sempre com os mesmos resultados.
>
> Uma criança de cinco anos de idade em uma cultura pode fazer algo com
> facilidade que cientistas eminentes de outras culturas lutam para conseguir.
> O que poderia explicar isso? Parece que a resposta surpreendente é a
> linguagem.
>
> A noção de que diferentes idiomas possam transmitir diferentes habilidades
> cognitivas remonta a séculos. Desde 1930, essa associação foi indicada pelos
> linguistas americanos Edward Sapir e Benjamin Lee Whorf, que estudaram como
> as línguas variam, e propuseram maneiras pelas quais os falantes de idiomas
> distintos podem pensar de forma diferente. Na década de 70, muitos
> cientistas ficaram decepcionados com a hipótese de Sapir-Whorf, e ela foi
> praticamente abandonada. Mas agora, décadas depois, um sólido corpo de
> evidências empíricas demonstrando como os diferentes idiomas modelam o
> pensamento finalmente emergiu. As evidências derrubam o dogma de longa data
> sobre a universalidade e rendem visões fascinantes sobre as origens do
> conhecimento e a construção da realidade. Os resultados têm implicações
> relevantes para o direito, a política e a educação.
>
> Ao redor do mundo, as pessoas se comunicam usando uma deslumbrante
> variedade de idiomas -- mais ou menos 7 mil ao todo --, e cada um deles
> exige condições muito diferentes de seus falantes. Suponha, por exemplo, que
> eu queira dizer que vi a peça Tio Vânia na Rua 42. Em mian, língua falada em
> Papua, Nova Guiné, o verbo que usei revelaria se o evento acabou de
> acontecer, aconteceu ontem ou em passado remoto, enquanto na Indonésia, o
> verbo não denotaria sequer se o evento já aconteceu ou ainda está para
> acontecer. Em russo, o verbo revelaria o meu gênero. Em mandarim, eu teria
> de especificar se o tio do título é materno ou paterno e se ele está
> relacionado por laços de sangue ou de casamento, porque há vocábulos
> diferentes para todos esses tipos diferentes de tios e assim por diante (ele
> é irmão da mãe, como a tradução chinesa claramente expressa). E em pirarrã,
> língua falada no Amazonas, eu não poderia dizer "42", porque não há palavras
> que expressem números exatos, apenas vocábulos para "poucos" e "muitos".
>
> Pesquisas em meu laboratório e em vários outros vêm descobrindo como a
> linguagem molda até mesmo as dimensões mais fundamentais da experiência
> humana: espaço, tempo, causalidade e relacionamentos com os outros.
>
> Voltemos a Pormpuraaw. Ao contrário do inglês, o kuuk thaayorre, idioma
> falado em Pormpuraaw não usa termos relativos ao espaço como esquerda e
> direita. Em vez disso, os falantes de kuuk thaayorre conversam em termos de
> pontos cardeais absolutos (norte, sul, leste, oeste, e assim por diante).
> Claro que, em inglês também há termos designando os pontos cardeais, mas
> apenas em grandes escalas espaciais. Não diríamos, por exemplo: "Eles
> colocaram os garfos de sobremesa a sudeste dos garfos grandes." Mas em kuuk
> thaayorre os pontos cardeais são usados em todas as escalas. Isso significa
> que acaba se dizendo coisas como "o copo está a sudeste do prato" ou "o
> menino em pé ao sul de Mary é meu irmão". Em Pormpuraaw, deve-se estar
> permanentemente orientado, apenas para conseguir falar corretamente.
>
> Além disso, o trabalho inovador realizado por Stephen C. Levinson,

[Logica-l] Links sobre as teses de Jared Diamond

2011-03-05 Por tôpico psdias2

Professor Decio e demais colegas:

> Eu me interessei pelas teses de Lera Boroditski há algum tempo,
> tendo em vista meus credos de que nossa /cultura/ influencia
> em muito nossa visão de mundo (falando em breve), e nossa lógica.

Peço licença para postar algo que não tem relação direta com o assunto 
"linguagem e
processo cognitivo"  (e nem diretamente com os objetivos desta lista), 
mas que talvez

se relacione com o comentário do professor Decio
sobre "cultura e visão de mundo".  Abaixo, alguns links que enviei para 
uma outra lista

de discussão, sobre o trabaho de outro
autor bastante polêmico, que defende a tese de que elementos 
"geográficos" e "ambientais"
constituem-se nos fatores principais que explicam o grau de 
desenvolvimento dos povos

(desenvolvimento científico-tecnológico, econômico, político, etc.)

Desculpem se fugi muito do tema desta lista.

Paulo

--
Abaixo, links para uma entrevista, livro e documentário com o biólogo 
Jared Diamond.


Diamond é um biólogo que elaborou uma teoria tão interessante quanto 
polêmica,

para explicar a desigualdade entre as nações na Terra.

Para ele, as questões geográficas/ambientais tiveram (e têm) papel 
fundamental no nível de desenvolvimento

econômico e social de um povo.  No seu livro "Armas, Germes e Aço",
ele procura explicar como o poderia militar (armas), as doenças que 
contaminaram populações conquistadas (germes)
e a tecnoligia em geral (aço) levaram o planeta ao atual estágio de 
desigualdades entre os países.


a) Link da entrevista à revista Veja:
http://veja.abril.com.br/260510/liberdade-enriquece-p-019.shtml

b) Sinopse de seu livro:
http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/resenha/resenha.asp?nitem=599321&sid=9101186611331690013996339&k5=16A603DA&uid=


c) Links do documentário que foi baseado no seu livro:

EPISÓDIO 1
1/6) http://www.youtube.com/watch?v=4YRRSA289Cw
2/6) http://www.youtube.com/watch?v=AhHklB3LbpA
3/6) http://www.youtube.com/watch?v=OtH3lKid7tI
4/6) http://www.youtube.com/watch?v=IzfLTReZYvE
5/6) http://www.youtube.com/watch?v=BNZE3S35x74
6/6) http://www.youtube.com/watch?v=9-3USE5lj7Y

EPISÓDIO 2
1/6) http://www.youtube.com/watch?v=Dhux64mj4Ao
2/6) http://www.youtube.com/watch?v=pQN0J8EKp20
3/6) http://www.youtube.com/watch?v=JiToND-zIYs
4/6) http://www.youtube.com/watch?v=EMS3nMUOeLo
5/6) http://www.youtube.com/watch?v=sVtAUzkJaSA
6/6) http://www.youtube.com/watch?v=BttLwChNmkM

EPISÓDIO 3:  Infelizmente, o episódio 3 com legendas em português ainda não
está no Youtube.  Mas pode ser encontrado na Internet (com legendas).
Para ver em inglês, no Youtube, procure pelo nome original do documentário:
*"Guns*, *Germs and Steel*".



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Re: [Logica-l] [OFF] Fwd: [Sbc-l] Nicolelis e a comissão

2011-03-05 Por tôpico Adolfo Neto
Bem,

Após quase dois anos participando da lista de discussão das pessoas que
elaboraram os dois manifestos originais (
http://democracia-e-transparencia-em-ct.blogspot.com/ ), não tem nada a ver
com "pedir bolsa para quem não produz".

E a iniciativa do Nicolelis (descrita na entrevista), que não partiu do
 grupo, diga-se de passagem, mas que tem tudo a ver com o que sempre
defendemos, deixa isso bem claro. Sugiro que leiam a entrevista com ele e o
Manifesto da Ciência Tropical.

E quem concordar com nossas iniciativas, peço que assinem o nosso Segundo
Mainfesto em

http://manifestopesq.heroku.com

Nosso manifesto deverá ser apresentado ao Ministro de C&T ainda este ano.

[]s
Adolfo



2011/3/5 Francisco Antonio Doria 

> Esse movimento continua pedindo bolsa pra quem não produz?
>
> 2011/3/4 Adolfo Neto 
>
>> -- Forwarded message --
>> From: Otavio Carpinteiro 
>> Date: 2011/3/4
>> Subject: [Sbc-l] Nicolelis e a comissão
>> To: sb...@sbc.org.br
>>
>>
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>>
>> http://www.viomundo.com.br/entrevistas/nicolelis-e-a-comissao-da-ciencia-brasileira-estrategias-para-o-futuro.html
>>
>>
>> este e' o o "link" com a entrevista do
>> neurocientista Miguel Nicolelis e com os
>> nomes da comissao do futuro da Ciencia
>> Brasileira, a ser presidida por ele .
>>
>> A entrevista e' muito interessante e com
>> muitos pontos em comum com o Manifesto
>> Nacional aos Orgaos de C&T, disponivel em:
>> http://democracia-e-transparencia-em-ct.blogspot.com/
>>
>> a proposito, o Nicolelis recebeu copia do
>> Manifesto ha' uns bons tempos atras ...
>>
>> Otavio
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>> Otavio Augusto S. Carpinteiro, D.Phil.
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>>  Mensagem original   Assunto: Nicolelis e a comissão
>> Data: Fri,
>> 4 Mar 2011 11:30:07 -0300 (BRT)  De: leper...@fcfar.unesp.br  Responder
>> a:
>> bolsa_produtivid...@googlegroups.com  Para:
>> bolsa_produtivid...@googlegroups.com
>>
>> Saiu a comissão a ser presidida pelo Prof Miguel Nicolelis. E mais um
>> pouquinho
>> do que ele pensa
>> Está no VIOMUNDO e repercutido no Blog do Nassif,
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>> http://www.viomundo.com.br/entrevistas/nicolelis-e-a-comissao-da-ciencia-brasileira-estrategias-para-o-futuro.html
>> Abraço do
>> Salvador
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Re: [Logica-l] Como a linguagem (idioma) influencia no processo cognitivo

2011-03-05 Por tôpico Decio Krause
Olá a todos
Eu me interessei pelas teses de Lera Boroditski há algum tempo, tendo em vista 
meus credos de que nossa cultura influencia em muito nossa visão de mundo 
(falando em breve), e nossa lógica. Mas o que ela diz é que a linguagem 
influencia essa visão de mundo, com o que não concordo in totum. Com efeito, 
não falamos a mesma língua que os paraguaios, mas certamente partilhamos a 
mesma visão, a despeito de pequenas divergências; em todo caso, isso é 
complicado, algo completamente fuzzy, e os textos da Lera que li (e ela parece 
uma gata nas fotos) não me soam fortes o suficiente. Quando li seus textos há 
algum tempo, escrevi a ela no endereço indicado no seu site (sorry, Arthur por 
não usar a horrível expressão "liame"), perguntando se essas diferentes 
linguagens implicariam uma diferente matemática ou física (e, certamente, uma 
distinta lógica), que é para mim algo importante de se saber. Bom, creio que 
ela não teve tempo para responder a um e-mail do 3o mundo.  Mas lembro que 
Popper, no Conhecimento Objetivo (em algum lugar que não lembro no momento), 
chutou que Benjamin Lee Worth (é assim? estou de memória e posso me equivocar; 
corrijam por favor sem valer a pena) estudou of índios hopi e que eles, chuto 
eu, possivelmente teriam uma matemática diferente. Bem Há ainda análises da 
sociedade Zande, segundo alguns, permissível com contradições (com o que  não 
concordo).
Lera me parece brilhante, e seria bacana convidá-la para um papo aqui para nos 
conhecer e ver que, aqui nesse imenso Brasil apesar de falarmos a mesma língua, 
temos visões completamente distintas do mundo, graças a deus --em minúsculos 
(ou não?).
Abraços e obrigado, Paulo Dias, por nos trazer essa importante discussão. 
O que vocês acham? Isso  é importante. 
Abraços.
Décio


Decio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause

"Você não está pensando. Está meramente sendo lógico!"
(Bohr para Einstein)






Em 04/03/2011, às 07:42, psdias2 escreveu:

> Abaixo, transcrevo um artigo da Scientific American Brasil, deste mês, que 
> trata de como a linguagem
> (idioma) influencia o processo cognitivo (e vice-versa). É bastante 
> interessante e, em muitos trechos,
> bastante engraçado.
> 
> Obs.: O artigo está disponível diretamente no site da Scientific American 
> Brasil:
> 
> http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/como_a_linguagem_modela_o_pensamento.html
> 
> Paulo
> 
> *Como a Linguagem Modela o Pensamento*
> 
> *Diferentes idiomas afetam de maneiras distintas a percepção do mundo*
> 
> /por Lera Boroditsky/
> 
> Estou diante de uma menina de 5 anos em pormpuraaw, uma pequena comunidade 
> aborígene na borda oeste do Cabo York, no norte da Austrália Quando peço para 
> ela me mostrar o norte, ela aponta com precisão e sem hesitação. A bússola 
> confirma que ela está certa. Mais tarde, de volta a uma sala de conferências 
> na Stanford University, faço o mesmo pedido a um público de ilustres 
> acadêmicos, ganhadores de medalhas de ciência e prêmios de gênios. Peço-lhes 
> para fechar os olhos (para que não nos enganem) e apontem o norte. Muitos se 
> recusam por não saberem a resposta. Aqueles que fazem questão de se demorar 
> um pouco para refletir sobre o assunto, em seguida apontam em todas as 
> direções possíveis. Venho repetindo esse exercício em Harvard e Princeton e 
> em Moscou, Londres e Pequim, sempre com os mesmos resultados.
> 
> Uma criança de cinco anos de idade em uma cultura pode fazer algo com 
> facilidade que cientistas eminentes de outras culturas lutam para conseguir. 
> O que poderia explicar isso? Parece que a resposta surpreendente é a 
> linguagem.
> 
> A noção de que diferentes idiomas possam transmitir diferentes habilidades 
> cognitivas remonta a séculos. Desde 1930, essa associação foi indicada pelos 
> linguistas americanos Edward Sapir e Benjamin Lee Whorf, que estudaram como 
> as línguas variam, e propuseram maneiras pelas quais os falantes de idiomas 
> distintos podem pensar de forma diferente. Na década de 70, muitos cientistas 
> ficaram decepcionados com a hipótese de Sapir-Whorf, e ela foi praticamente 
> abandonada. Mas agora, décadas depois, um sólido corpo de evidências 
> empíricas demonstrando como os diferentes idiomas modelam o pensamento 
> finalmente emergiu. As evidências derrubam o dogma de longa data sobre a 
> universalidade e rendem visões fascinantes sobre as origens do conhecimento e 
> a construção da realidade. Os resultados têm implicações relevantes para o 
> direito, a política e a educação.
> 
> Ao redor do mundo, as pessoas se comunicam usando uma deslumbrante variedade 
> de idiomas -- mais ou menos 7 mil ao todo --, e cada um deles exige condições 
> muito diferentes de seus falantes. Suponha, por exemplo, que eu queira dizer 
> que vi a peça Tio Vânia na Rua 42. Em