Em 30/11/2006, às 11:17, Marcelo Mendes escreveu:
Uma das coisas que muito me chateia nessa "onda" do software livre adentrando nos meios empresariais e acadêmicos, até mesmo domésticos é que muita gente acredita que o SL é bom quando é "compatível" com os padrões de documentos/arquivos proprietários, trazendo sempre esse fardo pros aplicativos livres carregarem, ou seja, além de ser excelentes, comprirem seu papel, usarem padrões abertos, ainda tem que ser "compatível", como a bosta do .doc por exemplo, senão acham ruim.
Mas, em parte, isso é culpa da própria proposta de alguns projetos em SL. O próprio OpenOffice.org, qdo ainda era um produto proprietário (StarOffice?) e antes de ser comprado pela Sun, tinha uma interface integrada e a proposta dele era q um documento é uma coisa só, seja texto, planilha, apresetnação, etc. Assim, a interface se adaptava levemente ao q vc estava trabalhando, mas ficava claro q era um produto só e totalmente integrado, e isso era alardeado como vantagem sobre o MS Office da época, q ainda apanhava dos OLE2 da vida para colocar um trecho de planilha Excel em um documento Word.
Aí veio a compra pela Sun, a abertura do código em licença dual, etc. De repente o OpenOffice.org foi posicionado como concorrente direto do MS Office, especificamente, como alternativa mais barata (e com opção de suporte se vc comprasse o pacote StarOffice da Sun). Começaram as alterações e, entre elas, a separação da forma como vc chamava o produto - dando a impressão q vc tem processador de texto, planilha e apresentador separados -, ficando mais parecido com o MS Office. Daí vem o OpenOffice.org 2 e a "repaginada" na interface nitidamente "inspirada" no MS Office XP/2000. Percebe pra onde as coisas estão indo?
Os próprios projetos se colocaram nessa armadilha ao tentarem competir como substitutos de produtos proprietários, oferecendo como única vantagem palpável o baixo custo em relação às licenças de uso. Sò q nesse mercado (onde o "custo" é muito relativo, já q muitas vezes os usuários estão com seu pirata comprado a "dez real mais o dinheiro do busão"), os usuários valorizam outros atributos. Entre eles, a compatibilidade reversa com um formato que ainda é (e provavelmente será ainda por alguns anos) o dominante no mercado, já q reformatar documentos gera retrabalho e muitos ainda precisam trocar coisas com um mundo q é 98% MS Office.
O dia em q projetos como o OOo oferecerem algum diferencial real em termos de funcionalidade ou facilidade de uso, aí sim a compatibilidade com o formato do pacote proprietário poderá ser um fator secundário. Hoje, realmente não dá pra culpar o usuário . . .
E por falar nisso, venhamos e convenhamos, precisava o Evolution ser um "rip-off" descarado do MS Outlook, por exemplo? ;-)
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