Carta do Julio ao amigo que fez a ponte para ele conseguir a entrevista no programa do Jô, que descreve o clima que havia antes do início da entrevista:
" Caro amigo, Acho que a entrevista foi a melhor oportunidade para divulgarmos o Software Livre e difundirmos seu uso no nosso país e mais uma vez quero agradecer-lhe em meu nome e em nome da comunidade (mesmo não sendo seu porta-voz). A seguir detalhamento dos fatos anteriores à gravação. Soube em cima da hora (6a. feira) da confirmação da entrevista e estava fora do RJ. No fim de semana debrucei-me no micro preparando uma apresentação para levar ao ar. Existe uma pré entrevista que foi feita pelo Caio (acho que é esse o nome) . Ele me pediu o material e logo após ligou-me de volta propondo que conectássemos o notebook no telão do Jô e fizéssemos toda a apresentação em Linux. Achei ótimo porque seria uma tremenda chance de mostrar que Linux não come criancinhas. :) Acertamos que o Sérgio, por estar em SP chegaria às 9:30 para ligar o notebook à rede e ao telão. Depois de tudo pronto, o pessoal de TI disse que a política de segurança não permitia notebooks de não funcionários na rede. Pedimos 10 minutos a mais para baixar o conteúdo e faríamos a apresentação off-line. Pouco antes do almoço disseram que não poderia aparecer a marca do notebook (Sony). O Sérgio, que estava indo em casa almoçar, disse que traria um adesivo de um pinguim para cobrir. Tudo certo... As 14:00h (ai eu já estava na Globo) o Paulinho da produção disse que nem o pinguim (Tux) seria permitido, perguntando se poderia colar um Contact que cobrisse todo o notebook. Apesar de não ser meu, autorizei porque o Sérgio ainda não voltara mas não seria por isso que perderíamos a oportunidade de difundir o Software Livre. Faltando cerca de 30 minutos para nossa gravação (a esta altura o Jô gravava o programa que foi ao ar ontem), entrou uma outra pessoa da produção dizendo que não poderíamos usar o notebook e que, apesar da independência do Jô com relação à Globo, que tomássemos cuidado para não atacar os anunciantes da emissora e, pelo momento político não ser propício, que evitássemos esse tema, inclusive quanto a empresas do governo e etc. Repare quando o programa for ao ar, que ele me pergunta onde trabalho e digo que sou professor da UniRIO, sem mencionar a Dataprev. Bem, como essa decisão foi tomada em cima da hora, o programa foi ao ar sem uma pauta definida para o Jô, e achei que por isso a entrevista não fluiu muito (ele permaneceu sério o bloco inteiro e um bom tempo abordando um mesmo tema, creio que para não perder o comando da situação), nem deu abertura para colocar as piadas técnicas que pretendia, mas, como Sérgio e eu estávamos seguros do que falávamos, creio que conseguimos espalhar as sementes de uma boa colheita. A produção também pensa da mesma forma e pediu nossos contatos, imaginando que terá muito e-mail a respeito de Software Livre. " fonte: http://br-linux.org/linux/software-livre-no-jo-julio-neves-da-mais-detalhes Em 06/10/06, Alexandre Oliva<[EMAIL PROTECTED]> escreveu:
On Oct 6, 2006, "Pablo Sánchez" <[EMAIL PROTECTED]> wrote: > 2006/10/6, Hudson Figueredo <[EMAIL PROTECTED]>: >> >> Poderiam ter tratado de vários assuntos que envolve o SL aproveitando o >> conhecimento dos dois, mas o GORDO simpatizou-se com o "GORDO fantasiado de >> Tiazinha"... vai saber o porque, ficou num puxa-saquismo sobre a PM e gastou >> praticamente 3 blocos do programa com o Sr Carnal. > Cara, isso é basicamente porque a Globo tem que mostrar o que dá > IBOPE, e com certeza um assunto como SL não deve ter parecido tão > atraente quanto o PM... Tem outro ponto que não vi ninguém levantar até agora. O Júlio conseguiu a entrevista através de um amigo. Isso caracteriza "o entrevistado se convidando." A postura do Jô é mais ou menos assim: se o programa convida o entrevistado, o entrevistado normalmente é bem tratado, até porque já se entende que o entrevistado tem algo que desperta o interesse do público por si só. Para quem está buscando promoção, que é o caso de quem se convida, a barreira é muito mais alta. Quem pensa que é propaganda saindo barato se engana: o Jô cobra *muito* caro, e cobra no ar. Para a maioria desses entrevistados que se auto-convidam, ele já começa com uma postura de adversário, porque o propósito do programa não é promover a agenda do entrevistado, não é fazer propaganda de graça pra ninguém, nem servir de palanque pra ninguém. É um programa de diversão. Se a entrevista já começa com um tema que se julga desinteressante, o Jô entra com as 4 patas, por assim dizer, pra fazer o trabalho dele e tornar a entrevista interessante, mesmo que o conteúdo não seja. No caso, falhou. A entrevista não ficou interessante, ficou pobre e confusa. Perdi o comecinho da entrevista, então não sei se Jô já começou atacando ou se adotou essa postura depois de um início morno, mas esse é o preço e o risco de buscar promoção através do programa dele. Às vezes pode até dar muito certo, mas pode também dar muito errado. O resultado não foi o melhor possível, mas também não foi o pior. Alguns pontos importantes foram apresentados na TV, e alguns curiosos que não entenderam direito mas se interessaram podem buscar mais informação para se esclarecerem. -- Alexandre Oliva http://www.lsd.ic.unicamp.br/~oliva/ Secretary for FSF Latin America http://www.fsfla.org/ Red Hat Compiler Engineer [EMAIL PROTECTED], gcc.gnu.org} Free Software Evangelist [EMAIL PROTECTED], gnu.org} _______________________________________________ PSL-Brasil mailing list PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil
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