---------- Forwarded message ----------

Afirma-se por vezes que a lógica estuda apenas demonstrações e que
estas são «do domínio do apodíctico», da verdade científica, ao passo
que a argumentação «pertence ao domínio do verosímil». Deste ponto de
vista, a lógica seria limitada porque deixaria de fora a argumentação,
detendo-se apenas na demonstração. Esta ideia é falsa e resulta de
várias confusões. A primeira confusão compreende-se melhor com uma
analogia. Ninguém afirma que a física é limitada por não estudar os
fenómenos físicos, detendo-se apenas em fórmulas matemáticas. A
confusão é aqui evidente: as fórmulas matemáticas são uma parte
importante das teorias que procuram explicar os fenómenos físicos; é
claro que as fórmulas matemáticas usadas na física não são, elas
mesmas, fenómenos físicos; mas são formas de codificar, explicar e
compreender os fenómenos físicos. Pode-se falar dos limites da física
se ela não tiver capacidade para codificar, explicar e compreender
todos os fenómenos físicos; mas é disparatado defender que a física é
limitada porque os fenómenos físicos não são fórmulas matemáticas.

O mesmo acontece na lógica. É evidente que as demonstrações não são
argumentos. Mas as demonstrações são modelos teóricos de argumentos;
são uma das formas que a lógica tem de estudar a argumentação.

Agora em promoção na Amazon, com 70% de desconto, só até sexta-feira:

https://www.amazon.com.br/Lugar-Lógica-Filosofia-Desidério-Murcho-ebook/dp/B010KG90XQ/

-- 
Você está recebendo esta mensagem porque se inscreveu no grupo "LOGICA-L" dos 
Grupos do Google.
Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie um 
e-mail para logica-l+unsubscr...@dimap.ufrn.br.
Para postar neste grupo, envie um e-mail para logica-l@dimap.ufrn.br.
Visite este grupo em https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/group/logica-l/.
Para ver esta discussão na web, acesse 
https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/CAO6j_LgqvqATJeut23B_FBCHTk8kt5-7BmS_fEgsQWE7UAGT9g%40mail.gmail.com.

Responder a