Claus, Valeria, vejam o post que acabei de fazer.

2011/10/1 Francisco Antonio Doria <famado...@gmail.com>

> Penso nalgo como uma versão fraca da regra omega de Shoenfield.
>
> 2011/10/1 Claus Akira Horodynski Matsushigue <claus...@mat.unb.br>
>
>> Caro Dória e demais....
>>
>> Quando se entende porque a Teoria da Computação
>> não pode ser bem-expressa em sistemas formais
>> (seja PA, ZFC, ou qualquer outro de Fundamentos),
>> entende-se imediatamente que um sistema formal
>> para tal não pode ter provas finitas.  Não é uma
>> questão de gosto ou não.
>>
>>
>> Entretanto, para se propor um sistema formal para
>> fundamentar a Teoria da Computação (englobando
>> ou não o restante da Matemática ordinária/mainstream,
>> este é outro problema!) precisa haver um compromisso
>> filosófico com os seus fundamentos.  Não se pode colocar
>> uma regra tão forte como o Teorema de Hahn-Banach
>> ou CH, e.g..
>>
>>
>> O meu gosto seria continuar mantendo a Metamatemática
>> na parte finitária da Matemática.  Por isso é importante se
>> analisar o significado de finitário.  Finitário **não** é finito.
>> Na verdade significa só ser permitido/autorizado utilizar
>> processos finitos (computações!) de construção.
>>
>>
>> Basta perceber que qualquer teoria (razoável) já
>> é R.E. e não Rec, menos ainda finita, e.g. PA.
>>
>>
>> O que precisamos é a nós ser possível  verificar
>> finitariamente a correteza cada prova de uma
>> teoria.  Ora, em toda prova finita, isso sempre é
>> possível.  Mas não só!  Esta é a questão!
>>
>> Uma prova é na verdade uma árvore, que hoje em
>> dia pensamos finita.  Verificar a sua correteza é
>> verificar se a sua relação filiação/paternidade sempre
>> é condizentes com as regras do sistema formal.
>>
>> Entretanto, também podemos pensar (minha
>> sugestão) em árvores infinitas em largura, com
>> regras finitárias (mas não finitas), mas todos os
>> ramos folha-raiz finitos.  Ou seja, um nó pode ser
>> pai de infinitos (enumeráveis) filhos.
>>
>> Entretanto, precisamos continuar  a verificar a correteza
>> da prova de forma finita.  Então esta prova/árvore
>> (infinita mas finitária) precisa ser construída por uma
>> computação não-determinística (leia-se Máquina de
>> Turing) muito bem comportada.  Nós precisamos
>> programá-la corretamente de modo a construir a árvore
>> da prova, em que, a cada nível da árvore, a relação
>> paternidade/filiação da árvore respeite rigorosamente
>> a uma regra do sistema formal.
>>
>> Como verificamos a correteza da prova?  Analisando
>> a Máquina de Turing não-determinística (seu algoritmo)
>> e provando que ela é correta, ou seja, constroi a árvore
>> em que a relação paternidade/filiação sempre respeita
>> uma regra de inferência do sistema.
>>
>> Na Teoria da Computação estamos cansado de
>> demonstrar FINITARIAMENTE a correteza de um algoritmo,
>> mesmo nos casos em que as possíveis computações são
>> infinitas (por ser não-deterministica, ou por conta de um
>> parâmetro de entrada).  Note que as possíveis computações
>> são infinitas, porém toda computação é sempre finita,
>> representada por um ramo folha-raiz na árvore da prova.
>>
>>
>> A regra de inferência finitária estou chamando de omega-Z
>> rule.  É uma adaptação recursiva da omega regra de Hilbert.
>>
>>
>> Dá para entender?
>>
>> Abraços, Claus
>>
>>
>>
>>
>>
>> 2011/10/1 Francisco Antonio Doria <famado...@gmail.com>:
>> > Tô devendo essa - mais tarde hoje, pode deixar.
>> >
>> > 2011/10/1 Valeria de Paiva <valeria.depa...@gmail.com>
>> >
>> >> Doria,
>> >> >muitos fatos simples e intuitivamente claros resultam, na versão
>> >> > formal, em sentenças indecidíveis.
>> >> Essa 'e certamente a minha impressao, mas seria bom ter alguma coisa
>> >> escrita "pra dummies" com o minimo possivel de pre-requisitos formais,
>> >> explicando uns tres exemplos do fenomeno.
>> >>
>> >> eu nao conheco tres. eu costumava ter dois exemplos de resultados que
>> >> nao fazem sentido pra mim, agora so' lembro de um: a complexidade de
>> >> "typechecking ML programs".
>> >>
>> >> Mas eu nao concordo com:
>> >> >Me parece que a teoria da computação exige algum tipo de regra
>> infinitária
>> >> na >sua axiomatização
>> >> nao me parece que nenhuma regra infinitaria seja necessaria nao. so'
>> >> mais investigacao de o que 'e usado aonde.
>> >>
>> >> Valeria
>> >>
>> >> 2011/9/30 Francisco Antonio Doria <famado...@gmail.com>:
>> >> > Muitos dos problemas que têm sido assinalados nessa discussão sobre
>> >>  Nelson
>> >> > resultam de um fato simples: sistemas axiomáticos como os usuais
>> >> > (consistentes, incluem bastante aritmética, possuem um conjunto r.e.
>> de
>> >> > teoremas, têm por linguagem a lógica clássica) não se prestam à
>> teoria da
>> >> > computação: muitos fatos simples e intuitivamente claros resultam, na
>> >> versão
>> >> > formal, em sentenças indecidíveis. Me parece que a teoria da
>> computação
>> >> > exige algum tipo de regra infinitária na sua axiomatização, se
>> desejarmos
>> >> > que nossas intuições a respeito se reflitam em teoremas da teoria.
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