On Mon, 2003-04-07 at 21:12, Marco André Ferreira Dias wrote: > Não está em jogo o apoio a Saddam ou ao Partido Bath.
Vejamos: uma das tiranias mais sanguinárias do mundo usa armas químicas contra sua própria população, usa a oposição mundial à Revolução Islâmica para empreender uma guerra de conquista, mata, expulsa e tortura homens, mulheres e crianças, invade um país vizinho da mesma raça e religião, resiste às resoluções da ONU durante 12 anos mentindo e se escondendo, tenta assassinar um ex-presidente estadunidense -- a quem continua ofendendo mesmo quando seu filho se torna presidente. Quando alguém resolve enfrentá-lo na única língua entendida pelos árabes muçulmanos, quem se opõem ao enfrentamento não o está apoiando? Sei que não é a intenção, mas dá na mesma. Assim como Chamberlain e os outros pacifistas ingleses abriram o caminho para Hitler, guardadas as proporções. > Está em jogo a prepotencia de uma nação sobre a vontade de todas as > outras Não é "todas as outras". Itália, Espanha, Inglaterra, vários países da Europa Central, mesmo outros países árabes muçulmanos apóiam mais ou menos abertamente. E tem vezes que um líder tem de fazer o que acha certo, mesmo correndo o risco de entrar. > e o que entendemos por soberania, mais ou menos o que aconteceu em > 1964, aqui mesmo. Nada a ver. Nunca fomos invadidos. Quem fez a Revolução (na verdade uma contra-revolução) foram nossos próprios militares e civis, e depois os militares sozinhos deram um golpe dentro da contra-revolução no AI-5... os EUA só ajudaram com informes, e com a oferta de suprimentos de que nunca chegamos precisar. > > A ONU não fez nada em 12 anos... aliás nem o governo estadunidense > > anterior fez nada. > > A ONU trabalha exclusivamente para o interesse americano (assim como o > FMI), Quando não alcanca este intento é simplesmente atropelada pelos > paises chefes. Puxa, você não sabe nada mesmo... o Conselho de Segurança nem tanto, mas a Assembléia Geral é amplamente dominada pelo terceiro-mundismo, com ocasionais demonstrações de força árabes. O FMI recebe grande influência dos EUA, simplesmente porque a maior parte do dinheiro que ele empresta é dado pelos EUA a juros subsidiados. > O Iraque sempre foi um grande produtor de petroleo, tanto agora > quando da primeira guerra do golfo E? > ou mesmo quando os estados unidos tiraram o governo original do > Iraque. Referências? > A questão da guerra é a manutenção da hegemonia americana no Oriente > Médio, devido a oposição no governo da Arabia Saudita e o ódio do > mundo árabe. Oposição??? Os sauditas são quase tão tiranos quanto o Sadam, e um dos objetivos justamente é forçá-los a se abrirem um pouco. E ódio, claro... os árabes oprimem seu próprio povo, e não os deixam reclamar do governo deles próprios, só dos EUA e de Israel. > França e Alemanha tem interesses financeiro fortes com o governo de > Saddam. No Brasil ainda lutamos contra a fome e Fernandinho > Beira-Mar Sim, e? > > Ridículo, a Colômbia é aliada. > > > E grande produtora de Cocaina também. Seria um bom motivo: livrar o > mundo das drogas invadindo a Colombia. Para quê, se o governo colombiano é aliado? Acorde... Ademais, até os EUA sabem que não é só a Colômbia que produz. > Não é o que o pessoal cubano daqui responde. Daqui daonde? Gente que depende do governo cubano para sobreviver não vai querer matar a galinha dos ovos de ouro. > Uma ilhinha de nada possui o maior sistema de saude pública e > educação sofrendo o embargo dos EUA e infelizmente nosso também. Sistema de saúde pública sustentado a peso de ouro pela URSS, que ruiu junto com sua patrocinadora... Sistema de educação cujo objetivo é manter o culto à personalidade a Fidel e matar o espírito crítico e democrático. Embargo sim, eles expropriaram várias empresas estadunidenses e agora querem usar os ativos dessas empresas para fazerem comércio com os EUA. É direito deles fazerem comércio com todo o resto do mundo. Se socialismo é tão bom, por quê querem fazer comércio com os EUA? Embargo não é bloqueio. > > Tá, por quê? > > Lembrancas de 1964... Que nos livrou do castrismo, e foi feito por nós... graças a Deus, embora tenha nos custado caro quando as liderancas civis foram postas de lado pela linha dura militar. Você pode não concordar. Mas veja que existe direita e esquerda, e a esquerda não tem monopólio da verdade. De qualquer maneira, o que temeríamos? Não somos uma tirania, não temos pretensões militares, não apoiamos terrorismo. Pelo contrário, somos uma liderança regional que, se injustiçada, historicamente recorre primeiro às instâncias da comunidade mundial e no futuro poderia apelar a seus vizinhos, tanto tempo inimigos mas agora parceiros. -- _ Leandro Guimarães Faria Corsetti Dutra +41 (21) 648 11 34 / \ Lausanne, Vaud, Suisse +41 (78) 778 11 34 \ / Brasil +55 (11) 5686 2219 / \ http://geocities.yahoo.com.br/lgcdutra/