Uso o Linux há um ano e meio com bastante dificuldade, pois não
tenho muito tempo para apredenr sobre a manutenção do sistema. Mas em
nenhum momento me arrependo de ter migrado para o LINUX, ele não trava
e não é tão pesado quanto é o windows. Além disso, só tive problemas
com os drivers mais novos, todos os outros hardwares que conectei ao
meu note foram reconhecidos pelo LINUX sem problemas.
Eu acredito que o Linux, principalmente o Debian, poderia ser mais
prático quanto a manutenção. Mas para isso acontecer é importante que
os usuários se preocupem em contribuir com a melhora do sistema. Por
isso, ao invés de discutirmos sobre qual sistema operacional é melhor,
deveríamos discutir como melhorar o Linux. Não vamos valorizar as
pessoas que não conseguem se adaptar ao Linux, por preguiça ou
incapacidade, e voltam a usar o windows, fazendo questão de demonstrar
sua revolta por não ter conseguido aprender a usar o sistemas. Dessa
forma, teremos um sistema melhor e não ficaremos com a caixa de e-mail
lotada com besteiras.
Eduardo
Citando Paulo de Souza Lima <paulocwb2...@yahoo.com.br>:
--- Em sáb, 9/5/09, Renato S. Yamane <yam...@diamondcut.com.br> escreveu:
De: Renato S. Yamane <yam...@diamondcut.com.br>
Assunto: Re: OFF-TOPICS - Sete motivos que fazem as pessoas
abandonarem o Linux
Para: "Debian" <debian-user-portuguese@lists.debian.org>
Data: Sábado, 9 de Maio de 2009, 13:49
...
O Linux NUNCA irá ser significativo nos desktops domésticos enquanto os
usuários NÃO QUISEREM.
Na Faculdade de Administração, nossos professores sempre nos
contavam a história do produto perfeito que todo mundo queria, mas
foi produzido no meio da selva, sem nenhum meio de comunicação com o
resto do mundo. Resultado: o produto existia, tinha mercado, mas
ninguém comprou porque não ficaram sabendo.
Às vezes fico refletindo sobre isso: O open source em geral,e o
GNU/Linux em particular, se parece muito com esse produto ideal. Só
que está imerso numa selva de mitos, marketing negativo,
experiências frustrantes e muito falatório sem sentido.
Eu dou aula de informática como voluntário para pessoas carentes.
São pessoas que tem dificuldade até para empunhar um mouse
corretamente. Essas pessoas, se me permitem a comparação romântica,
são como recém nascidos. Não interessa qual sistema vou ensinar a
eles porque tudo é novo. Se eu ensinar Linux e open source, desde o
início, eles vão se adaptar facilmente.
Se o usuário usa Windows há 10 anos, ele nunca irá mudar para Linux por um
simples motivo: Comodismo.
Para usar Linux você precisa QUERER.
Ou ser obrigado.
E não adianta enfiar o Linux goela abaixo, como ocorreu com os
"Computadores populares"... Os usuários irão formatar o HD e
instalar o primeiro Windows pirata que aparecer na frente dele.
Enquanto os usuários não quiserem se aventurar com algo diferente, o Linux
nunca irá aumentar a sua popularidade.
<http://marketshare.hitslink.com/report.aspx?qprid=8>
É aí que eu discordo da maioria. Os usuários, pela sua definição,
são comodistas. E são comodistas tanto pra Windows como pra Linux.
Eu não conheço um único usuário que esteja disposto a formatar uma
máquina, instalar um driver, ou configurar um teclado. O usuário
quer fazer aquilo que está acostumado a fazer: USAR a máquina.
O problema é que quando compra uma máquina com Windows (que vem
pelada, sem praticamente nenhum software), ele manda o "sobrinho
entendido" instalar o que falta pra ele. O "sobrinho entendido"
entrega pra ele uma máquina funcionando do jeito que ele quer,
prontinha pra ele estragar tudo com todo tipo de malwares que,
seguramente, vai baixar da internet e com permissões de
administrador pra que ele não tenha dificuldades em "fuçar" o
sistema e fazer algo, ou tudo, parar de funcionar de repente. Isso
garante a grana da balada do fim de semana do "sobrinho entendido".
Quando se compra uma máquina com Linux, o vendedor entrega o produto
e o cliente tem de se virar. O primeiro a criticar é o "sobrinho
entendido", que não entende nada de Linux, mas "saca tudo de
Windows", principalmente como crackear números de registro. Como o
sobrinho não sabe nada, nem é fácil encontrar alguém que saiba, o
cara até pode ter a boa vontade de tentar, mas nunca vai se dar bem
com um sistema que veio como padrão de fábrica e não está preparado
para fazer aquilo que ele precisa que o computador faça. Resultado:
Ganha a opinião do "sobrinho entendido".
Na minha modesta opinião, depois de acompanhar a história do open
source desde a origem, de ter passado pelo CP/M80, DOS, DR-DOS,
MsDOS, Novel DOS, Windows 1.0 (que rodei em PC-XT feito à mão, de
sucata), OS/2, SCO Unix, Windows 2.0 e posteriores, de ter feito
parte do "lado negro", de ter migrado para open source em 1997 e
recair ao proprietário em 2003 e retornar, dessa vez pra ficar, ao
open source em 2005, eu acho que estamos marcando passo discutindo
se o usuário quer ou não. Ele quer, só que não tem quem faça o que
ele precisa. Precisamos URGENTEMENTE de formar os "sobrinhos
entendidos" em Linux e open source. Fazer com que qualquer boteco de
esquina saiba resolver problemas simples do dia-a-dia.
O usuário não quer procurar a solução da placa de vídeo que não
funciona ou do modem que não conecta, em fóruns na internet. O
usuário quer sua máquina funcionando e, alguém que saiba fazê-la
funcionar quando não estiver funcionando do jeito que ele quer.
Desculpem o escrever todo um tratado aqui, mas às vezes me dá a
impressão que rodamos em círculos. Faz mais de uma década que ouço
os mesmos problemas insolúveis. Já passou da hora de aparecerem as
soluções.
E pra não dizer que não apresentei nenhuma, aqui vai uma sugestão:
Dêem aulas de informática com foco em open source. Cobrem ou não,
não interessa. Mas transmitam o conhecimento para que ele não fique
estanque entre uns poucos "iluminados", como nós.
Att,
Renato
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Abraço a todos.
Paulo de Souza Lima
Curitiba/PR
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Eduardo F. dos Santos
Laboratório de Hymenoptera
Museu de Zoologia
Universidade de São Paulo
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Ipiranga - São Paulo, SP - Brasil
Fone: 55 11 6165-8138
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