* Rodolfo Allan ([EMAIL PROTECTED]) wrote: > Mas no fim, haverá em futuro próximo uma fusão entre Ubuntu e Debian > ou algo do tipo?
Não. O projeto debian busca oferecer uma alternativa 100% livre para TI, o que não cabe escopo nem enquadramentos. O projeto Ubuntu visa oferecer a usuários comuns uma distribuição usavel por qualquer pessoa. É um escopo de *desktop* . Desta forma o projeto ubuntu contribui com o projeto debian no aperfeiçoamento do projeto de desktop. Esta contribuição vem desde a sujestão, ou mesmo implementação, de melhorias nos pacotes debian para atender as necessidades de quem usa desktop até a integração de pessoas dos dois projetos em grupos ora uns cá e outros lá e vice versa. Mas existe uma coisa que impossibilita qualquer ação que seja mais que isso: O projeto ubuntu tem compromisso com desktop funcional, o que enseja o empacotamento de uma distro com tudo o que um desktop precisa ter, incluindo softwares e drivers proprietários; ou, no minimo, incompativeis com a DFSG. E isso nenhum dos milhares de desenvolvedores e colaboradores do projeto debian topa fazer. Me lembro do ultimo FISL, em que alguns DDs e figuras legendarias da FSF pegaram um CD do ubuntu que estava sendo distribuido e instalaram ele, e quando confirmaram a suspeita que ali estava distribuido no CD o driver proprietario da nvidia voltaram no estande e começaram a escrever nas capas dos cds a informação de que "este cd contem software proprietario" . Minha visão do projeto debian é que ele é uma fonte inesgotavel de possibilidades e não de soluções. A solução que dá é você. Se você quem um desktop, vá lá e pegue os pacotes, inclua suas configurações e pronto. Se quer um servidor, a mesma coisa. Se quer um live-cd, idem. Se você quer que o projeto debian lhe dê algo prontinho, não vai ter. Terá uma iso de uma distro instalavel em 15 arquiteturas de hardrware, de mainframens a relogios de pulso. Mas não com refino de configuração que você quer ou precisa. Isso você mesmo tem de fazer. PS: Muita gente defende a tese de que o debian, principalmente pelo novo instalador e ferramentas auxiliares como o tasksel e o update manager, já é "o" desktop. Mas estão enganados. Desktop já vem pronto, se o usuario tiver de configurar papel de parede já não se pode considerar que vem pronto. Outro dia instalei um release do debian eitch e levei uma meia hora colocando ele lindão para minha sobrinha de 9 anos. Isso é irrelevante para mim, mas para um usuario final não. Por isso o kurumin arrebentou no seu lançamento, e o ubuntu está arrebentando agora, e distros como fedora e mandriva continuam a fazer sucesso a pesar de problemas conceituais de infra-estrutura dos pacotes RPM. Estas distros já vem prontas para desktop a ponto do usuario usar um bom tempo sem querer saber como fazer para alterar o tema padrão. -- Existem muitas semelhanças entre a colonização eletrônica e o sistema colonial antigo. [...] O sistema colonial recruta elites locais para conseguir subjugar o resto da população. Ao fornecer cópias grátis de seus softwares, que não são livres, para escolas, a Microsoft está usando a escola para criar uma futura dependência tecnológica na sociedade. Richard Stallman