UNESP é primeira universidade do País a aderir ao Protocolo Brasília

Fonte: Jornal da Ciência JC e-mail , n. 4320. Data: 11/08/2011.



Iniciativa formaliza compromisso de instituições e empresas com o uso de 
arquivos livres.

Com a assinatura do Protocolo Brasília, a Universidade Estadual Paulista 
(Unesp) se tornou a primeira universidade do País a aderir ao documento. O 
acordo foi assinado no mês passado, no 12º Fórum Internacional Software Livre, 
por Emanuel Rocha Woiski, professor da Faculdade de Engenharia, Campus de Ilha 
Solteira.

Elaborado pelo Governo Federal, o protocolo formaliza o compromisso de 
instituições e empresas para a adoção dos arquivos ODF (sigla em inglês para 
Open Document Format) como formato padrão para o armazenamento e a troca de 
documentos.

Assim, a Universidade estimula a implantação dos softwares livres, que não têm 
custo de licença nem restrição legal de uso e reprodução, já que o ODF é um 
formato de arquivo aberto e pode ser acessado por qualquer suíte ou pacote de 
programas de computador.

O primeiro campus a adotar o uso de softwares gratuitos foi Ilha Solteira, em 
2007, quando a Faculdade de Engenharia passou a utilizar o BrOffice (atualmente 
chamado LibreOffice) - programa de computador destinado às tarefas de 
escritório com aplicativos que incluem editor de texto, planilha eletrônica, 
entre outros. Na mesma época, também foi adotado o Linux, um sistema 
operacional gratuito. Com as mudanças, a unidade estima uma economia de cerca 
de R$ 120 mil por ano.

A adesão ao Protocolo Brasília está alinhada com as propostas do Comitê 
Superior de Tecnologia da Informação (CSTI) da universidade por meio do Fórum 
Técnico Consultivo de Software Livre. "A assinatura de um protocolo federal que 
facilita o acesso de toda a sociedade aos documentos satisfaz a missão de uma 
universidade pública de colaborar para a disseminação do conhecimento e tornar 
o conteúdo produzido dentro da universidade acessível a todos", avalia Woiski, 
que também preside o fórum técnico da Universidade.

Arquivos permanentes - Para Edson Senne, assessor-chefe da Assessoria de 
Informática da Unesp, a iniciativa também revela que a instituição está de olho 
no futuro, pois a adesão ao protocolo é fundamental para a preservação dos 
documentos da

Universidade. "A utilização do padrão aberto garante que os arquivos 
continuarão acessíveis por muitos anos".

O coordenador de implementação de software livre na Universidade, Valdir 
Barbosa, que está realizando workshops e palestras de conscientização nos 
câmpus da Unesp, levanta outra vantagem para a adoção do Protocolo. "Desde que 
Ilha Solteira instalou o Libreoffice e o Linux, diminuíram as demandas para o 
suporte técnico, já que os sistemas têm baixa incidência de vírus. As máquinas 
funcionam melhor."

Wolski ressalta que a economia com a utilização dos programas gratuitos poderá 
ser revertida para outras necessidades da Universidade, como a área de pesquisa.

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Prof. Murilo Bastos da Cunha, Ph. D.
Universidade de Brasilia
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