Best-sellers também chegam à internet
  06/12/2008 |
  Daniela Arrais
  Folha Online


O professor de idiomas Giuliano Reali, 30, começou a ler livros digitais 
quando o escritor Stephen King lançou "Riding the Bullet", em 2000. Logo 
depois, quis ler um título que não existia no Brasil e acabou adquirindo a 
versão eletrônica em um site. Desde que comprou um smartphone, ler e-books 
se tornou tão comum quanto usar o e-mail ou consultar o GPS.

No dia-a-dia de Reali e de inúmeros leitores, os e-books já são realidade. O 
mercado editorial busca soluções para atender a esse tipo de leitor, que 
forma um contingente que vem ganhando expressão, segundo dados da pesquisa 
Retratos da Leitura no Brasil, encomendada pelo Instituto Pró-Livro ao 
Ibope: 3% (ou 4,6 milhões de pessoas) do universo estudado, que equivale a 
92% da população brasileira, lêem livros digitais e 2% (ou 2,9 milhões) usam 
audiolivros.

No universo de leitores, que corresponde a 95 milhões de pessoas, 7% (ou 7 
milhões) baixam livros gratuitamente da internet, segundo a pesquisa.

Editoras investem em catálogos digitais. A inglesa Random House 
(www.randomhouse.com) anunciou na semana passada que está disponibilizando 
milhares de livros nesse formato -já existem 8.000 títulos e a idéia é 
chegar a 15 mil, segundo a Associated Press.

No Brasil, a Lex Editora (www.lex.com.br) tem obras digitalizadas sobre 
legislação. A partir de uma assinatura, que custa entra R$ 420 e R$ 2.000, a 
editora permite acesso ao conteúdo, que pode ser lido por celular ou PDA.

Vantagens

Para Reali, a principal vantagem dos e-books é a mobilidade. "Não acho nem 
um pouco cansativo. Acho até mais fácil de segurar um smartphone do que um 
livro aberto. A iluminação passa a ser secundária, você pode até mesmo ler 
no escuro, pois a tela do telefone basta."

No entanto, ele acha que a tecnologia ainda tem muito a crescer no Brasil. 
"O brasileiro é muito impermeável ao uso de conveniências eletrônicas. As 
pessoas te olham como um ET ou um nerd quando te vêem lendo um e-book ou 
usando a função GPS no seu celular, quando, na verdade, você está apenas 
dando um passo para tornar a sua vida mais prática."

Mago

Para o best-seller Paulo Coelho, editores são tão ruins quanto os monges 
copistas que lamentavam a chegada dos livros impressos no século 16 --ele 
declarou isso na Feira de Frankfurt, em outubro.

Para o mago -que disponibiliza seus livros em 
www.piratecoelho.wordpress.com --, há uma falta de entendimento sobre a 
internet fazer parte da indústria.

"Em vez de olharem a nova mídia como uma oportunidade de criar novas formas 
de promoção, editores se concentram em criar microssites, que são 
completamente fora de moda, e alguns se queixam dos "infortúnios" das outras 
indústrias culturais, percebendo a internet como inimiga", disse.

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Prof. Murilo Bastos da Cunha, Ph. D.
Universidade de Brasília/Dept. Ciência da Informação e Documentação
Campus Universitário
Brasília, DF  70900-910 Brasil
blog: http://a-informacao.blogspot.com/ 


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